O governador Antonio Anastasia esteve, nesta quinta-feira (10) na Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), para apresentar aos diretores e integrantes das câmaras e conselhos da entidade, além de representantes dos trabalhadores, o trabalho desenvolvido pelo Governo de Minas para atração de investimentos e melhoria da qualidade de vida dos mineiros. O governador explicou que os resultados entregues pelo governo estadual nos últimos anos só foram possíveis graças a uma nova cultura de planejamento inserida nos serviço público em Minas Gerais desde 2003.

“Nós tentamos incutir em Minas Gerais uma cultura do planejamento, o que não é fácil porque existe na consciência coletiva da sociedade uma sofreguidão por resultados imediatos. Nós sabemos que as políticas públicas mais consistentes demoram até algumas décadas para consolidarem. Eu não estou dizendo nada de novo, basta abrir a janela para o mundo e ver o que aconteceu em alguns países do Extremo Oriente que avançaram com certa rapidez. Mas a certa rapidez de Cingapura levou 40 anos. A mesma coisa ocorreu na Coreia do Sul”, lembrou o governador, reafirmando que os resultados a serem conquistados daqui para frente tendem a ser ainda mais auspiciosos.

Segundo Anastasia, é importante que o planejamento não seja instrumento de amarras do setor público, mas de indução e de fomento, em parceria estreita com o setor privado.O governador apresentou cada etapa do trabalho de planejamento realizado em Minas Gerais, do Choque de Gestão, iniciado em 2003, passando pelo Estado para Resultados em 2007, e chegando na Gestão para a Cidadania, iniciada em 2011 e que, segundo ele, é a etapa mais desafiadora e difícil do processo, já que exige um envolvimento constante de toda a sociedade civil.

O governador explicou que, fruto do trabalho desenvolvido nesses mais de 10 anos, todos os projetos em desenvolvimento atualmente pelo Estado estão bem concatenados dentro de uma concepção de planejamento que se tornou, segundo ele, algo irreversível no âmbito da administração pública mineira. “Se alguém me pergunta qual seria o meu maior legado desses anos de Governo, desde o tempo do governador Aécio Neves, eu diria com muito orgulho que é exatamente esse novo modo de governar”, afirmou Anastasia.

Ele lembrou da importância da Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho, da Fundação João Pinheiro, que, cada vez mais, dá novo gás à administração pública no Estado e lidera o ranking das Escolas de Governo no Brasil. “Esses jovens estão ocupando posições de muito destaque no Governo de modo permanente, são servidores de carreira e eles introduziram nos sistemas administrativos essa visão moderna de administração com base em metas e resultados. A despeito das agruras financeiras que hoje acomete todos os Estados, esse novo modelo nos permite sempre ter o empreendedorismo, a coragem e a ousadia de apresentarmos soluções em parceria com o setor privado para fazer face às necessidades. Essa concepção é o que tem feito do modo de governança de Minas Gerais uma referência nacional e internacional, o que muito nos orgulha”, afirmou o governador.

Anastasia lembrou alguns resultados já alcançados graças à mudança da estrutura da gestão pública mineira: o primeiro lugar da educação básica no Brasil, o melhor sistema público de saúde do Sudeste, a redução em comparação com 2003 dos índices de criminalidade, os investimentos maciços do Governo de Minas na área da infraestrutura, com a construção de novas rodovias e aeroportos pelo interior do Estado, e a entrega de diversos equipamentos de cultura espalhados pelas diversas regiões mineiras.

Apesar dos avanços, reconhece o governador, ainda há muito trabalho a ser feito, mas tudo faz parte de um processo. Anastasia aponta o desafio principal que o Governo do Estado tem enfrentado para garantir mais desenvolvimento e prosperidade para Minas Gerais. “O desafio é diversificar a nossa economia. Se nós precisamos, ao mesmo tempo, melhorar a questão da desigualdade regional, ou seja, diminuir as nossas diferenças, temos de nos esforçar muito para que isso represente igualmente uma diversificação da nossa economia, concentrada hoje de maneira muito expressiva na questão das commodities. Por isso, a nossa obsessão em um esforço imenso do Estado de trazer empresas que possam agregar valor aos nossos produtos”, explicou.