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Segurança / Defesa Social

08h59min - 11 de Outubro de 2015 Atualizado em 19h34min - 09 de Outubro de 2015

Catedral é reformada e ampliada por detentos do Ceresp de Juiz de Fora

Trabalho, que durou quatro anos no bairro Linhares, é resultado de parceria firmada entre a unidade prisional e o Conselho da Comunidade

A comunidade juiz-forana recebe, nesta segunda-feira (12/10), a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, localizada no bairro Linhares, totalmente reformada e ampliada por presos do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Juiz de Fora. A entrega é resultado de uma parceria firmada entre a unidade e o presidente do Conselho da Comunidade e capelão do Sistema Prisional, padre José Maria de Freitas, trabalho que durou quatro anos. Atualmente, 13 presos fazem a finalização da obra da igreja, que fica no mesmo bairro em que estão detidos.

A paróquia já não comportava mais o número de fiéis. Muitos não conseguiam assentos durante as celebrações religiosas. Daí a necessidade da ampliação, tocada praticamente só com a mão de obra prisional. O interior da igreja foi reformado e ganhou mais espaço e um estacionamento foi construído.  

O diretor do Ceresp de Juiz de Fora, Alexandre Cunha, conta que o padre é um grande parceiro das unidades prisionais da região. “O trabalho dele nos ajuda muito, pois exemplifica o olhar que o estado tem em relação à humanização da pena”, destaca.

Em sua posição de capelão do Sistema Prisional, José Maria busca quebrar o estigma dos presos na sociedade. Ele diz que a comunidade do bairro, independente da religião, elogia o projeto. “O trabalho dos presos na reforma da catedral é de suma importância para que a população possa perceber que eles continuam sendo cidadãos e precisam de oportunidades de reinserção social. Isso é dignidade”, afirma.

Apenas detentos sentenciados pela Justiça, que cumprem pena no regime semiaberto, participam da reforma. Pelo trabalho, eles recebem remição de pena. Ou seja, a cada três dias trabalhados, conseguem abater um na pena prevista.

Wellington da Costa, de 38, anos, é um dos únicos que participam do processo há quatro anos, desde o início do projeto. Ele começou quando ainda era um detento e cumpria pena no Ceresp de Juiz de Fora. Devido ao bom desempenho apresentado durante esse tempo, recebeu alvará de soltura, foi contratado e passou a ser remunerado. “Muitos não acreditam que um ex-detento pode se regenerar. Estou provando a todos que isso é possível”, declara.  

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