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Agricultura

11h28min - 24 de Julho de 2009 Atualizado em 14h26min - 29 de Junho de 2013

Epamig alerta para controle de doenças em fruteiras

A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado de Minas Gerais (Epamig) aproveita o inverno para prevenir as doenças em árvores frutíferas de clima temperado, com defensivos agrícolas alternativos. O controle alternativo reduz o uso de agroquímicos ou mesmo evita por completo seu uso.

BELO HORIZONTE (24/07/09) - Aproveitar o inverno para prevenir as doenças em árvores frutíferas (fruteiras) de clima temperado, com defensivos agrícolas alternativos, é a recomendação do pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado de Minas Gerais (Epamig), Vicente Luiz de Carvalho. A técnica é simples e de baixo custo.

Segundo o pesquisador, durante o inverno, normalmente, as fruteiras de clima temperado entram em repouso vegetativo. Nesse período, ocorre queda total das folhas e toda a estrutura das plantas fica bem exposta, sendo o momento ideal para se realizar as podas. Esse é também o momento de tomar as primeiras medidas de controle das doenças, o "tratamento de inverno". "Essa prática é simples e eficiente. Escrevemos a Circular Técnica para resgatar a importância dessa prática agrícola", explica.

O controle alternativo reduz o uso de agroquímicos ou mesmo evita o seu uso. "A maioria dos fruticultores, não só do Sul de Minas, mas também do Sul do Brasil, usam essa prática", confirma o pesquisador. Defensivos agrícolas alternativos são menos tóxicos e não agridem o meio ambiente ou o homem."Nos últimos anos, cresceu o grau de exigência dos consumidores quanto à qualidade final do produto, portanto, é necessário pesquisar e indicar o uso de produtos alternativos", orienta.

Defensivo agrícola alternativo

O defensivo agrícola alternativo, calda bordalesa, é obtido pela mistura de solução de sulfato de cobre (CaSO45H2O) e suspensão de cal (CaO). Atua sobre várias doenças das fruteiras de clima temperado, como ferrugem, crespeira, bacteriose, sarna, cancro dos ramos, podridão-parda e chumbinho, que atacam o pessegueiro; antracnose, míldio, podridões dos frutos e escoriose, que atacam a videira; ferrugem, antracnose e seca da figueira, que atacam a figueira; cercosporiose, antracnose, que atacam o caquizeiro e entomosporiose, podridão-amarga, podridão-preta, que atacam o marmeleiro.

Para o preparo da calda, deve-se usar vasilhame de plástico, cimento ou madeira, pois o sulfato de cobre reage com ferro, latão ou alumínio. "O defensivo deve ser usado logo após o preparo. Não aplicar quando as folhas estiverem molhadas por orvalho ou garoa. A pulverização deve ser feita com alta pressão, cobrindo toda a planta, preferencialmente de manhã ou à tardinha", explica.

Proteção dos troncos

Os ferimentos no tronco das frutíferas, assim como os cortes feitos durante a poda, funcionam como porta de entrada para microorganismos, que poderão secar ramos e tronco. Segundo Vicente, é necessário proteger esses cortes e ferimentos com a pasta bordalesa. "A formulação e o preparo são os mesmos da calda bordalesa, apenas reduzindo o volume de água. Essa pasta deve ser pincelada logo após os cortes, o que irá proteger e facilitar a cicatrização", informa.

Mais informações sobre tecnologias alternativas para o controle de pragas e doenças podem ser encontradas na revista Informe Agropecuário, nº. 212,"Agricultura Alternativa", da Epamig, e no site da empresa.

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