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Meio Ambiente

09h00min - 21 de Setembro de 2013 Atualizado em 13h45min - 20 de Setembro de 2013

Projeto do IEF no Sul de Minas busca a perpetuação do jequitibá rei

Considerada a maior espécie da flora brasileira, a árvore, ameaçada de extinção, é essencial para a preservação da mata atlântica

O jequitibá rei ou jequitibá rosa – ou ainda cariniana legalis (nome científico) – é uma árvore nativa do Brasil e está ameaçada de extinção. Ela é encontrada na Amazônia,  no Cerrado e, principalmente,  na mata atlântica. Exuberante, a espécie chama atenção pelo tamanho – o jequitibá rei pode atingir 50 metros de altura, sendo que o tronco pode medir até três metros de diâmetro.  Ela é considerada a maior árvore da flora brasileira e o tempo de vida pode ir até os três mil anos. Além disso, a madeira é de boa qualidade e adequada para a produção de móveis.

Para preservar a espécie, tão essencial para o bioma da mata atlântica, o engenheiro florestal do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Luiz Ricardo Zavagli, está coletando sementes de árvores matrizes, selecionadas no Sudoeste de Minas. As sementes serão enviadas para o banco de germoplasma, instalado no Instituto Federal de Ciência e Tecnologia (IFET) de Muzambinho, que é parceiro do IEF na pesquisa, juntamente com a prefeitura municipal.

O engenheiro e idealizador do projeto explicou que, por meio do germoplasma, é possível preservar a diversidade genética de cada planta e identificar as árvores com o melhor potencial de cultivo, inclusive para fins comerciais. “Será observado, por exemplo, quanto tempo elas levam para crescer, será uma perpetuação da árvore”, afirmou.

Coleta

O trabalho começou há quatro meses e já foram coletadas sementes de 12 árvores matrizes nos municípios de Muzambinho, Guaxupé e Divisa Nova. A previsão é de que o projeto seja estendido para Monte Belo, Botelhos, Nova Resende, Juruaia e Guaranésia.

Segundo Luiz Zavagli, serão plantadas 30 mudas de cada árvore matriz e o excedente será doado aos produtores rurais, cadastrados no projeto de Fomento Ambiental do IEF, juntamente com mudas de outras 180 espécies nativas. As plantas serão utilizadas na recomposição de áreas degradadas, matas ciliares, arborização rural e mata de topo.

No ano que vem, de acordo com o engenheiro do IEF, serão coletadas sementes em um parque na cidade de Santa Rita do Passa Quatro, no norte do Estado de São Paulo, onde está o maior jequitibá do Brasil.  A árvore tem 40 metros de altura e três metros de diâmetro. A estimativa é de que ela tenha mais de três mil anos e de que seja a árvore mais velha do país. “O objetivo é buscar uma maior variedade genética da espécie”, concluiu Luiz Zavagli.                       

A agropecuária e a preservação

O produtor rural João Paulo Muniz é um exemplo de que é possível conciliar a produção agropecuária com a preservação do meio ambiente. Ele possui uma fazenda de 285 hectares em Muzambinho, 20% da área são de reserva legal, conforme determina o código florestal brasileiro. 

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