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Economia / Desenvolvimento

15h59min - 19 de Agosto de 2013 Atualizado em 09h11min - 18 de Novembro de 2013

VÍDEO: Fórum abre debate sobre a exploração de gás em Bacias Terrestres

Evento reúne governo, especialistas e investidores no momento em que série de estudos são feitos na Bacia do São Francisco

A presença de Minas Gerais como um dos grandes centros de produção de Energia Limpa no país voltou a ser discutida nesta segunda-feira (19), durante a abertura do “Fórum Nacional de Exploração de Gás Não Convencional”, no auditório JK na Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves. A realização do evento, voltado para as discussões em torno da exploração de gás em bacias terrestres, ocorre em um momento em que empresas vêm investindo recursos significativos no conhecimento geológico da Bacia do São Francisco, para identificar reservas e o potencial de exploração de gás na Região.

Durante a abertura, a secretária de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, destacou que o Governo de Minas Gerais tem feito todo o planejamento necessário, com o mapeamento das necessidades de infraestrutura e a identificação da demanda pelo consumo do gás natural. “Estamos extremamente otimistas com este trabalho e, caso sejam confirmadas estas reservas, a exploração deverá favorecer a atração de grandes empresas que utilizam o gás natural como insumo na produção”, acrescentou. Entre estes segmentos estariam os de cerâmica branca, fertilizantes, vidro, ferro-esponja, além da possibilidade de instalação de Usinas Térmicas a Gás. 

Bacia do São Francisco

O Governo de Minas Gerais foi o principal incentivador do início da exploração de gás na porção mineira na Bacia do São Francisco. A partir desta política, a ANP realizou nos anos de 2005 e 2008, duas rodadas de licitação, que incluíram a concessão de blocos de exploração. Dos 39 blocos leiloados nas duas rodadas de licitação a Petra detém 24; a Shell, 5; Petrobras, 4; Cebasf, 1; Cisco, 1; a Cemig detém participação em 4, sendo 2 em parceria com as empresas Imetame e Codemig e 2 em parceria com Orteng, Delp, Imetame e Codemig.

Há ainda o trabalho em questões regulatórias, com o objetivo de que seja criado um ambiente de negócios favorável aos diversos atores envolvidos na comercialização e consumo do gás natural, bem como no desenvolvimento dos diversos setores da cadeia de fornecedores desta indústria no Estado, e na identificação e estímulo ao crescimento da demanda por este energético. A presidente do Instituto de Desenvolvimento Integrado (INDI), Monica Cordeiro, enfatizou “que a oferta de energia a preços competitivos é fundamental e o Estado não pode se furtar à criação de um ambiente propício aos investimentos na exploração de gás natural”.

As empresas que detêm a concessão dos 39 blocos de exploração da Bacia do São Francisco estão estudando a viabilidade econômica da exploração de gás. A expectativa é de que já no primeiro semestre de 2014 sejam divulgadas as primeiras informações sobre o potencial e as reservas do gás da bacia. Mas estes estudos já são considerados promissores. As empresas têm investido no conhecimento da geologia local e estudos sísmicos que serão fundamentais para uma futura exploração.

O presidente da Cemig, Djalma Bastos de Morais, também presente na abertura do evento, enfatizou que se forem confirmadas as reservas, o governo de Minas “cumpre o papel de contribuir para que o Estado permaneça na vanguarda da produção de energia limpa do País”.

Desenvolvimento

Dorothea Werneck destacou ainda que o início da exploração de gás será um grande indutor do desenvolvimento econômico da região, caracterizada por um baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a partir da geração direta de recursos para os municípios, por meio do pagamento de royalties. As perspectivas, portanto, são de elevação do emprego e da renda regional. Um ponto favorável também a atração de investimentos, de acordo com ela, é o fato de que a Bacia do São Francisco envolve uma série de municípios da Região Norte de Minas, que contam com incentivos da área mineira da Sudene.

Com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (SEDE), da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), além do Instituto de Desenvolvimento Integrado (INDI), o evento, que reúne governo, investidores e executivos, discute estratégias sobre a exploração de gás de produção não convencional em bacias terrestres, o futuro e os avanços que esta indústria promoverá frente às crescentes demandas por fontes energéticas para acompanhar o crescimento do país. Até amanhã, quando o fórum será encerrado, deverão ser abordados também temas como planejamento, investimentos, geração de riquezas, e desenvolvimento de mercado no país.

O fórum tem ainda a participação de executivos das empresas que venceram as licitações para a exploração de gás na Bacia do São Francisco e que apresentarão suas experiências nos estudos que vêm sendo realizados. Até o momento já foram realizadas 30 perfurações de poços para a pesquisa do potencial de exploração, que demandaram um volume significativo de investimentos. A avaliação é de que as empresas têm tido um retorno satisfatório destes levantamentos. O conhecimento gerado com estas pesquisas tem contribuído para entender melhor a geologia da região e a expectativa é de que até o início de 2014, quando forem confirmadas as reservas seja possível definir a viabilidade de cada bloco.

Energia Limpa

Na semana passada, o Governo de Minas Gerais lançou o Programa Mineiro de Energias Renováveis – Energias de Minas, que oferece incentivos para estimular a implantação de novos empreendimentos no setor e, com isso, aumentar a participação de energias renováveis na matriz energética mineira. O programa integra a estratégia do Governo de Minas de atrair investimentos para a chamada Nova Economia. Os empreendimentos de energia gerada a partir das fontes solar, eólica, biomassas, biogás e hídrica, além da proveniente de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs), deverão ter condições diferenciadas. O decreto prevê, entre outros incentivos, tratamento tributário diferenciado para a produção, em Minas, de componentes e ferramentais utilizados na geração de energia renovável (painéis solares, geradores e aerogeradores eólicos, inversores etc).

O gás natural pode vir a se somar a estas fontes e ser utilizado tanto para o setor industrial, quanto comercial e residencial. O início efetivo da produção, após a confirmação das reservas, poderá permitir uma redução da dependência do gás fornecido pela Petrobras (que atualmente é a única fornecedora deste insumo para o Estado) e propiciar uma diminuição do custo final do produto, com a consequente expansão do mercado consumidor por diversos segmentos da indústria do Estado. 

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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