Minas por Região
Segurança / Defesa Social

10h41min - 24 de Setembro de 2015 Atualizado em 11h05min

Feira Mãos que Criam traz para a Cidade Administrativa artesanato feito por presos

Boa parte da produção ocorre dentro das celas e é entregue em dias de visita para as famílias, encarregadas de vender os artigos

Palitos de picolés, cartolinas coloridas, madeira de demolição, resto de fibra sintética, pedaços de pano, borra de café. São inúmeros os materiais que em geral são descartados, mas nas mãos dos presos de Minas Gerais se transformam em peças decorativas. Essa produção está exposta para venda até esta quinta-feira (24/9), na 1° Feira de Artesanato Mãos que Criam, da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), no subsolo do Prédio Minas da Cidade Administrativa.

Seis unidades da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) participam da feira. O diretor de Trabalho e Produção (DTP) da Superintendência de Atendimento ao Preso (Sape), Guilherme Lima, diz que o objetivo do evento é valorizar o trabalho presos, para que eles se esmerem em produzir peças que tenham boa aceitação no mercado.

Além de contribuir no processo de ressocialização dos presos, o trabalho gera renda para os detentos e parentes. Boa parte da produção ocorre dentro das celas e é entregue em dias de visita para as famílias, que vendem os artigos e investem os ganhos na compra de mais materiais para manter a produção.

Os artefatos disponíveis vão de violões feitos de palitos de picolé a móveis em madeira de demolição. O Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade (CRGPL), por exemplo, trouxe para a feira peças feitas com as sobras de fibra sintética da fábrica de móveis instalada na unidade. Entre os artefatos estão souplat’s (suportes de pratos), potes de vidro e porta-guardanapos.

O Complexo Penitenciário Nelson Hungria está expondo artigos de sua marcenaria, onde trabalham 15 presos. Já o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Betim, conhecido pelo seu trabalho com origamis, expõe diversas versões das dobraduras de papel.

Da produção dos presídios de Nova Lima e de São Joaquim de Bicas I podem ser vistos na feira artigos em crochê, porta-retratos, centros de mesa de bordado de linha, barcos e casas de boneca feitas de palito de picolé, entre outros. Dois violões feitos de palitos de picolé e pintados com uma mistura de borra de café e cola são alguns dos produtos em exposição confeccionados por detentos do Presídio Inspetor José Martinho Drumond.

A Diretoria de Trabalho e Produção planeja institucionalizar a feira e realizá-la mensalmente na Cidade Administrativa. “Vamos observar como será essa primeira experiência. A nossa intenção é que nas próximas edições possamos contar com a participação de mais unidades e oferta de mais produtos”, ressalta Guilherme.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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