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10h00min - 29 de Junho de 2013 Atualizado em 16h17min - 01 de Julho de 2013

ÁUDIO: Cemig faz alerta sobre os riscos de soltar pipa próximo à rede elétrica

De janeiro a maio deste ano, mais de 640 mil consumidores ficaram sem luz por causa desse tipo de ocorrência

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Soltar pipa é uma brincadeira muito popular no Brasil, mas os números da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), de janeiro a maio deste ano, mostram que essa prática é uma coisa séria. Ela foi responsável por 1.200 ocorrências de interrupção do fornecimento de energia elétrica, prejudicando 641 mil consumidores. Somente na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram registrados 516 desligamentos provocados por pipas na rede elétrica.

O uso do cerol – mistura cortante feita com cola, vidro e restos de materiais condutores – é um dos principais causadores dos desligamentos, pois geralmente causam o rompimento dos cabos de energia quando entram em contato com a rede elétrica. Além disso, muitos curtos circuitos são provocados pela tentativa de retirada de papagaios presos aos cabos.

De acordo com o engenheiro de tecnologia e normalização da Cemig, Demétrio Venício Aguiar, uma novidade que surgiu recentemente, e que vem agravar os problemas e os riscos, é a “linha chilena”,  tipo de cabo cortante feito em escala industrial, portanto mais refinado e com materiais mais abrasivos do que o cerol.

“Esse tipo de linha é muito mais cortante do que o cerol comum e, infelizmente, é possível adquirir esse material de origem estrangeira pelo mercado paralelo e até pela internet”, diz o engenheiro.

Acidentes graves

Além dos prejuízos causados pela falta de energia, a Cemig também alerta para os riscos à segurança que a soltura de pipas pode trazer quando praticada próximo à rede elétrica. No ano passado, foi registrado um acidente fatal com pipa em Minas Gerais. Já em 2011, a Cemig registrou dois acidentes com vítimas de ferimentos causados por papagaios. E, no ano anterior, 2010, também foram dois registros, sendo que uma das vítimas morreu.

Demétrio Aguiar conta que a maioria dos acidentes acontece quando o papagaio fica preso na rede elétrica e as crianças tentam retirá-lo utilizando materiais condutores, como pedaços de madeira ou barras metálicas. O contato com a rede elétrica pode ser fatal, além do risco de queda em função do impacto causado pelo choque elétrico. Nesses casos, as consequências mais comuns são traumatismos causados pelas quedas e queimaduras graves causadas por choques.

Além disso, muitas crianças amarram as pipas com arames e fios. “São materiais altamente condutores de energia e acabam sendo energizados quando tocam os cabos de energia”, explica Demétrio Aguiar. O engenheiro chama a atenção, ainda, para o uso do cerol, que pode transformar uma simples linha de papagaio em um material condutor e provocar choque elétrico ao entrar em contato com a rede.

No ano passado, mais de 2,7 milhões de consumidores em todo o Estado foram prejudicados com desligamentos causados por papagaios presos nas linhas de distribuição. Durante o ano, foram registradas 5.019 interrupções no fornecimento de energia provocadas por pipas, representando 1,5% do total.

Mais da metade dos desligamentos (3.064) ocorreram exatamente durante o inverno, entre junho e setembro, atingindo 1.558 mil consumidores. Em 2012, o maior número de interrupções causadas por papagaios na rede elétrica, 2.211 ocorrências, aconteceu na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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