BELO HORIZONTE (21/06/10) - Conhecer experiências exitosas, seus métodos e instrumentos de participação e as boas práticas de gestão e planejamento das cidades. Estes são alguns dos objetivos do curso Sistema Intermunicipal de Capacitação em Planejamento e Gestão Local Participativa (PGLP), que é articulado pela Agência Metropolitana e será ministrado para 30 gestores municipais da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

Ao abrir o curso, o diretor geral da Agência Metropolitana, José Osvaldo Lasmar, afirmou que a iniciativa é de suma importância para os municípios da RMBH e uma maneira de mantê-los em constante contato, trabalhando juntos pela gestão democrática e compartilhada.

Para a coordenadora do Observatório de Políticas Metropolitanas da Agência, Maria de Lourdes Dolabela, essa interface permanente proporcionada pelo PGLP objetiva a construção de uma agenda comum, seja através de cursos presenciais ou à distância. Ela afirmou que o curso visa apoiar os municípios da RMBH para o aprimoramento das práticas e políticas locais e promover a troca de experiências de boas práticas de gestão e planejamento participativo.

O professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Luciano Fedozzi, disse que nessa etapa introdutória, o curso abordará as diferentes contribuições das cidades que integram o PGLP na América Latina e União Europeia. “Essa etapa é de conceituação, mas depois teremos temas específicos como descentralização, planejamento estratégico, gestão do território, orçamento participativo, todos importantes e diretamente ligados à realidade dos municípios da RMBH”. Ele explicou também que o gestor vai ter contato com temas que, embora teóricos, são importantes, como a discussão sobre a democracia participativa, elementos para a implantação de orçamentos participativos e uma proposta de avaliação dos mecanismos de participação das cidades.

O professor destacou também as experiências das cidades de Rosário, na Argentina, e Quito, no Equador, além da região da Toscana, na Itália. “Rosário conseguiu ótimos resultados ao conjugar o planejamento estratégico, a experiência de descentralização e o orçamento participativo. A Toscana realizou experiências que envolveram os cidadãos em decisões de impacto territorial. Em Quito implantou-se uma excelente experiência de inclusão das mulheres nas definições de políticas publicas”, disse.