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Copa do Mundo

15h41min - 15 de Julho de 2011 Atualizado em 08h28min - 01 de Julho de 2013

Alimentação balanceada é receita de saúde e produtividade nas obras do Mineirão

BELO HORIZONTE (15/07/11) - Um novo Mineirão está sendo erguido em Belo Horizonte para receber os jogos da Copa do Mundo de 2014. Entre as inúmeras preocupações e responsabilidades do Consórcio Minas Arena e da Secretaria de Estado Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), uma tem valor especial: cuidar da saúde e do bem-estar dos operários que trabalham na construção do estádio. E como “a saúde começa pela boca”, a ordem é proporcionar alimentação de qualidade e balanceada para os cerca de 740 trabalhadores que, atualmente, dedicam esforços na construção daquele que está cotado para receber o jogo de abertura do Mundial.

A tarefa da nutricionista da empresa contratada para fornecer a alimentação dos operários que trabalham no Mineirão, Anna Paula Araújo, é montar um cardápio que leve em consideração o alto gasto calórico característico de atividades da construção civil. “Temos que ter em mente que a dieta do pessoal que trabalha utilizando grande esforço físico é diferente da daqueles que passam o dia inteiro no escritório”, explica Anna. Portanto, quatro tipos de salada (folhas e leguminosas), pratos proteicos (carne de boi, de porco ou de frango), os tradicionais arroz e feijão, suco e sobremesa estão sempre garantidos no menu desses trabalhadores.

Além disso, vários operários vêm de outros estados, o que acaba sendo mais um desafio para a nutricionista. “Estamos abertos para receber sugestões, críticas e opiniões de todos. Na medida do possível, e seguindo o nosso padrão de qualidade, conseguimos atender e adequar a alimentação a todos os gostos”, conta. Um deles é o carpinteiro Antônio Marcos Carvalho de Souza, que veio direto do Piauí para trabalhar no Mineirão. Mais que adaptado, Antônio está se deleitando com o tempero mineiro. “No geral a comida é boa, mas eu prefiro a bisteca de porco e a feijoada, servida toda sexta-feira”, diz o carpinteiro.

Alimentação em casa

A nutricionista Anna Paula também oferece dicas e orienta os operários com relação à alimentação que eles devem ter em casa e nos dias de folga. Como o pedreiro Adriano Ferreira da Silva, que costuma acordar por volta das 8h. Para começar o dia, ele toma um café da manhã bastante caprichado. “Gosto de pão, queijo, ovo e até linguiça. E para beber, somente o café preto mesmo”, conta. Por volta das 10h, come um biscoito ou uma fruta. Às 13h, almoça a comida que sua esposa faz, que é o retrato do prato-feito brasileiro: arroz, feijão, carne, salada e batata frita. “Quando chega o fim da tarde, por volta das 17h, faço um ‘mexido’ com a sobra do almoço”, diz Adriano. Perguntado se esta é a última refeição do dia, ele nega rapidamente: “De jeito nenhum, por volta de 22h eu janto de novo, basicamente a mesma comida do almoço”, relata. Depois dessa última refeição, ele vai dormir.

Anna Paula Araújo tece comentários sobre a rotina alimentar de Adriano. “Primeiramente, o café da manhã está muito pesado. Como ele não está na obra, tem um dia mais leve e acaba não consumindo as calorias que ingeriu. Com o excesso das frituras, corre risco de ter o colesterol e as triglicérides altos”, explica. Sobre o lanche antes do almoço, Anna destaca que “comer uma fruta ou um biscoito no intervalo entre o café da manhã e o almoço está correto, pois não é bom ficar mais de três horas sem comer.” Já com relação ao almoço, “parece estar balanceado, com saladas e legumes. O importante é não exagerar na quantidade”, ensina. Sobre o ‘mexido’ das 17h, a nutricionista avalia como exagero. “Está cedo demais para o jantar. O correto seria um lanche mais leve”, diz, e completa sobre o jantar: “está sendo servido muito tarde, fato que pode prejudicar a digestão e até mesmo o sono”. A conclusão da nutricionista é que essa rotina alimentar pode gerar excesso de peso. Adriano mede 1,78 metros e tem 96 quilos.

“Por isso insistimos na questão comportamental, ou seja, na conscientização das pessoas”, pondera Celso Mendes do consórcio Minas Arena, gerente administrativo das obras e responsável também pelo refeitório. “Uma das ações é o diálogo diário de segurança, que aborda vários assuntos relacionados à saúde e segurança, entre eles a importância de uma alimentação saudável, tanto para o bem-estar das pessoas, quanto para a produtividade”, esclarece.

Lição que ficou bem clara para Claudiomiro Ferreira, pedreiro que recentemente integrou a equipe dos operários do Mineirão. Ele mora sozinho e, quando está em casa, faz a própria comida. De acordo com ele, a tentativa é ter a mesma rotina de quando está trabalhando nas obras. “Levanto cedo, por volta das 4h30, 5h. Tomo café da manhã com bolo, pão e queijo. Trabalho bastante para acabar de construir minha casa. Faço um pequeno lanche antes de almoçar para não ficar com fome. Almoço o que cozinho, belisco alguma coisa no meio da tarde e janto por volta das 18h”. Rotina que a nutricionista Anna Paula Araújo considerou saudável. Claudiomiro tem 1,65 metros e pesa 58 quilos.

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