Minas por Região

Pronunciamento

14h10min - 28 de Novembro de 2013 Atualizado em 11h27m

Pronunciamento do governador Anastasia na abertura da entrevista sobre o balanço das ações de 2013

28 de novembro de 2013 – Belo Horizonte – Minas Gerais

A nossa intenção, aqui, é introduzir diversas entrevistas em que os senhores secretários de Estado terão oportunidade de detalhar as ações de cada pasta de modo mais minucioso durante o ano de 2013 com cada qual, dentro de um cronograma que está colocado na pasta que cada um recebe. O nosso objetivo é dar as boas vindas mais uma vez e de minha parte falar aqui rapidamente desse ano que caminha para o seu encerramento e que estamos a pouco mais de um mês do seu final. Um ano um pouco atípico. Ano que tivemos manifestações expressivas em nosso país, talvez as maiores de muitas décadas e, ao mesmo tempo, tivemos uma conjuntura econômica muito desfavorável para a nação.

Mas eu gostaria de começar aqui as minhas palavras falando só de coisas muito boas. E o primeiro é exatamente é onde nós estamos. Eu queria falar um pouquinho, combinei isso com o Alberto, sobre Cultura porque eu sei que todos os que estão aqui, independente das suas respectivas profissões, são pessoas que valorizam a cultura e as atividades artísticas. Eu acho que, por isso mesmo, sem precisar de tecer aqui maiores considerações, são todos testemunhas do que aconteceu este ano em termos culturais em nosso Estado, especialmente na nossa capital, com os investimentos do Governo, os investimentos do setor privado, o que aconteceu em Minas. Então eu acho que isso é um dado muito positivo porque a cultura, além do seu valor intrínseco, fundamental para a nossa civilização tem também um valor econômico muito robusto porque permite e estimula as questões do turismo.

E aí me permite falar em turismo, onde também nós fizemos, e o café da manhã deve demonstrar isso um pouco, um investimento imenso na nossa gastronomia, o que deu certo, felizmente, com o apoio de vocês. Os veículos de comunicação tiveram um papel fundamental. Minas Gerais foi para o Madrid Fusión, teve lá um destaque ímpar. A partir disso, tivemos, aqui, não só na capital, mas no interior também, um movimento muito forte em termos de reconhecimento dos nossos chefs. E isso, mais uma vez, aumenta o nosso turismo, junto com a infraestrutura que fizemos.

E aí vamos ao Esporte. Foi um ano extremamente feliz para nós com a conclusão, no final do ano passado, dos dois estádios. Nunca tivemos os nossos dois principais times conseguindo ao mesmo tempo os campeonatos mais importantes e ainda esperamos um ainda mais relevante. Eu só lamento que o nosso América não tenha conseguido, foi quase, subir para a série A. Mas fica para o ano que vem para tentarmos também mais uma alegria no próximo ano. Mas o campeonato conquistado, o nacional pelo Cruzeiro, e a Taça Libertadores pelo Atlético, que disputa agora o mundial, foi muito positivo. Ao mesmo tempo, ainda no campo da cultura, permitiu que, no Mineirão renascido, nós tivéssemos pela primeira vez, como vocês assistiram, shows internacionais que o nosso Estado nunca antes tinha visto.

Fiz esta introdução para mostrar, de fato, que muitas vezes preocupa, e é natural, que as políticas públicas de saúde, educação, segurança, infraestrutura, são aquelas em que o Estado investe mais, na qual a preocupação sempre é maior, onde os problemas são maiores, mas a ação governamental se desdobra em diversas outras obras.

Vou fazer aqui de maneira muito sintética um voo de pássaro sobre algumas áreas mais relevantes e permitir, então, que aí se flua o debate, não perguntas, mas indagações porque aqui estamos mais em uma conversa informal, apesar do tamanho dessa mesa que acaba inibindo um pouco.

Mas eu gostaria de dizer, em primeiro lugar, que nós tivemos na área da educação um ano felizmente muito positivo. Essa semana mesmo, ao concluir o ano, nós entregamos os prêmios da Olimpíada de Matemática, e Minas Gerais continua em primeiro lugar desde que a edição foi criada. Eu acho até, não sei se tiveram a oportunidade de ler a revista Veja recente, as páginas amarelas, a entrevista do professor César Camacho. Eu dizia em um evento que todo o professor e todo o aluno devia ler essa entrevista e todo o governante também porque é algo impressionante. Ele que criou a Olimpíada de Matemática. A despeito das nossas desigualdades regionais, Minas é o primeiro lugar e tivemos a manutenção do IDEB e os indicadores. O resultado do ENEM publicado essa semana confirma a boa qualidade de nossa educação. E os investimentos realizados não só na remuneração, mas também na recuperação e na infraestrutura, e os novos programas como o Reinventando o Ensino Médio e o PIP (Programa de Intervenção Pedagógica) são programas muito importantes para a manutenção dessa nossa posição de destaque na educação brasileira

A área da saúde é aquela demanda infinita. Quanto mais se investe, mais necessidades temos. Conseguimos avançar em diversos programas, especialmente de descentralização. Há muitos anos, Minas Gerais investe em um programa para criar condições para que o interior do Estado tenha uma estrutura de saúde boa, para evitar que todos os doentes sejam trazidos para Belo Horizonte e para grandes centros. Isso tem ocorrido de maneira muito efetiva, o que é bom. Claro que é um processo. Ainda temos décadas de omissão para superarmos. O programa Mães de Minas é um sucesso estrondoso, a redução da mortalidade é muito positiva. E temos um problema que eu preciso muito aqui dos veículos de comunicação, que é muito grave, e que aparentemente o ano que vem voltará, que é o problema da dengue, onde precisamos ter a prevenção de maneira mais enfática.

Na área da segurança pública, e digo sempre que segurança é, de todas as políticas públicas, aquela que mais preocupa a mim e a todos os governantes do Brasil, tenho certeza, porque o diagnóstico de sua evolução é sempre mais difícil, nós também conseguimos não só aumentar os efetivos e manter Minas Gerais em primeiro lugar como o Estado que mais investe em termos de segurança como os indicadores que saíram pelo Fórum Brasileiro demonstram que o nosso Estado tem uma posição, digamos, confortável em relação aos outros Estados da Federação nos indicadores, o que não nos conforta, digo isso sempre. Porque em matéria de segurança a sensação subjetiva de segurança, ou seja, havendo um crime essa sensação existe. E por isso o nosso esforço cada vez maior. Conseguimos um feito que foi aprovar a Lei Orgânica da Polícia Civil muito delicada porque é uma instituição, mas com várias categorias dentro, reivindicação muito antiga felizmente acabou sendo aprovada e sancionada sem vetos. Eu acho que isso é um ponto positivo.

Ao mesmo tempo, na área de infraestrutura, nós realizamos com os primeiros recursos dos empréstimos que obtivemos em razão do nosso equilíbrio fiscal que recebemos o rating das agências internacionais, nós conseguimos aplicar já este ano algumas centenas de milhões nos programas relativos à infraestrutura, especialmente o Caminhos de Minas. Não só na infraestrutura. Na própria área de segurança são R$ 600 milhões investidos. Então, nós temos equipamentos adquiridos, reforma de instalações, IML pelo interior etc, etc. Mas na área de infraestrutura, especialmente infraestrutura de estrada, a conclusão final do ProAcesso, a continuidade e a expansão do ProMG que dá às nossas estradas uma condição melhor e, sobretudo, a inovação com os Caminhos de Minas que é o novo programa rodoviário do Estado já em curso.

Ao mesmo tempo, um grande esforço, capitaneado pelo vice-governador (Alberto Pinto Coelho) que está aqui conosco, na relação com os municípios mineiros. Criamos um programa chamado ProMunicípio exatamente com o objetivo de ajudar os municípios nesse momento de dificuldade que todos vivemos. A queda do FPM foi muito sensível nesse ano, em especial. O FPE também caiu, dos Estados, ainda que somos menos dependentes dele do que os municípios em relação ao FPM. E fizemos esse programa com o intuito de apoiar a infraestrutura dos nossos municípios. Também apoiamos as associações microrregionais e os consórcios intermunicipais, especialmente em saúde.

Inovamos na área de PPP não só mantendo aquelas, mas criando algo muito curioso que é a nossa PPP metropolitana de resíduos sólidos que já está colocada na praça para interessados. E também a primeira PPP de saneamento do Estado feita pela Copasa. Sempre baseando no pressuposto que, sabemos, não só Minas, mas outros Estados e o próprio Governo Federal, que os recursos públicos hoje são insuficientes para lastrear todos os investimentos necessários. E, por isso mesmo, nós precisamos ter sempre investimentos privados também alocados.

Festejamos agora na semana passada a privatização, a concessão do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins. Vínhamos batalhando nisso há tanto tempo. Acho que todos aqui conhecem o doutor Luiz Antônio Athayde que é um guerreiro nessa questão já há alguns anos. Felizmente, conseguimos concluir bem o processo, inclusive com a vitória de um consórcio composto por empresas brasileiras muito sólidas mas, sobretudo, pela participação de empresas internacionais de primeira grandeza. Dizem que são os melhores operadores de aeroportos da Europa, o de Munique e o que Zurique, uma grande empresa. Teremos então certamente um aeroporto bem melhor já com as obras que estamos realizando ao redor do seu entorno com recursos do Estado.

A infraestrutura é claro que sinaliza no ano que vem para a realização da Copa do Mundo que será obviamente um grande esforço que teremos, não só em Minas, mas no Brasil, para fazer bem, e bem feito, essa Copa. Em Minas Gerais, estamos dedicados há muito tempo nisso. O estádio pronto, o aeroporto, as obras de responsabilidade do Estado serão concluídas a tempo e, agora, a conclusão por parte da prefeitura das obras de infraestrutura de acesso que representa o grande legado que teremos.

Eu tenho impressão que, até com a boa perspectiva, estamos tendo no nosso futebol, teremos uma atenção especial, e o nosso Estado que sempre foi menos conhecido internacionalmente, no ano que vem, terá uma oportunidade de ouro e, por isso, a nossa gastronomia, e por isso a questão do nosso patrimônio histórico, dos investimentos feitos nas instâncias hidrominerais do interior, a recuperação em Caxambu e em Poços de Caldas, em Cambuquira, a recuperação das nossas águas minerais que são orgulho extraordinário que temos e tem causado grande sucesso. Tudo para que o nome de Minas tenha uma divulgação bastante forte.

E falando ainda nessa questão de infraestrutura para a Copa do Mundo, nós teremos também, está sob a coordenação do vice-governador, o nosso novo centro de convenções da Gameleira, dependendo somente da aprovação de uma lei municipal para que a PPP seja lançada agora em janeiro o que vai permitir que a capital tenha também um moderníssimo centro de convenções agregado ao centro de exposições que é o Expominas. Tudo isso, reitero, com base em um processo de planejamento que, é claro, ocorreu ao longo desse tempo todo.

Assim fazendo um apanhado extremamente sintético de alguns pontos relevantes eu concluo a minha introdução por aqui para então... (brincando) já que a coisa que os jornalistas mais gosta de fazer naturalmente é falar, perguntar, falar, indagar, os senhores fiquem à vontade que eu responderei juntamente com o nosso querido Alberto aqui na medida do possível e, se me permitem também, entre uma resposta e outra, eu dê uma bocadinha aqui no que nos foi ofertado.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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