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Ciência e Tecnologia

18h16min - 14 de Julho de 2009 Atualizado em 04h26min - 29 de Junho de 2013

Congresso destaca inovação para superar a crise

Durante o 64º Congresso da Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM), no Expominas, profissionais de diversas empresas minero-metalúrgicas do Brasil e de outros países discutem os desafios e as propostas para o futuro da siderurgia. Eles vão se reunir até sexta-feira (17) para apresentar mais de 450 trabalhos técnicos e palestras dentro do Fórum de Líderes em Gestão Corporativa. No primeiro dia foram realizados workshops sobre gestão estruturada da inovação e inovações para o desenvolvimento de aços com alto valor agregado.

BELO HORIZONTE (14/07/09) – Durante o 64º Congresso da Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM), no Expominas, profissionais de diversas empresas minero-metalúrgicas do Brasil e de outros países discutem os desafios e as propostas para o futuro da siderurgia. Eles vão se reunir até sexta-feira (17) para apresentar mais de 450 trabalhos técnicos e palestras dentro do Fórum de Líderes em Gestão Corporativa. No primeiro dia foram realizados workshops sobre gestão estruturada da inovação e inovações para o desenvolvimento de aços com alto valor agregado.

O coordenador geral do evento e gerente executivo do Pólo Mineral e Metalúrgico da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), Renato Ciminelli foi homenageado pela ABM devido ao seu desempenho. Ciminelli ressaltou que o encontro é uma oportunidade de buscar alternativas para superar a crise econômica e o pessimismo de algumas pessoas. “Aqui vamos analisar estratégias inovadoras para contornar as instabilidades do setor”, enfatizou.

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Sérgio Barroso, disse que os próximos semestres serão melhores em termo de arrecadação de impostos. “A falta de confiança da economia fez com que atingíssemos um pico inimaginável. O enxugamento do Governo de Minas já atingiu 20%, o que exigiu uma redução das despesas”. Ele acrescentou ainda que este cenário se deve à demonstração de responsabilidade e seriedade do governo, destacando que Minas está na frente de muitos estados em novos investimentos devido a sua multiplicidade.

Na ocasião o coordenador da gestão corporativa do Congresso, Evando Mirra, lembrou que inovação é a antecipação e a conjugação integrada de três importantes elementos: idéias, oportunidades e ação. “Ela não precisa ser grandiosa e nem revolucionária. Os painéis da Gestão Corporativa reúnem os principais decisores do setor e proporcionam um ambiente favorável para debates de temas que possuem como base o panorama mercadológico da comunidade minero-metalúrgica e de materiais”.

Com o tema “Inovação é a saída”, Mirra salientou que a inovação e o conhecimento sempre existiram, mas só recentemente tomaram um impulso. Ele lembrou que a indústria tradicionalmente pautava-se por uma postura essencialmente conservadora, mas agora os investimentos em conhecimento são a chave do desempenho econômico e de ganhos no campo social. A inovação aumenta a produtividade e responde por mais de 50% do crescimento econômico.

As empresas líderes na indústria brasileira têm capacidade de geração de tecnologia suficiente para sustentar a competitividade internacional afirmou João Alberto de Negri do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “Quem investe em conhecimento cresce 21% a mais do que aqueles que não investem”, destacou. Segundo ele, os impactos da crise financeira serão maiores sobre a mão de obra mais qualificada devido à queda nas exportações. “A alternativa é fazer como China e Índia que estão comprando ativos tecnológicos. O Brasil precisa fazer uma política de inovação tecnológica pensando na retomada, no período pós crise”, finalizou.

Uma das conferências mais aguardadas foi de Jean Paul Jacob, um dos principais estrategistas mundiais de inovação. Com mais de 8 milhões de citações no Google, o engenheiro eletrônico formado pelo Instituto Tecnológico e Aeronáutica (ITA) e Ph.D pela Universidade da Califórnia criou o Centro Científico da IBM na América do Sul. Jacob definiu o futuro em apenas uma palavra: colaboração. Na visão dele, produtos e serviços são projetados por co-produção e o conhecimento é a nova moeda que extraímos da informação. Os problemas da humanidade e do meio ambiente devem ser trabalhados por meio da colaboração. “Muitas vezes o mundo digital projeta no real e vice-versa”.

Um dos caminhos apontados por ele para diminuir esses problemas seria a busca por fontes renováveis de energia e o uso da tele medicina, que atenderia pessoas de qualquer parte do mundo para detectar, com um chip, epidemias de dengue ou gripe suína. Sobre as projeções para os próximos 10 anos ele cita como exemplo os avanços em baterias não poluentes com uso de hidrogênio, talheres biodegradáveis que podem ser usados como fertilizantes e GPS para controle do trânsito, assim daria para economizar os gastos com combustível.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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