BELO HORIZONTE (10/12/10) - No mesmo dia em que o Governo de Minas assinava o termo de permissão para o prédio do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), seja usado para abrigar o Museu Clube da Esquina, integrado ao Circuito Cultural Praça da Liberdade, no térreo do Edifício Gerais, da Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, uma das famosas frases de um dos integrantes do Clube se confirmava. Nesta sexta-feira (10), servidores do Estado tiveram oportunidade de assistir à apresentação dos grupos musicais da Escola de Música da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) - Big Band, Orquestra e Banda Sinfônica - numa demonstração de que, como disse o poeta “todo o artista tem de ir aonde o povo está”.

Atento às músicas e registrando com seu aparelho de telefonia celular, Carlos Augusto, contratado pela MGS para prestar serviços no Palácio Tiradentes, estava entre as centenas de servidores que aproveitaram o intervalo de almoço para apreciar uma boa música.  Ele achou tudo “muito bonito”, sentindo a música como uma forma de “reduzir o stress”. Ele não perdeu as outras quatro apresentações musicais já realizadas na Cidade Administrativa, mas nunca tinha vista uma apresentação de orquestra sinfônica, razão pela qual espera ter outras oportunidades para ouvir uma boa música.

Entre composições do melhor do cancioneiro popular ou de clássicos consagrados pelo cinema, Juliana Chebly, da Secretaria de Estado de Saúde (SES), também aproveitou para registrar momentos das apresentações, com seu aparelho de celular. “É uma iniciativa muito boa, muito válida. Acho que poderia ter até mais de uma vez por semana”, sugeriu.  A exemplo de outras pessoas, ela também acha que as apresentações ao ar livre, como as que até agora estão sendo realizadas atraem mais público do que em locais fechados, facilitando o acesso dos interessados.

A iniciativa do Núcleo Gestor da Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves foi também apoiada por Daniela Vaz Moreira, da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), para quem eventos dessa natureza são excelente oportunidade para as pessoas. “É preciso trazer a cultura para junto da população, pois as pessoas se sentem mais felizes”, defendeu Daniela, uma evangélica, para quem participar das atividades culturais é muito importante.

Maria Conceição Vieira Fernandes, funcionária lotada na Secretaria de Estado de Fazenda (SEF), trouxe os dois filhos Izabel e Gustavo, que estudam música para verem a apresentação. “É uma oportunidade para que as pessoas possam ouvir uma boa música”, afirmou a servidora, para quem o espetáculo estava maravilhoso. A pequena Izabel resumiu em duas palavras, a apresentação: um show!

A Escola de Música

Os grupos musicais da UEMG foram criados a partir de 2006, sendo formados por estudantes da Escola de Música. O objetivo é desenvolver os alunos instrumentistas em diversas formações orquestrais possibilitando o conhecimento do repertório sinfônico e sinfônico coral.

Os integrantes - selecionados anualmente - são bolsistas da Fundação Renato Azeredo, contou a coordenadora do Centro de Extensão, professora Kátia Malloy. Para ela, a apresentação dos grupos em órgãos públicos é muito importante para mostrar o que está sendo feito dentro de uma escola que é mantida pelo Governo do Estado. Outro aspecto destacado pela professora é o relacionado com a formação do músico para atuação coletiva em orquestra ou grupos.

A Escola de Música tem dois cursos de licenciatura e um bacharelado, cada um com cerca de 150 alunos. Além disso, conta com curso de musicalização infantil e básico, este destinado a adolescentes e adultos. Os interessados são submetidos a testes realizados entre o final de um ano e o início de outro. Para 2011, as inscrições ainda não foram abertas.