Minas por Região
Economia / Desenvolvimento

17h05min - 21 de Setembro de 2012 Atualizado em 13h59min - 28 de Junho de 2013

ÁUDIO: Aos 50 anos, BDMG exibe histórico de conquistas e aposta no futuro de Minas

Instituição, que teve participação decisiva no desenvolvimento do Estado, deve liberar R$ 1,6 bilhão para empresas e municípios até o final de 2012

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O Governo de Minas comemora nesta sexta-feira (21) o aniversário de fundação do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), que completa 50 anos com uma trajetória de conquistas e a previsão de chegar ao fim de 2012 somando R$ 1,6 bilhão em desembolsos, 23% a mais que em 2011.

Responsável por fomentar todos os segmentos da economia mineira, o BDMG celebra um extenso histórico de avanços que ajudaram a alavancar o desenvolvimento de Minas. Agora, ele tem o objetivo de crescer ainda mais em volume de investimentos e na extensão de suas ações. Entre as metas previstas para os próximos dois anos está o aumento de 13 mil para 25 mil clientes, além do incremento de investimentos em empresas inovadoras.

“O banco tem estabelecido um conjunto de metas ambiciosas cujo foco é elevar o acesso aos produtos oferecidos pela instituição”, ressalta o presidente do BDMG, Matheus Cotta de Carvalho.

Conforme Carvalho, o banco vem reforçando sua atuação em toda a economia mineira, sem fazer distinção de setor ou porte do negócio. “Queremos atuar fortemente no comércio varejista, no agronegócio e na indústria, sendo acessíveis e ágeis na liberação de financiamentos para fomentar a economia do estado”, declara.

Para as micro e pequenas empresas, cujos desembolsos de janeiro a agosto de 2012 somaram R$ 206,5 milhões - 30% a mais que no mesmo período do ano passado -, o desenvolvimento de um novo modelo de distribuição, baseado numa ampla rede de correspondentes bancários, foi responsável por elevar a participação  do BDMG no segmento.

Hoje, o banco está presente em aproximadamente 400 municípios, por meio de 150 instituições credenciadas em todas as regiões do Estado. Além disso, as micro e pequenas empresas também passaram a contar, este ano, com melhores condições de crédito junto à instituição.

Os municípios mineiros também se beneficiam da evolução do banco cinqüentenário. No último ano, 83% dos financiamentos para municípios mineiros foram feitos pela instituição e, nos últimos quatro anos, foram liberados cerca de R$ 800 milhões para prefeituras. Segundo o presidente, os desembolsos do banco para os municípios cresceram 72% nos oito primeiros meses de 2012, contra igual intervalo do exercício passado, somando R$ 135,7 milhões. Confira nas matérias ao lado exemplos de como o BDMG impulsiona o desenvolvimento em todas as regiões de Minas Gerais.

Aliado aos objetivos estratégicos, o BDMG apresentará, durante as comemorações de seus 50 anos, um reposicionamento de imagem e uma nova marca. De acordo com Carvalho, a data é uma oportunidade para celebrar a história de sucesso e pavimentar os caminhos para o futuro. A nova marca, segundo ele, reflete os atributos e valores da instituição. “Todos ganham quando o banco se moderniza e caminha para o futuro de forma consistente, como instituição indispensável ao desenvolvimento de Minas”, destaca.

Trajetória de crescimento

A ideia de criar um banco destinado a financiamentos de longo prazo para dinamizar a economia mineira nasceu na década de 1950, durante o governo Juscelino Kubitschek. Em 1962, o então governador, José Magalhães Pinto, constituiu o BDMG como autarquia estadual. Ao assumir a presidência da instituição em 1963, Paulo Camillo de Oliveira Penna deu início efetivo às operações de crédito, movimentando cerca de US$ 2 milhões naquele ano. Desde então, os valores vem crescendo numa curva ascendente.

Os primeiros programas financiados pelo BDMG, como a recuperação da indústria açucareira, a modernização do setor de laticínios e o apoio às pesquisas para a utilização do fosfato de Araxá como fertilizante, deram o tom inicial da nova fase de desenvolvimento de Minas.

Posteriormente, a instituição contribuiu com a modernização da cafeicultura na década de 1970, com a melhoria da infraestrutura do Estado, a conclusão do Palácio das Artes e o desenvolvimento do setor industrial, destacando-se aí a implantação de grandes empresas como a Fiat Automóveis. Estes e outros empreendimentos possibilitaram ao Estado se tornar o principal produtor siderúrgico, o maior fabricante de automóveis e o terceiro maior produtor de álcool do Brasil.

Por meio de estudos sobre a economia mineira, o BDMG também possibilitou o surgimento de outras instituições de significativa importância para o Estado, que formaram um modelo de desenvolvimento que se tornou referência no Brasil. Entre elas estão a Fundação João Pinheiro (FJP), o atual Instituto de Desenvolvimento Integrado (INDI), a Companhia de Distritos Industriais (CDI), incorporada à Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), e também o Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa (Ceag), antecessor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Em entrevista concedida com exclusividade à Agência Minas, o presidente do BDMG, Matheus Cotta de Carvalho, revela os planos da instituição para os próximos anos e destaca a importância do apoio às empresas inovadoras para a diversificação da economia mineira. Confira alguns destaques:

Qual é a sua avaliação sobre os 50 anos de trabalhos prestados pelo BDMG para o desenvolvimento do Estado?

O banco teve uma participação importante na história econômica de Minas Gerais, sendo parte de um modelo institucional que sustentou o desenvolvimento do Estado. Este modelo, de certa maneira, criou um paradigma e serviu como exemplo para outros Estados,  que montaram estruturas semelhantes. O BDMG é parte desse sistema que permitiu a Minas sair de uma situação de uma economia basicamente agrária para uma economia amadurecida. O BDMG também deu apoio fundamental no desenvolvimento da agroindústria, destacando-se aí a incorporação do cerrado na economia de Minas e do país. Foram muitas conquistas até aqui.

Para os próximos anos, quais são as perspectivas do BDMG?

O banco está procurando ampliar sua base de atuação. O BDMG sempre esteve voltado para empreendimentos de maior vulto no Estado. Temos buscado criar estruturas que nos permitam atuar mais no segmento de micro e pequenas empresas e no interior. Da mesma forma que participamos, por exemplo, do capital de uma grande empresa de semicondutores, estamos abertos para financiar micro e pequenos empreendimentos de maneira inovadora, utilizando plataforma informatizada e contando com a rede de correspondentes bancários no interior do Estado. Também quero destacar a atenção especial que o BDMG tem dispensado a projetos de inovação, fundamentais para garantir um novo ciclo de desenvolvimento. Em parceria com a Fapemig, temos viabilizado um conjunto de iniciativas para criar condições para que as empresas inovadoras e sustentáveis desenvolvam projetos relevantes em Minas Gerais.

 

"O BDMG teve uma participação importante
na história econômica de Minas Gerais,
sendo parte de um modelo institucional
que sustentou o desenvolvimento do Estado"

 

Como você avalia os resultados recentes do banco?

Os resultados são muito positivos, porque mesmo antes da consolidação desta plataforma informatizada do atendimento e do estabelecimento da rede de correspondentes bancários, já conseguimos ampliar de maneira substancial nossa base de clientes. Houve um crescimento, de 2011 para cá, de quase 50% de clientes atendidos pelo BDMG. E acreditamos que o potencial de desenvolvimento é bem superior ao que já percebemos. Até 2014 pretendemos chegar a uma base de 25 mil clientes.  

Com foco voltado para o desenvolvimento do Estado, de que forma o BDMG tem pensado sua estratégia de atuação?

Da forma mais ampla possível. Temos uma atenção voltada principalmente para as empresas inovadoras, que possam funcionar como âncoras para novos setores econômicos. Normalmente são setores nos quais já temos alguma competência, seja porque algumas empresas estão começando a desenvolver o serviço ou produto, seja porque alguma universidade já está desenvolvendo pesquisas nesta área. Podemos apoiar estes setores por meio de financiamento, participação acionária direta ou participação por meio de fundos dos quais somos cotistas. Portanto, acreditamos na expansão e diversificação das atividades, nas quais Minas já é uma referência, mas também vemos a necessidade de atrair empresas que possam construir novas cadeias produtivas, como por exemplo, nas áreas de tecnologia da informação e biotecnologia, segmentos que nos interessam em particular.

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