O governador Antonio Anastasia, acompanhado pela secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, visitou nesta quarta-feira (05) as obras de restauração da Escola Estadual Barão do Rio Branco, que está recebendo investimentos de R$ 7,2 milhões. A previsão é que o serviço, iniciado em janeiro de 2013, seja concluído em julho de 2015.

Estão sendo reformadas as redes elétrica e hidráulica e restauradas as características arquitetônicas do prédio, incluindo a restauração de pinturas artísticas originais que foram encontradas nas paredes do hall de acesso principal e no auditório da escola durante o trabalho de prospecção.

Durante entrevista, Antonio Anastasia lembrou que a edificação completou, no ano passado, 100 anos.  “A obra da Escola Estadual Barão do Rio Branco é muito emblemática. Durante esses 100 anos, o prédio não teve uma reforma. Então, tomamos a decisão de fazer uma reforma ampla, profunda e complexa, pois o prédio é tombado. Esse salão nobre é a prova disso. De baixo de dez camadas de tinta foi identificada a pintura original tão bonita. Tenho certeza que, quando essa obra ficar pronta, teremos a Escola Barão do Rio Branco devolvida ao esplendor e ao glamour arquitetônico que sua construção tinha há 100 anos”, disse.

Anastasia ressaltou também que a ação faz parte do esforço do Governo de Minas para recuperar um conjunto de prédios tombados pelo patrimônio histórico, entre eles o Colégio Estadual Central (Escola Estadual Governador Milton Campos), que receberá o maior volume de recursos, R$ 12 milhões. Segundo o governador de Minas, o próximo empreendimento previsto é a reforma do tradicional Instituto de Educação.

“Estamos também fazendo obras do mesmo porte em alguns prédios históricos como o Barão de Macaúbas, a Escola Afonso Pena, na avenida João Pinheiro, no Colégio Estadual Central. São prédios importantes. E o mais emblemático de todos talvez seja o Instituto de Educação que será também objeto de reforma quando os alunos da Escola Barão do Rio Branco vierem pra cá, pois estão lá abrigados provisoriamente tendo suas aulas. Então é um processo que tem que ser continuado, porque sabemos que esses prédios históricos têm grande valor arquitetônico”, afirmou.

Cronograma em dia

A secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, salientou durante a visita que as intervenções no Barão do Rio Branco estão dentro do cronograma estabelecido. Com 385 dias de obra (o prazo total é de 900 dias), 40% dos serviços já foram realizados. “O Iepha (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais) e o Conselho Municipal de Cultura sempre precisam acompanhar essas obras em prédios históricos. A obra está totalmente dentro do cronograma e estamos satisfeitos com o andamento. E como a orientação do governador é a recuperação de todos os prédios históricos, ele hoje quis ver o andamento dessa obra, que não é a única que estamos fazendo”, disse.

Também acompanharam a visita o secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, Carlos Melles, o diretor geral do Departamento de Obras Públicas (Deop), Fernando Jannotti, a superintendente regional de ensino, Elci Pimenta, e o diretor da Escola Estadual Barão do Rio Branco, Carlos Henrique Alves da Silva, entre outros. 

Segundo o Deop, órgão responsável pela obra, já foram realizadas 90% da demolição prevista, a recuperação de 80% do telhado do prédio principal, recuperação de esquadrias de madeira (60%), restauração da pintura parietal, relativa à parede (60%), recuperação do piso (80%), entre outras.  Além disso, foram mais de 2 mil quilômetros de tubulações embutidas de rede de água e elétrica e feita a limpeza de mais de 2 mil metros quadrados do terreno, em preparação para as fases seguintes da obra.

Primeiro Grupo Escolar

A Escola Estadual Barão do Rio Branco foi o primeiro grupo escolar da capital mineira. Criado em 1906, o grupo tinha por objetivo acolher os filhos dos funcionários transferidos para a nova capital. Inicialmente, o estabelecimento foi instalado na avenida Liberdade — hoje, Avenida João Pinheiro. Em 15 de julho de 1914, a instituição foi transferida para o prédio definitivo, na antiga avenida Paraúna, atual Getúlio Vargas. No antigo endereço, foi instalada a Escola Estadual Afonso Pena. O atual prédio da escola completou, em 2013, cem anos de existência.