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Economia / Desenvolvimento

12h26min - 29 de Setembro de 2015 Atualizado em 12h25min

BDMG reforça investimentos em projetos de inovação

Banco mineiro é cotista de fundo nacional que financia 36 segmentos de tecnologia. Empresas mineiras já colhem primeiros resultados

O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) investe mais R$ 10 milhões para o  financiamento de projetos de inovação gerenciados por empresas mineiras. O aporte é feito via Criatec 2, fundo de investimentos nacional, do qual o banco é um dos cotistas.

Três empresas mineiras já se beneficiam com a participação no fundo, que tem como objetivo acelerar o crescimento, desenvolver boas práticas de gestão e incrementar ações de governança corporativa em empresas inovadoras.

Outras podem se candidatar, enviando propostas por meio do site www.criatec2.com.br. O prazo de avaliação, desde o recebimento da projeto até a conclusão do exame feito pelo comitê do fundo, dura, em média, quatro meses.

As empresas Siteware e HTP Solution, de Belo Horizonte, e Ventrix, de Itajubá, no Sul de Minas Gerais, já foram selecionadas pelo projeto criado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Ao receber o crédito, a empresa passa a ser uma Sociedade Anônima, e o Criatec 2 constitui-se como um de seus acionistas minoritários. Durante o período em que o fundo é acionista, oferece apoio profissional na gestão, buscando o crescimento do negócio.

Após o período de maturação do investimento, o fundo busca um comprador para a sua participação na empresa e deixa de ser acionista.

Para Marcello Ladeira, presidente da Siteware, a entrada do Criatec 2 elevou sua empresa a outro patamar. Instalado no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), ele desenvolve soluções de gestão empresarial.

O empresário conta que buscava uma parceria que oferecesse inteligência ao negócio e atingiu seu objetivo. “Os concorrentes percebem a empresa muito mais agora. E quero que os clientes também a percebam”, afirma Ladeira.

Além disso, o empreendedor explica que a chancela de um fundo como o Criatec 2 abre portas para que uma pequena empresa se apresente a grandes companhias.

Com duração prevista de 10 anos, sendo os quatro primeiros referentes ao período de investimentos, o fundo poderá investir até R$ 2,5 milhões em cada empresa, em uma primeira rodada.

Os empreendimentos que mais se destacarem poderão receber rodadas subsequentes no valor de até R$ 3,5 milhões. Por não se tratar de um empréstimo, o Criatec 2 não exige contrapartidas de recursos próprios e nem efetua a cobrança de juros.

O que é o Criatec 2

Com capital comprometido de R$ 186 milhões, o Criatec 2 direciona investimentos em aproximadamente 36 empresas de diferentes setores da economia. Entre seus objetivos estão a promoção da capitalização e do crescimento acelerado de empresas com faturamento liquido anual inferior a R$ 10 milhões.

Além do limite de faturamento e atuação na área de inovação, a empresa que submete seu projeto para avaliação precisa dar atenção a aspectos como dedicação da equipe, potencial de crescimento, preparo para ações em um novo negócio e a necessidade de investimento condizente com o valor a ser investido pelo fundo.

“Estes fatores são muito importantes para que a empresa tenha maior chance de ser investida pelo fundo”, reforça o sócio e diretor-executivo da Triaxis, cogestora do Criatec 2, Eric Ribeiro, ao destacar que a seleção das empresas financiadas é feita com critérios rigorosos.

Os setores-alvo do projeto são Tecnologia de Informação e Comunicação, Agronegócios, Nanotecnologia, Biotecnologia e Novos Materiais. Entretanto, o fundo tem interesse em projetos e empresas ligadas a outros segmentos da economia como Saúde, Logística, Energia, Defesa & Segurança e Educação.

Outras linhas

O Criatec 2 é gerido pela Bozano Investimentos e pela Triaxis Capital. Conta com a participação do BNDES e de outros quatro bancos de desenvolvimento regionais, entre os quais, o BDMG.

Entre os fundos de investimentos, o BDMG investe em seis:  HorizonTI e AvanTI, geridos pela Confrapar; Brasil TI, gerido pela DLM Private Equity; Brasil Sustentabilidade, gerido pela BRZ e Latour; e Criactec 2 e Criatec 3, do BNDES.

Além da participação nos Fundos de Investimento em Participação, o BDMG possui linhas de crédito próprias para empresas de inovação. O Pró-Inovação, destinado a projetos de qualquer setor, e o Proptec, voltado exclusivamente para empresas instaladas em parques tecnológicos.

Estas linhas foram criadas em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). O BDMG oferece ainda as linhas Inovacred e Inovacred Expresso, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), e MPME Inovadora, do BNDES.

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