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O Instituto Estadual de Florestas (IEF) determinou o fechamento temporário da Gruta Rei do Mato para visitação, por motivos de segurança. A degradação das passarelas, ocorrida nos últimos anos, comprometeu a estrutura das mesmas, impondo riscos aos visitantes. Por isso, o IEF solicitou um diagnóstico para avaliar a situação atual da Rei do Mato e, assim, tomar as medidas necessárias para garantir a segurança dos visitantes.

Segundo o diretor de Áreas Protegidas do IEF, Henri Collet, os problemas são pontuais, restritos a algumas áreas da gruta. “Temos que esclarecer à população que a gruta não está ameaçada, não apresenta grandes riscos. O que acontece é que, em algumas poucas áreas, há oxidação de trechos das passarelas, provocada por goteiras”.

Nos trechos onde ocorre intenso gotejamento natural dos espeleotemas, a corrosão se apresenta avançada. Em frente ao “Véu da Noiva”, o processo de corrosão encontra-se muito elevado. O pilar já se desprendeu do corrimão, além de apresentar arestas e pontas cortantes.

Na entrada do Terceiro Salão verificou-se a ausência de parafusos que fixam a estrutura. A presença de manchas marrons indica o acúmulo de óxido de ferro no corrimão de alumínio, o que ocorre em quase toda a sua extensão.

Foi constatada também a formação de camadas espessas de óxido de ferro, que se soltam das estruturas, caindo e acumulando-se sobre a passarela logo após o “Lago Suspenso”. É um local de gotejamento constante, o que ocasiona acúmulo de água. Quando se anda sobre a passarela, ela balança e faz barulho.

Ao lado da “Estalagmite Bebê”, todo o guarda-corpo encontra-se em elevado processo de corrosão, devido ao gotejamento constante, mesmo em períodos de seca, provocando um alto grau de oxidação. Isso ocasionou a quebra e deformação dos corrimãos, deixando as passarelas bastante frágeis.

Diante desse quadro, faz-se necessária uma reforma, em caráter emergencial. “Quando o motor do seu carro funde, o que você faz? Você para o carro e o manda para a manutenção. O mesmo acontece com a gruta. Foram detectados pequenos problemas, porém, faz-se necessário fechá-la para reforma. Não podemos permitir, por questão de segurança, que visitantes transitem pela gruta, enquanto a manutenção é feita”, afirmou Henri Collet.

“Precisamos mais do que uma gruta aberta. Precisamos que esteja aberta e garanta aos nossos visitantes segurança e tranquilidade no acesso e visitação. Estamos trabalhando de forma séria e comprometida para que isso ocorra no prazo mais breve possível”, declara a diretora-geral do IEF, Adriana Ramos.

Adriana ressalta que a unidade continua oferecendo aos turistas as trilhas e todos os outros atrativos externos. Um diagnóstico mais aprofundado será realizado, nos próximos dias, para avaliar quando a gruta poderá ser reaberta.