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16h27min - 27 de Dezembro de 2013 Atualizado em 11h23m

Governador Anastasia mostra a Dilma Rousseff estragos provocados pelas chuvas em Minas

Sobrevoo com a presidente pelo Leste mineiro aconteceu um dia após o governador ver de perto as áreas castigadas pelos temporais no Estado

Um dia após visitar os municípios do Vale do Rio Doce, mais afetados pelas chuvas em Minas Gerais, o governador Antonio Anastasia, voltou nesta sexta-feira (27) à região para acompanhar a presidente da República, Dilma Rousseff, no sobrevoo pelas áreas mineiras que mais sofreram estragos em virtude das águas. Após registrar 18 mortes e quase 10 mil pessoas fora de suas casas, Minas acumula diversos prejuízos em consequência das fortes chuvas.

O sobrevoo aconteceu, principalmente, sobre a cidade de Virgolândia, que foi atingida nessa quinta-feira por uma tromba d’água, que deixou parte da cidade destruída. “Nós estivemos ontem (26) aqui na região do Leste de Minas e Vale do Rio Doce. Visitei as cidades de Aimorés e de Mantena. A cidade está muito destruída, sob o ponto de vista das chuvas. A presidente manifestou o desejo de vir aqui hoje, o que nós agradecemos. Fomos sobrevoar o município de Virgolândia, que está muito danificado, muito atingido. Falei com o prefeito por telefone, ele me relatou que o centro da cidade, calçamento, casas comerciais, residências foram levadas e a cidade está toda enlameada, como vimos de cima”, contou o governador, após o sobrevoo ao lado de Dilma Rousseff.

O governador anunciou que o Governo de Minas dará total apoio ao governo federal no cadastro de municípios mineiros que necessitarão de recursos emergenciais, via Cartão de Pagamento da Defesa Civil. Os recursos vão para os municípios para o primeiro esforço de limpeza, recuperação, compra de mantimentos, compra de água potável e contratação de caminhões.

“Determinei à Defesa Civil do Estado que instale uma unidade em Governador Valadares, juntamente com as prefeituras, órgãos federais, para que os municípios que ainda não tenham façam o cartão. O Estado vai ajudar para que os municípios façam o cadastramento. No segundo momento, passada essa emergência, vamos identificar, junto às prefeituras, quais são as necessidades em termos de reconstrução e levar os projetos ao governo federal, como pontes, asfaltamento, ruas, habitação”, explicou Anastasia.

A presidente Dilma Rousseff lembrou que as ações de proteção à população em situação de urgência e emergência se dão em três níveis: o atendimento imediato, com resgate de pessoas para evitar mortes, a reconstrução e a prevenção. “Com as experiências passadas, nós descobrimos que, na urgência e na emergência, não dá para ficar liberando (recursos) através de todos os processos burocráticos. Não dá certo. Então, criamos o cartão de desastres que, assim que a prefeitura decreta Estado de Calamidade ou de Emergência, ela recebe esse cartão e ela pode fazer pequenos gastos, como arrumar pontes que isolam bairros. Enfim, ela pode tomar medidas, como providenciar água, contratar limpeza de rua, fazer as coisas fundamentais. E esse cartão nós utilizamos para superar justamente a questão da burocracia”, afirmou a presidente, lembrando ser esse processo controlado eletronicamente, como se faz com cartões de crédito.

Solução para o Rio Doce

Durante o sobrevoo, Anastasia conversou com Dilma Rousseff sobre a necessidade de um projeto para dragagem do Rio Doce. “Eu não sou especialista, mas basta observar o histórico. O Rio Doce é muito caudaloso e era muito profundo. Ao passar das décadas, ele perdeu a profundidade e também perdeu a quantidade de água, então ficou um rio raso. Quando vêm as chuvas, que aumentaram de intensidade num período só, não tem mais a calha para receber aquela chuva. A solução seria desassorear, fazendo a dragagem do rio. É um projeto imenso e eu mostrava isso. Tenho certeza que o governo federal vai acolher essa ideia”, afirmou.

Em reunião na cidade de Governador Valadares, Anastasia mostrou à presidenta um relatório elaborado pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), que aponta as regiões mais castigadas. Até esta sexta (27), a Defesa Civil de Minas já havia contabilizado 81 municípios afetados, sendo a maioria do Rio Doce, Leste e Zona da Mata. Desses, 34 decretaram situação de emergência.

As fortes chuvas que afetaram o Estado de Minas Gerais já deixaram quase 10 mil pessoas fora de suas casas até esta sexta-feira. A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) informa que já são 6.959 desalojados, 2.460 desabrigados e 18 mortos em todo o Estado. Dados mais atualizados indicam que 229 obras de infraestrutura estão danificadas e 112, destruídas.

A Defesa Civil Estadual está coordenando o trabalho de apoio à população atingida desde o início do período chuvoso. Estão sendo distribuídos materiais, como colchões, camas, água potável, cestas básicas. A Cedec trabalha ainda fazendo a integração dos diversos órgãos estaduais envolvidos na ação para minimizar os estragos causados pelas águas.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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