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19h28min - 29 de Julho de 2013 Atualizado em 19h43min

Novo museu no Palácio da Liberdade interage com público e resgata história da política mineira

Ícone arquitetônico de Minas, sede histórica do Governo reabre para visitação com moderno projeto museográfico que reconta trajetória de ex-governadores

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A interatividade marcou a inauguração do projeto museográfico “Palácio da Liberdade: Memórias e Histórias”, em Belo Horizonte, que reconta, de forma moderna e com avançados recursos tecnológicos, momentos marcantes da política mineira. Aberta pelo governador Antonio Anastasia, nesta segunda-feira (29), a exposição permanente, assinada pelo designer Marcello Dantas, possibilitará aos visitantes vivenciarem fatos da sede histórica do Governo de Minas, além conhecerem mais da trajetória de 16 ex-governadores, todos já falecidos.

“O Palácio da Liberdade tem uma característica singular na história, não só de Minas, mas do Brasil, pelo que suas paredes, seus lustres, sua escadaria belga foram testemunhas ao longo de mais de 100 anos. Então, o objetivo foi saudar, em uma grande trajetória histórica, um verdadeiro caleidoscópio de emoções aqui consolidadas, a trajetória, algumas experiências da vida de ex-presidentes do Estado, como se denominava então, e de ex-governadores de Minas Gerais”, destacou Anastasia diante de dezenas de autoridades, artistas e parentes dos ex-governadores homenageados.

Com moderna tecnologia de vídeo, animação e outras mídias digitais, o projeto “Palácio da Liberdade: Memórias e Histórias” recebeu investimentos de R$ 850 mil, resultante de acordo de cooperação técnica com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e com o Serviço Social da Indústria (Sesi). O evento marca a reabertura do Palácio da Liberdade, após 12 meses de reforma e restauração nas áreas internas e externas, com recursos de R$ 600 mil. A visitação pública será a partir do próximo domingo (04).

Ao lado da secretária de Estado de Cultura, Eliane Parreiras, e do ex-governador Francelino Pereira, Anastasia destacou a moderna interatividade com o visitante proporcionada pelo projeto museográfico. “O objetivo foi dar conteúdo, utilizando da tecnologia mais moderna e avançada e tenho certeza que aqui teremos, como se diz coloquialmente, a cereja do bolo. Nós vamos ter a interface, a interação entre os visitantes e aquelas personalidades históricas que fizeram o nosso passado”, destacou.

O presidente da Fiemg, Olavo Machado Júnior, também enalteceu a importância do projeto, que contribui para compartilhar e unir ainda mais o povo de sua história. “É a casa principal do Governo do Estado e, junto com a indústria, podemos compartilhar do orgulho de uma mostra com tanta tecnologia que nos une à história, coisa que a Fiemg, em 80 anos, tem sempre acompanhado ao lado do Governo de Minas”, disse.

Museu Vivo

Estão dispostos pelos 30 cômodos do Palácio da Liberdade objetos, como porta-retratos e espelhos, pelos quais é possível assistir a vídeos e animações com personalidades da política mineira, sempre focados em episódios marcantes de nossa história.

Para construir esse mostra, o idealizador Marcello Dantas falou do processo de restauro da sede do Governo para a população, que o torna também educativo, e explicou o desafio de contar parte importante da história de Minas Gerais em tão pouco espaço entre paredes e móveis dispostos no palácio.

“Num primeiro momento, num primeiro olhar para esse palácio, notei que nada mais poderia ser ocupado. E exatamente isso que se tornou o desafio, de contar uma história, sem ocupar nenhum espaço físico. Fazer com que a história aparecesse das paredes. Que você as ouvisse, que ela aparecesse nos móveis, nas salas e trouxesse à tona um pouco da memória íntima, um pouco da memória pública, um pouco daquilo que transitou por essas paredes e que, agora, está aberto ao público”, afirmou Marcello Dantas.

A pesquisa da exposição “Palácio da Liberdade – Memórias e Histórias” foi feita pela historiadora Maria Eliza Linhares Borges, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e o levantamento iconográfico, por Vanessa Viegas e Solange Santos.

O Palácio da Liberdade conta com dez educadores disponíveis para orientar visitantes em um percurso com duração média de uma hora. O espaço será aberto ao público no domingo (04). A partir daí, as visitações poderão ser feitas aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h (entrada, gratuita, até uma hora antes do horário de fechamento). 

Circuito Cultural Praça da Liberdade

O Palácio da Liberdade é um dos espaços culturais que compõem o Circuito Cultural Praça da Liberdade, maior conjunto integrado de cultura do Brasil. Até 2014, o Circuito vai reunir 12 espaços culturais, entre museus históricos, artísticos e temáticos, centros culturais, bibliotecas e espaços para oficinas, cursos e ateliês. Desde 2010, o circuito recebeu a visita de mais de um milhão de pessoas.

Dentre os museus já abertos à visitação no Circuito estão o Espaço TIM UFMG do Conhecimento, que tem um dos oito planetários mais modernos do mundo e um observatório de última geração; o Museu das Minas e do Metal, que utiliza a tecnologia de forma lúdica e criativa para apresentar o universo dos metais, dos minérios e seus componentes; e o Memorial Minas Gerais – Vale, que instiga o visitante a descobrir a história e os costumes mineiros de uma forma diferente e interativa. Ainda fazem parte do complexo o Centro de Arte Popular-Cemig, a Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, o Arquivo Público e o Museu Mineiro.

No próximo dia 19 de agosto, será entregue ao público o Centro Cultural Banco do Brasil, com a abertura da exposição internacional "Elles: Mulheres Artistas na Coleção do Centro Pompidou de Paris - França".  O CCBB de Belo Horizonte será o maior do País e contemplará áreas para mostras temporárias; teatro com capacidade para 300 lugares; espaços de convivência, lazer e alimentação. Além destes espaços, estão em implantação a Casa Fiat de Cultura, o Inhotim Escola e o Museu do Automóvel.

Palácio da Liberdade

O Palácio foi inaugurado em 1897. Com um traçado neoclássico, mescla estilos arquitetônicos que vão de Luís XV ao mourisco. A escadaria principal foi fundida na Bélgica e apresenta um elegante estilo art nouveau. Os jardins eram prolongamentos da praça, porém sem as grades de hoje.

A estrutura do prédio é constituída por três pavimentos que serviram de moradia aos governadores e suas famílias. Abandonado nos anos 1970 pelos governadores que preferiram trabalhar no Palácio dos Despachos, o Palácio da Liberdade voltou a ser prestigiado por Tancredo Neves e seus sucessores, que despachavam de lá.

Com a inauguração da Cidade Administrativa, o governador passou a despachar do Palácio Tiradentes, com o Palácio da Liberdade sendo utilizado para cerimônias solenes. Entre 2004 e 2006, o edifício passou por um amplo processo de restauração, com apoio do Instituto Oi Futuro, voltando a ser aberto à visitação do público.  

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