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Educação

10h54min - 02 de Maio de 2012 Atualizado em 14h19min - 01 de Julho de 2013

Alunos de escola do Centro-Oeste criam projetos de cidades sustentáveis

Dentro do estudo da Língua Portuguesa, estudantes imaginam como devem ser as construções daqui a duas ou três décadas

Divulgação / SEE
Alunos de Carmo do Cajuru aprendem como transformar as cidades por meio de construções sustentáveis
Alunos de Carmo do Cajuru aprendem como transformar as cidades por meio de construções sustentáveis

Eles não são arquitetos, nem engenheiros, pelo menos ainda, mas já projetam a urbanização do planeta para o futuro. Cerca de 140 alunos do 8º ano do ensino fundamental da Escola Estadual Padre João Parreiras Vilaça, em Carmo do Cajuru, Centro-Oeste de Minas, participam do projeto “Designer Futurista: o impacto da ciência sobre a sociedade”. A ação, que tem o apoio da Secretaria de Estado da Educação, partiu da seguinte pergunta: como serão as cidades nos próximos 20, 30 anos?

O trabalho teve início com o estudo do gênero textual “ficção científica”, na disciplina Língua Portuguesa. Os estudantes realizaram leituras e pesquisas sobre como deverão ser pensadas as construções no futuro de modo que não prejudicassem o meio ambiente. “Após esse trabalho os nossos estudantes produziram textos nos quais destacavam como deveriam ser as construções dos prédios e casas no futuro. Essas obras deverão ser feitas sem prejuízo ao meio ambiente”, explica a professora Edna Matos.

Porém, o trabalho não parou nas ideias. Os estudantes também produziram maquetes nas quais apresentam propostas de construções de prédios e casas com um olhar na sustentabilidade. “O meu grupo desenvolveu uma maquete de como seria uma cidade sustentável. Pensamos que as construções deveriam utilizar tijolos ecológicos que são feitos de água, cimento e terra. Os prédios também deveriam ter mais vidros, pois isso facilita uma maior penetração da luz solar, fazendo com que as pessoas gastem menos energia elétrica”, detalha a estudante Laura Elisa Marra de Melo.

O grupo de Karollayne de Oliveira Vasconcelos, de 13 anos, mostrou que as mudanças também estarão no comportamento das pessoas. “Todo o lixo orgânico deverá ser transformado em adubo e distribuído às pessoas. As cidades vão contar com mais áreas de lazer, pois as pessoas vão trabalhar muito e, para não se estressarem, vão precisar sair mais”, adianta a estudante.

Para a confecção das maquetes a escola não poderia deixar o foco na sustentabilidade de lado. “Orientamos os nossos alunos que todos os materiais deveriam ser recicláveis. Então eles foram a fábricas de móveis, por exemplo, e recolheram chapas de madeira que não seriam utilizados. Os pais também colaboram com essa tarefa”, lembra a professora de Língua Portuguesa Ana Kátia Gonçalves Rabelo.

Lições aprendidas

Deixando a imaginação livre, mas sem tirar os pés da realidade, a educadora ainda destaca que o projeto é uma forma de pensar em um futuro ideal e começar a construí-lo desde já. “A gente vê nos noticiários que a natureza está se revoltando contra a gente. Precisamos mudar essa situação. Achei muito legal participar do projeto, porque com a correria do dia-a-dia, nós nem paramos para pensar em como ajudar o meio ambiente”, avalia Ana Kátia.

Com as maquetes produzidas pelos alunos do 8º ano do ensino fundamental, a escola vai organizar uma exposição. O trabalho poderá ser contemplado pelos demais alunos e familiares que passarem pelas dependências da escola.

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