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Segurança / Defesa Social

17h00min - 19 de Maio de 2015 Atualizado em 14h12min - 21 de Maio de 2015

Complexo Penitenciário em Ribeirão das Neves apresenta nova oficina de trabalho

Detentos terão a oportunidade de executar a recuperação de orelhões. Empresas parceiras instaladas na unidade já geram mais de 500 emprego na unidade

O Complexo Penitenciário Público Privado (CPPP), em Ribeirão das Neves, inaugurou, nesta terça-feira (19/5), mais uma oficina de trabalho e ressocialização para os detentos que cumprem pena na unidade. Presos do local agora podem trabalhar na reforma e recuperação de campânulas de telefone, também conhecidas como 'orelhões'.

A parceria foi firmada entre a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), e o grupoTelemont Comunicações. A empresa investiu na construção de um galpão de 700m² em terreno dentro do Complexo.

De acordo com a Seds, trinta detentos executarão a recuperação dos orelhões, supervisionados por um profissional da empresa parceira. A diretora de Recursos Humanos da Telemont, Maria de Lourdes Aguiar, destacou que a ideia é chegar ao número de 100 presos trabalhando com uma jornada de 8 horas diárias. Ela também ressaltou que o material com que os presos trabalham é amplamente utilizado em várias atividades, facilitando na busca de um emprego depois do cumprimento da pena: “A fibra de vidro é versátil e utilizada na confecção de piscinas, brinquedos infantis, escorregadores, peças automotivas, etc”, apontou.

Segundo o diretor de Trabalho e Produção da SUAPI, Guilherme Augusto Alves Lima, a transformação de cada detento só vai ocorrer por meio do investimento em educação e profissionalização e na preparação para a reintegração dos presos à sociedade. “A gente trabalha com o objetivo de transformar as vidas dessas pessoas que estão sob a nossa custódia nas unidades prisionais. As oficinas de trabalho são muito importantes nesse processo de qualificação”, enfatizou.

Oportunidade 

Utilizando o ditado de que “cabeça vazia é oficina do diabo”, o detento Aurelino Gomes ressaltou que o trabalho é muito importante para que o cumprimento da pena se torne mais leve e produtivo. “Quando estamos presos, a gente tem muito tempo para pensar. E pensamos em várias coisas, boas e ruins. Com o trabalho, o tempo passa mais rápido. Pra mim, o trabalho é uma terapia aqui dentro”, contou.

Atualmente, são mais de 15 empresas instaladas no Complexo gerando mais de 500 empregos. O presidente da GPA (empresa privada parceira no CPPP), Rodrigo Gaiga, acredita que, através do investimento no trabalho, o retorno à liberdade do detento ocorrerá em uma condição melhor do que a de quando ele chegou à prisão. 

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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