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Ciência e Tecnologia

20h16min - 29 de Maio de 2009 Atualizado em 03h13min - 01 de Julho de 2013

Centro de Pesquisas garante crescimento da produção mineral

O lançamento do projeto Quadrilátero Ferrífero 2050 e do Centro de Estudos Avançados do Quadrilátero Ferrífero (CEAQFe) vai usar tecnologia para mapear a região que envolve 29 municípios mineiros. O evento realizado, nessa sexta-feira (29), pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e o Pólo de Excelência Mineral e Metalúrgico da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) é o início de um ciclo fundamental para mineração.

BELO HORIZONTE (29/05/09) - O lançamento do projeto Quadrilátero Ferrífero 2050 e do Centro de Estudos Avançados do Quadrilátero Ferrífero (CEAQFe) vai usar tecnologia para mapear a região que envolve 29 municípios mineiros. O evento realizado, nessa sexta-feira (29), pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e o Pólo de Excelência Mineral e Metalúrgico da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) é o início de um ciclo fundamental para mineração.

Durante a solenidade foi exibido um vídeo em 3 dimensões com a cartografia do Quadrilátero. O chefe departamento de geologia da Escola de Minas, Issamu Endo, ressaltou que o centro de pesquisas científicas e de inovação vai atualizar o mapa geológico e torná-lo acessível à todos pela internet. Antigamente este estudo era feito em uma escala de 1 por 25 mil, mas agora será de 1 por 10 mil, ou seja, haverá maior precisão e detalhamento. “Foram 16 anos para fazer este zoneamento de 7 mil km2 e conseguirmos dobrar a área de reserva mineral. Com o convênio firmado com a Vale vamos disseminar o conhecimento para a sociedade e mudar este cenário”, declarou.

O CEAQFe vai funcionar como núcleo de referência para o planejamento da atividade mineira e do uso e ocupação do solo. A idéia é criar um ambiente adequado para o domínio da inteligência no processo produtivo, gerando tecnologia, capacitando recursos humanos, prestando serviços técnicos especializados e definindo processos e metodologias para a preservação e recuperação do meio ambiente. O subsecretário de Ensino Superior, Octávio Elísio, ressaltou a necessidade do projeto Quadrilátero Ferrífero 2050 e reconheceu a importância história da Escola de Minas da Ufop. “A mineração começou com a Escola de Minas, primeiro com o ouro e agora com o ferro”.

De acordo com Issamu Endo, este território começou a ser explorado em 1947 e como a mineração depende de tecnologia, os agentes que vão atuar no projeto, terão a missão buscar a harmonia da extração com o uso de recursos inovadores, trabalhando em ciclos. “O quadrilátero tem alguns pontos que consideramos cardeais como Ouro Preto, Congonhas, Brumadinho, Caeté e Santa Bárbara. Se cada um desses pontos tiver um núcleo do centro de pesquisas para treinar os profissionais envolvidos, estaremos contribuindo com a mineração”, ponderou.

Ele ainda disse que acredita na possibilidade das empresas disponibilizarem informações importantes para os centros de pesquisa universitários. “Vamos trazer mecanismos para analisar as perenidades do sistema mineral, estudar novas áreas a serem pesquisadas e harmonizar as várias formas de ocupação do solo”.

Na opinião do gerente executivo do Pólo de Excelência Mineral e Metalúrgico, Renato Ciminelli, a necessidade em criar este centro de estudos se deve ao fato de não haver uma diretriz de zoneamento e uma acirrada competição entre condomínios residenciais e industriais. “A tendência é localizar as regiões mais ricas, onde há mais minério e fazer o zoneamento e trabalhar a preservação ambiental. Para isso estamos trabalhando com parcerias de ponta como as Universidades de Queesland na Austrália e a Magedburg na Alemanha”, afirmou.

Ciminelli informou que é preciso pensar no todo, por isso todos os envolvidos no projeto vão agir como interlocutores entre quem produz e quem precisa da produção. “A ocupação será mais passional e a tendência é que as empresas se integrem ao programa, diante da relevância do papel que ele possui. Além de ser uma resposta para a sociedade”, destacou. Existe uma proposta de até 2012 o Governo de Minas investir R$ 100 milhões neste setor. Para o ano que vem o CEAQFe deve receber R$ 10 milhões em equipamentos e formação de pessoal com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

O resultado do evento foi a viabilização de recursos financeiros para ampliação das dimensões do Pólo de Excelência Mineral e Metalúrgico para desenvolver a indústria mineral e subsidiar as regiões mineradoras. Diante da relevância do projeto, o presidente da Fapemig, Mário Neto Borges, fez o pré-lançamento de um edital específico para o Quadrilátero Ferrífero.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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