Minas por Região
Governador

13h01min - 12 de Setembro de 2015 Atualizado em 13h29min

Pronunciamento do governador Fernando Pimentel durante a entrega da Medalha JK

Diamantina - 12/9/2015

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Esse é um momento de muita alegria para mim. Hoje, aos múltiplos e pesados deveres de um governador do Estado, se incorpora o prazer de estar aqui em Diamantina e vivenciar intensamente a paisagem, a história, a cultura e a fraternidade do povo da nossa Minas Gerais.

Nós celebramos aqui valores muito caros ao espírito mineiro. Estamos na cidade amada do presidente Juscelino Kubitschek: Diamantina, fonte de inspiração e entusiasmo. Entre os núcleos urbanos fundadores da nossa terra, certamente nenhum supera Diamantina como expressão de sentimento de alegria e de esperança, mesmo diante de eventuais adversidades.

Aqui, no alto azul do Espinhaço, tendo o Pico do Itambé como sentinela, nós mineiros apuramos um jeito particular de fazer da vida uma epifania, uma caminhada amorosa sob todos os atropelos do caminho.

O presidente Juscelino nasceu aqui, na aurora do século XX, exatamente no dia 12 de setembro de 1902. Jamais lhe faltou o sorriso diamantinense, o bom humor de quem está de bem com a vida, ainda que a incompreensão muitas vezes o oprimisse e a intolerância outras tantas lhe afastasse do exercício da vocação natural de servir à sua pátria.

JK é um símbolo do homem republicano e democrático, incansável na ação pública, mas de alma seresteira e pé de valsa como quem toca numa vesperata e acredita na felicidade.

Golpistas, radicais rancorosos tentaram impedir, desde o lançamento da sua candidatura presidencial,  a trajetória vitoriosa do filho da professora Júlia Kubitschek de Oliveira. Depois, foi atingido, mais tarde, com o Senado da República, após o golpe de 1964, eliminando aquele sonho, que mesmo sonhado por milhões de brasileiros, não conseguiu tornar possível a legenda JK 65.

Faz meio século que o nosso país perdeu o direito de reconduzir a Brasília o construtor da capital, líder do moderno processo de desenvolvimento econômico e social e defensor exemplar dos princípios sociais e éticos da cidadania.

Na Prefeitura de Belo Horizonte, no Governo do Estado e na Presidência da República, JK deixou marcas, sempre lembradas. A ele devemos a criação da Cemig em 1952, e em homenagem ao seu pioneirismo acabamos de alcançar oito milhões de consumidores de energia, exatamente aqui em Diamantina, numa ligação celebrada ontem pela Cemig, pelo professor Mauro Borges, presidente da empresa, aqui no município como parte das celebrações nessa semana.

Aqui mesmo, ao lado, no Teatro Santa Isabel, a exposição de obras do grande fotógrafo Assis Horta representa a nossa homenagem aos diamantinenses, que poderão admirar imagens inseridas entre as mais significativas da história da fotografia brasileira.

Senhores e senhoras, meus conterrâneos de Diamantina e das Minas Gerais, JK é uma referência de fortíssima atualidade.

A vida desse mineiro, ilustre e admirado, nos lembra que os trechos difíceis da história são justamente os que pedem aos cidadãos e cidadãs maior solidariedade e participação, mais lucidez e mais serenidade para resolver os problemas da economia, encravados por entre os inúmeros desafios que o mundo hoje enfrenta. O Brasil deve buscar ânimo na resistência e na perseverança de Juscelino.

Confiamos em dias melhores. Esses dias nascerão do empenho dos brasileiros na construção dos fatores positivos do desenvolvimento. E em Minas Gerais estamos dando nossa contribuição como um esforço para enfrentarmos uma herança pesada de dívidas, desajustes e desequilíbrios na condução do Estado.

A harmonia e o relacionamento entre os poderes asseguram as respostas afirmativas que oferecemos aos desafios nessa hora. Legislativo, Judiciário e Executivo, em Minas, procuram cumprir o seu papel em sintonia com a realidade, buscando nessa convergência resultados transformadores.

Quero parabenizar com alegria todos os agraciados com a Medalha JK. Mas peço licença para saudar em especial o presidente do egrégio Tribunal de Justiça, desembargador Pedro Bittencourt, e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adalclever Lopes, amigos e parceiros na caminhada por Minas Gerais.

A frente de seus pares, Vossas Excelências são cidadãos que se colocam na vanguarda daqueles que desejam acelerar o processo histórico e ultrapassar os obstáculos. Aqui, ao se pronunciar como orador oficial, o presidente Adalclever enfatizou o primado da autonomia e da sinergia dos poderes republicanos. Os valores da nossa consciência cívica, indutores da formação política do Brasil, renovam-se esplendidamente nessa luminosa manhã de Diamantina.

Quem reflete sobre as lições do passado pode evitar a repetição de erros no presente. A intolerância que vitimou JK, as injustiças contra ele cometidas, isso é o exemplo da busca permanente pela paz, da conciliação, do diálogo, e serve de alerta contra aqueles que pregam a ruptura da ordem democrática, flertam com o autoritarismo e disseminam o ódio e a intolerância na vida social.

Minas Gerias, ao contrário, serena e altaneira, consagra a defesa da causa da liberdade republicana e evoca a legenda sempre viva do quilombola Isidoro, aqui de Diamantina, e o inconfidente Padre Rolim, também diamantinense, e do nosso eterno presidente Juscelino Kubitschek.

Viva JK, viva Diamantina, viva Minas Gerais e viva o Brasil.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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