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Boa tarde a todos e todas.

Vou ser breve, como sempre faço, mas quero ressaltar, primeiro, meu carinho minha querida e estimada amiga e companheira Miriam Belchior, presidente da Caixa Econômica Federal. E também pelo amigo de longa data, Saulo Levindo Coelho, provedor do grupo Santa Casa.

Este ato de hoje tem um significado duplo. Um significado duplo importantíssimo, que eu vou ressaltar rapidamente. Tem um significado pessoal, que também vou externar aqui.

O significado público fica evidente na fala do doutor Saulo e da Miriam, dada a importância da Santa Casa de Belo Horizonte para complexo hospitalar do estado. Mas é mais do que isso. Chama a atenção para a importância dos hospitais filantrópicos no atendimento do SUS no Brasil inteiro. Na verdade, sem os hospitais filantrópicos, o SUS não funcionaria. Nós temos praticamente metade dos atendimentos no SUS nos hospitais filantrópicos. Mais da metade dos atendimentos do SUS em Minas Gerais é feita pelos hospitais filantrópicos. E aí as Santas Casas são um grande destaque.

No caso da de Belo Horizonte, trata-se do maior complexo hospitalar do SUS. São mais de mil leitos, 170 leitos de UTI e 19 salas cirúrgicas atendendo à Região Metropolitana de Belo Horizonte - e agora, com o centro de especialidades médicas, que tivemos a alegria de construir juntos.

Cerca de 40% do atendimento da Santa Casa é direcionado para pessoas do interior do estado. Então, o suporte que a Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte dá para o SUS e o estado inteiro é extremamente significativo. Daí porque nós nos esforçamos tanto para o saneamento de suas finanças.

E isso não é pouca coisa. Nós estamos viabilizando o funcionamento da rede hospitalar – e estou falando de Belo Horizonte inteira. Isso é uma coisa que nós devemos comemorar mesmo, está aí um significado público. Eu fico muito feliz de ser, em Belo Horizonte, na Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, com a qual nós temos uma ligação muito forte de amizade, de companheirismo, de solidariedade.

E aí eu entro com o lado pessoal. Eu tenho uma ligação pessoal com Santa Casa muito forte. Talvez muitos aqui não saibam, mas os mais próximos sabem. O meu filho, que hoje já é adulto, quando tinha três anos de idade, teve uma pneumonia muito grave. Com risco de vida. E, na ocasião, o pediatra dele era coordenador do CTI infantil da Santa Casa. Então nós optamos por interna-lo na Santa Casa. E ele ficou dois ou três dias no CTI, e depois mais quinze dias internado na ala infantil da Santa Casa. E eu fui personagem, mais do que testemunha, porque eu dormia toda noite lá com ele, no quarto dele. Alternava com a mãe. Ela de dia e eu a noite. E pude ver a forma como os pacientes, no caso crianças, eram e são tratados naquele hospital. Assim, eu fiquei um pouco funcionário da Santa Casa, de tanto que eu frequentei os corredores do hospital. Tanto que depois ajudamos o CTI, e depois naquele momento dramático, em 2003, se não me engano, que a Santa Casa quase faliu. Ali eu já era prefeito e pude ajudar, e conseguimos recuperá-la.

Então, é uma ligação muito forte. E eu fico muito feliz, emocionado de poder participar desse momento. Então, que essa alegria se repita nos pacientes que nós vamos atender; no povo de Minas Gerais, que agora está melhor equipado para enfrentar os problemas na saúde.

Muito obrigado a todos!