O Ballet Jovem do Palácio das Artes, grupo profissionalizante da Fundação Clóvis Salgado (FCS), foi ao Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto nesta sexta-feira (14), e apresentou três coreografias do seu repertório. Com essa apresentação, o Ballet Jovem Palácio das Artes encerra as atividades no ano de 2012. Ao todo, 42 espetáculos foram realizados para mais de 34 mil pessoas.

Ao abordar a urgência das pessoas em encontrar na vida cotidiana um lugar confortável e seguro, a coreografia “Iungo”, de autoria do dançarino holandês Adriaan Luteijin, abre o espetáculo com música do compositor erudito Frédéric Chopin. Em seguida, as coreografias “Delicado” e “Carioquinha”, inspiradas nas composições de mesmo nome de Waldir Azevedo, compõem a apresentação. A trilha sonora para “Delicado” e “Carioquinha” é executada pelo Grupo de Choro Palácio das Artes. O espetáculo durou 30 minutos.

“Acredito que, assim como os corpos artísticos profissionais, os grupos jovens ou em formação ligados à Fundação, devem cumprir a missão social de se apresentar em espaços alternativos e para públicos distintos. A ideia de levar o Ballet Jovem para uma apresentação especial no presídio é uma forma de contribuir com ações que proporcionam melhorias às mulheres privadas de liberdade”, afirma a Gerente de Extensão da FCS, Lúcia Ferreira.

O Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto está localizado à rua Conselheiro Rocha, número 3.792, bairro Horto, em Belo Horizonte.

Temporada Premiada

Com o encerramento da atual temporada, o Ballet Jovem Palácio das Artes comemora a conquista de três títulos, por meio do Prêmio Usiminas/Sinparc 2012. São eles: “Maior Público de Dança”, “Melhor Concepção Coreográfica”, que foi concedido a Tíndaro Silvando pela coreografia “Goldberg” e, ainda, “Melhor Bailarino”, que premiou Hícaro Nicolai. Para a diretora de ensino e extensão da Fundação Clóvis Salgado, Patrícia Avellar Zol, dentre outras palavras, algumas podem resumir o fim dessa temporada: disciplina, trabalho, determinação, busca de parcerias. “Os bailarinos dançam para saciar a sede dos homens pela arte, em um trabalho permanente, sem fim nem começo”, afirma a diretora.