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Bom dia, companheiros e companheiras! Bom dia, Minas Gerais. A nossa Minas Gerais!

Quero aqui apenas compartilhar com vocês dois sentimentos. Dois grandes sentimentos. E me perdoem se a emoção me prejudicar a fala, porque de fato nós todos aqui estamos hoje muito emocionados. O primeiro sentimento é de alegria. Grande. Vocês não podem imaginar a alegria que nós temos de ver esse auditório colorido de vermelho e branco como ele está aqui hoje. Que maravilha! E a alegria de nós podermos ser personagens desse momento.

Então, compartilhar esta alegria me lembra uma lição que eu tive de um querido amigo, já falecido. Muitos aqui o conheceram e muitos também trabalharam com ele, com o ex-prefeito Célio de Castro, nosso querido amigo.

Uma vez, ele me disse uma coisa muito bonita, e que eu quero dividir com vocês, porque ela é útil pra nós todos. Não só pra mim. O Célio me disse assim: “Fernando, você vai ter uma vida pública mais longa - porque o Célio era mais velho do que eu, mais velho do que nós, é de uma geração anterior –, você vai ter uma vida pública mais longa. Então, você vai ver o seguinte: na vida pública, a gente tem muitos dissabores, muitos aborrecimentos, sofre muitas injustiças, acusações injustas, maldades, insinuações. Tem muita coisa ruim, mas tem alegrias também. Elas são raras, mas elas existem. Quando você estiver diante de uma alegria, agarre ela intensamente. Viva essa alegria intensamente. Fique com ela, ponha no seu coração, porque ela vai te ajudar a atravessar, quem sabe, uma semana, quinze dias, um mês de maldades que vão fazer contra você”.

Então essa é a minha alegria para atravessar o tempo que for necessário. Se for quatro anos, que seja, terá valido a pena ter chegado aqui para fazer o que nós fizemos aqui na manhã de hoje. A caminhada valeu a pena.

O outro sentimento que eu quero compartilhar com vocês é de esperança. Esperança muito grande. Às vezes, existe uma campanha no Brasil que, no fundo, é uma campanha de desesperança. É para construir, no nosso povo, na nossa gente, um sentimento de desesperança, de pessimismo, de abatimento, de desânimo moral, como se o país não valesse a pena. Como se o nosso Brasil fosse um país que não valesse a pena a gente lutar por ele, investir nele. É essa campanha de desesperança que nós temos de combater.

O povo brasileiro, e nós todos somos do povo, é um povo de esperança. Esperança boa, positiva, que vai se realizando aos poucos, nada de uma vez só. Não tem passe de mágica. Mas nós tivemos avanços extraordinários desde o primeiro mandato do presidente Lula, depois o segundo e agora com a presidenta Dilma. E eu testemunho isso no interior de Minas Gerais, quando eu vejo cada cidadezinha do Estado que tem lá um “Minha Casa, Minha Vida”, tem máquinas e equipamentos do governo federal, tem a presença viva de um governo, que começou com o presidente Lula e que continua com a presidenta Dilma.

Então, essa é a esperança que nós temos de resgatar. E ai eu vou encerrar compartilhando com vocês outra lição de vida que eu tive. Essa é muito pessoal, porque foi o meu pai que me proporcionou. O meu pai já faleceu, mas ela é bonita e ela serve pra nós todos. Meu pai me disse, alguns anos antes de morrer, alguns meses, na verdade, antes de morrer, eu já era prefeito de Belo Horizonte, e ele me falou o seguinte. Meu pai era um homem severo, de poucas palavras. Era pastor evangélico, mas um homem que teve uma vida de muita luta. Ele era uma pessoa de origem pobre, fez só o curso primário, veio da Zona Rural, lá da Zona da Mata, para Belo Horizonte com nove anos de idade e começou a trabalhar desde então, nunca parou. Tornou-se comerciante, fez a vida dele, criou a família, e era um homem de uma sabedoria de vida muito profunda.

Alguns meses antes de morrer, ele me chamou e disse assim: “Meu filho, você está ai na política, na vida pública. Hoje é prefeito, quem sabe vai ser outras coisas amanhã. Deixa eu lhe dizer uma coisa: na vida pública, você vai receber muitas honrarias. Muitas medalhas, condecorações, homenagens, diplomas, festas. Não liga para isso não. Isso tudo passa, nada disso fica. Sabe o que vai ficar? Vai ficar você. Depois que tudo terminar, andar na rua de cabeça erguida e ser saudado com carinho pelas pessoas por quem você trabalhou.

É para isso que eu trabalho. É com a esperança de que quando tudo isso terminar, a gente possa caminhar, eu e os companheiros que estão aqui, com dignidade e cabeça erguida. Que seja assim, que Deus nos ilumine, nos dê força e fé. Nós vamos continuar nesse caminho.

Obrigado a todos!