A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) inaugurou nesta sexta-feira (14/03) um galpão de trabalho de 150 m² no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp), de Juiz de Fora, na Zona da Mata. A estrutura dará, inicialmente, emprego a cerca de 50 presos, que trabalharão na produção de camisetas e na realização de impressão em silk-screen.

O galpão foi construído com recursos da empresa parceira e custou cerca de R$ 120 mil. Na obra trabalharam sete presos que possuíam experiência como pedreiro, servente, eletricista, pintor e serralheiro. Todos tiveram remição de pena proporcional aos dias trabalhados e remuneração, e ainda serão integrados na equipe de funcionários da Cooperativa de Costura Ebenézer de Avelar. A malharia começa a funcionar na próxima segunda-feira (17) com um treinamento para capacitar os presos no uso das 40 máquinas instaladas.

O subsecretário de Administração Prisional, Murilo Andrade de Oliveira, explica que apesar de o Ceresp ser o local de entrada no sistema prisional, existem diversas parcerias de trabalho neste tipo de unidade. “A política de ressocialização é uma constante na Seds, e mesmo que um preso permaneça por um tempo menor em uma unidade transitória, é possível aproveitar a experiência de trabalho e também se beneficiar da remição e da remuneração”, explica o subsecretário.

Presídio de João Pinheiro

A Seds também inaugurou nesta sexta-feira (14/03) no Presídio de João Pinheiro, situado na Região Noroeste de Minas, um prédio no qual funcionará uma escola e um galpão de trabalho para presos. No local haverá, também, um espaço destinado à capacitação profissional de detentos. A escola, que funcionará na modalidade Educação de Jovens e Adolescentes (EJA),   atenderá cerca de 60 presos em dois turnos. A estrutura conta com duas salas de aula, uma biblioteca e sala dos professores. A instituição de ensino funcionará como segundo endereço da Escola Estadual Capitão Speridião, localizada na cidade.

No galpão de trabalho serão instaladas máquinas de costura para a produção de roupas. O presídio já dispõe de cinco máquinas e a expectativa é de que o local chegue a ter 12. Atualmente, cerca de 120 detentos trabalham na unidade, a maioria por remição de pena, ou seja, a cada três dias trabalhados, um a menos no cumprimento da sentença, e em alguns casos recebem remuneração. 

 O superintendente de Atendimento ao Preso, Helil Bruzadelli, explica que a educação e o trabalho são as bases da política de ressocialização do sistema prisional. “Esta é mais uma ação efetiva em prol de direitos fundamentais dos presos”, destacou.