Mineiras e mineiros,

Celebramos hoje no Brasil, neste 1o. de janeiro de 2015, mais um rito de transmissão do poder, simbolizando a estabilidade de nossas instituições ao longo de 26 anos de reconquista do Estado Democrático de Direito, com seu marco fundador na Constituição Cidadã de 1988.

Também testemunhamos nesse período histórico de afirmação e consolidação da vida republicana, como agora acontece em Minas Gerais, a alternância dos partidos políticos no comando da administração estatal, outra prova de vitalidade da atividade política em nossa sociedade.

Ainda que porta-vozes do retrocesso, com sua vocação autoritária, ataquem o exercício político e os que servem a causa pública, tentando nivelar a todos por baixo, são exatamente homens públicos patriotas, servidores dos interesses coletivos que vem garantindo a estabilidade das instituições, o ambiente institucional necessário ao desenvolvimento econômico e social sustentáveis; são eles, enfim, fiadores e garantes da governabilidade do próprio país. E esta é a grande obra democrática que estamos construindo em Minas e no Brasil.

Também é tempo de promover uma verdadeira fraternidade pela maior igualdade entre todos nós.

É hora, sobretudo, de olharmos para frente e para o alto, como aprendemos a fazer em Minas, visando a construção de um futuro melhor, mais justo, mais equilibrado, mais próspero, mais digno de mineiros e brasileiros, sem distinção de raça, cor ou credo.

Ao saudar o novo Governador do Estado de Minas Gerais – eminente homem público Fernando Damata Pimentel -, transmito-lhe os votos de uma feliz e fecunda gestão, pois seu êxito será o êxito do nosso povo, da nossa gente.

Em minha vida publica, como parlamentar, líder de governos, como presidente da Assembleia de Minas em dois mandatos e, finalmente, como governador pude conviver de perto com essa generosa bondade do povo mineiro.

As expressivas realizações dos últimos 12 anos se incorporam ao grande legado que é fruto do trabalho de gerações inteiras, de vários partidos e governos. E pertencem exclusivamente ao povo mineiro.

Os mineiros são o sal da terra, nossa maior riqueza. Dão rosto e voz a este espírito que tudo perpassa a que se habituou chamar de mineiridade. Em nome deles foram feitas as grandes obras, mas também os grandes sacrifícios que agora frutificam e vicejam.

Nossas conquistas, senhoras e senhores, se estribam – no tempo - ao eficiente, preparado e dedicado corpo de servidores públicos civis e militares. A eles, aos secretários e dirigentes de empresas, autarquias e fundações, dirijo meu aplauso e minha permanente gratidão. 

Quero, aqui e agora, fazer uma conclamação a todos para que, na situação ou na oposição, tenhamos sempre em vista, acima das divergências ideológicas ou das diferentes visões de mundo, tenhamos sempre em vista, reitero, o nosso compromisso maior com os valores republicanos e democráticos que hoje nos regem, pois são eles que nos garantem o bem maior da liberdade política da sociedade e de cada cidadão.

É sob este princípio sagrado da liberdade, que este Palácio simboliza e consagra, que encerro minhas palavras dizendo:

Obrigado, Minas Gerais!