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08h00min - 05 de Setembro de 2013 Atualizado em 21h27min - 04 de Setembro de 2013

ÁUDIO: Casa do futebol mineiro, "Gigante da Pampulha" completa 48 anos

Consolidado como importante palco do esporte mundial, Mineirão comemora primeiro aniversário após processo de modernização

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Palco de alguns dos principais capítulos do futebol mundial, o estádio Governador Magalhães Pinto, conhecido tradicionalmente como Mineirão, completa nesta quinta-feira (5), 48 anos de existência, sendo o seu primeiro aniversário após a reforma visando à completa modernização do estádio mineiro.

Quase cinco décadas depois da inauguração do “Gigante da Pampulha”, marcada pela vitória da Seleção Mineira, por 1 a 0, sobre o River Plate, o Mineirão comemora, em especial, os sete meses de operação do novo estádio. Desde a reabertura, mais de 815 mil pessoas já estiveram em pelo menos um jogo no reformado palco do futebol mineiro, que recebeu ainda três shows, sendo dois internacionais.

“Depois de um processo complexo e exitoso de reforma e modernização de quase três anos, o novo Mineirão completa o seu primeiro aniversário, o 48º contando desde a primeira obra. É um motivo de muito orgulho para nós, mineiros, que tanto vibramos com o futebol”, destaca o secretário de Estado Extraordinário da Copa do Mundo, Tiago Lacerda. Entregue para a Copa das Confederações no dia 21 de dezembro de 2012, o novo Mineirão teve o seu primeiro jogo no dia 3 de fevereiro deste ano - um clássico entre Cruzeiro e Atlético pelo Campeonato Mineiro, vencido por 2 a 1 pelo time celeste.

“Fomos a segunda sede da Copa das Confederações a entregar o estádio em perfeitas condições estruturais. Desde o jogo inaugural, o Mineirão vem sendo utilizado ininterruptamente. Os erros operacionais iniciais foram corrigidos e a Copa das Confederações comprovou o sucesso do projeto. Com o novo estádio, o apaixonado pelo futebol tem mais conforto e segurança para torcer. Comemoramos hoje 48 anos de um estádio que abrigou conquistas históricas e que será palco de seis jogos na Copa do Mundo, incluindo o segundo jogo mais importante, que é o de semifinal”, ressalta Tiago Lacerda.

Presente na inauguração do estádio, no dia 5 de setembro de 1965, o ex-jogador de Atlético e Cruzeiro e também ex-treinador desses dois clubes – além do América – Procópio Cardoso viveu momentos marcantes nos gramados da capital. “O Mineirão é um estádio de muitas histórias. Sempre foi o palco dos grandes espetáculos e, com a reforma, espero que coloque o futebol mineiro ainda mais no topo. Sou grato por tudo que vivi aqui”, destaca o ex-zagueiro.

Campeão mineiro dez vezes (duas como jogador do Atlético, cinco pelo Cruzeiro e três como treinador do Galo), Procópio não esconde o carinho pelos times de Belo Horizonte. “Joguei quando tinha 13 anos no Atlético, mas era muito cansativo. Treinava somente aos domingos porque estudava em colégio interno. Com 16 fui para o Renascença. Na época eles davam muito apoio, tinha uma estrutura excelente. Em 1959, assinei meu primeiro contrato profissional com o Cruzeiro. Fui campeão com a Raposa e voltei a jogar no Atlético, onde também conquistei títulos. Quando veio o Mineirão, foi fantástico. Os jogadores mineiros que tinham saído pra jogar fora daqui resolveram voltar e muitos outros famosos optaram por jogar em Minas. A construção do Gigante da Pampulha foi fundamental para transformar o futebol mineiro no que ele é hoje”, relembra Procópio.

Com 48 anos de história, o Mineirão segue como exemplo para outros estádios brasileiros. Após a reforma que durou dois anos e meio, cumprindo todos os prazos estipulados, o Gigante da Pampulha se tornou uma arena multiuso de padrão internacional. Foi também a primeira arena do país a inaugurar uma usina solar.

Histórias do Estádio

Poucos conhecem o Mineirão tão bem como Salvador de Freitas e Natalício da Costa. Trabalhando juntos há 17 anos, os maqueiros atendem os jogadores que se machucam durante a partida, e o que não falta são histórias do estádio.

“O Mineirão foi o meu primeiro emprego de carteira assinada. Comecei a trabalhar no estádio em 1978 como garçom de um restaurante que funcionava aqui, depois passei por outras funções até firmar a parceria com o Salvador no carrinho de macas. Meu filho também trabalhou nos gramados. Foi gandula do Mineirão e hoje é auditor do estádio, só tenho a agradecer pelas oportunidades”, comentou Natal.

Salvador começou no Mineirão um ano após a inauguração do estádio. Trabalhou quatro meses nas obras, ajudou a fazer as bilheterias e começou a trabalhar no gramado em 1977. “Imagina quantos craques eu já vi passar por aqui? Isso é maravilhoso. Vi Pelé jogar de pertinho, conversei com Garrincha. Presenciei títulos importantes no estádio e acredito que o nosso futebol mineiro cresceu muito depois da inauguração do estádio”, relembrou, emocionado, o maqueiro.

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