18h12min - 04 de Junho de 2009 Atualizado em 18h02min - 29 de Junho de 2013
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CABEÇA:
Cerca de 90% das agressões a crianças acontecem dentro da própria casa, e por pessoas mais próximas a elas. Essa constatação pode ser comprovada pelos números do Disque Direitos-Humanos. Em um ano da Campanha Proteja Nossas Crianças foram recebidas 2.800 denúncias. Dessas, 1.177 foram de violência doméstica. No Dia Internacional de Crianças e Adolescentes Vítimas de Agressão o alerta que fica é para a população, que não deve se calar frente a uma denúncia que pode ser feita. Em Belo Horizonte, o Hospital Julia Kubitschek é referência nesse tipo de atendimento. Lá funciona a Casa da Criança e do Adolescente que presta serviço de assistência social e psicológica às vítimas de violência. No ano passado, de acordo com o hospital, foram atendidas 18 vítimas de abuso sexual. Este ano, só de janeiro a maio já foram 21 atendimentos. Para o coordenador da Casa da Criança e do Adolescente, o médico Fernando Libânio, o aumento desse número reflete a conscientização da população que está denunciando mais.
SONORA:
Fernando Libânio
C: “Eu acho que é fruto...”
T: “... essa denúncia.”
OFF:
Para detectar as agressões é preciso também um trabalho minucioso dos médicos que prestam o atendimento às crianças. O Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, atende pelo menos uma criança machucada por dia. São lesões corporais graves, fraturas cranianas, nas pernas, braços e costelas e ainda machucados externos. As histórias são muitas, mas elas são investigadas pelos médicos e assistentes sociais que em caso de desconfiança acionam rapidamente o conselho tutelar. O pediatra do João XXIII, Sérgio Guerra explica como é feito esse trabalho.
SONORA:
Sérgio Guerra
C: “É muito delicado...”
T: “... reconheça aquilo.”
OFF:
Atualmente o Estado conta com uma boa estrutura de atendimento à crianças e adolescentes vítimas de violência. 804 cidades mineiras tem Conselhos Tutelares, que fazem o primeiro encaminhamento das vítimas. Os conselhos foram equipados com computadores e veículos e mais de 3 mil conselheiros tutelares passaram por capacitação. Além disso, existem os abrigos e casas-lares que recebem as crianças que são retiradas de suas famílias. De acordo com a coordenadora Estadual de Políticas Pró-criança e Adolescente, Fernanda Martins, o encaminhamento das vítimas de agressão a esses locais só acontecem em último caso, como previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
SONORA:
Fernanda Martins
C: “O conselho tutelar é que vai fazer...”
T: “... melhor.”
NOTA PÉ:
A Campanha Proteja Nossas Crianças entra no seu segundo ano e conta com a participação efetiva de toda a mídia na divulgação do Disque Direitos-Humanos. Para denunciar todo o tipo de violência, não só contra criança e adolescente o telefone é o 0800 31 1119.
ASSINATURA:
Agência Minas/repórter Débora Caram
TEMPO: 4’38’’
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