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Meio Ambiente

17h09min - 16 de Agosto de 2007 Atualizado em 19h47min - 29 de Junho de 2013

Conselho amplia ações de proteção da Serra de São José

BELO HORIZONTE (16/08/07) - A posse da primeira formação do conselho consultivo das áreas protegidas da Serra de São José, realizada na terça-feira (14), é mais um passo para a efetiva proteção da região do Campo das Vertentes. Os 41 conselheiros terão como missão assegurar o desenvolvimento sustentável da comunidade local, discutindo as questões socioambientais da área de preservação e seu entorno.

O Conselho Consultivo da Serra São José é o primeiro do Estado responsável pela discussão das questões relativas a três unidades de conservação: a Área de Proteção Ambiental (APA) Serra de São José, o Refúgio Estadual de Vida Silvestre Libélulas da Serra de São José e a Área de Proteção Especial Serra São José. O Instituto Estadual de Florestas (IEF) administra as áreas, que somam 4.758 hectares.

A Serra de São José se estende por cinco municípios da região do Campo das Vertentes: Tiradentes, Santa Cruz de Minas, São João del-Rei, Coronel Xavier Chaves e Prados. Além de representantes das prefeituras dessas localidades, fazem parte do Conselho o setor produtivo, associações comunitárias, órgãos do governo estadual e federal, organizações não-governamentais e comunidade científica e acadêmica. A presidência é exercida pela gerente da APA, Ana Paula Cerqueira de Barros Pinheiro.

O conselheiro John Francis Parsons, sócio-fundador da Sociedade Amigos de Tiradentes, afirma que a instalação do conselho é a consolidação de um objetivo perseguido há mais de 30 anos. “Tenho certeza que será o início de uma era de diálogo aberto e construtivo entre Governo e moradores buscando o crescimento e a preservação da Serra”, afirma o inglês que vive em Tiradentes desde a década de 70.

O gerente de Gestão de Áreas Protegidas do IEF, Roberto Alvarenga, observa que as áreas protegidas são o local ideal para formação de parcerias entre o Estado e a sociedade. “A participação das comunidades locais é indispensável para a implantação das políticas de conservação do patrimônio natural”, observa. “As dificuldades iniciais serão superadas à medida que as idéias se transformam em ações e a participação de todos se ampliará”, completa.

Mosaico

A gerente da APA Serra São José, Ana Paula Pinheiro, explica que a criação do mosaico reunindo as diferentes unidades de conservação, em maio de 2007, permitiu a criação de um conselho comum. “A gestão integrada das três áreas será um facilitador para a elaboração e implementação de políticas e ações para o desenvolvimento sustentável da Serra e as comunidades que nela vivem”, afirma.

Em 1981, a Serra foi decretada como uma Área de Proteção Especial Estadual (APEE) para proteger os mananciais responsáveis pelo abastecimento de água das comunidades da região. “Em 1990, foi criada a APA São José ampliando a preservação de toda a área”, afirma Ana Paula Pinheiro.

“Em 2004, com a criação do Refúgio de Vida Silvestre Libélulas Serra São José, cerca de 80% da área foi elevada à categoria de unidade de conservação de proteção integral”, observa Ana Paula Pinheiro. Estima-se que a região abrigue entre 40 e 50% de todas as espécies de libélulas conhecidas em Minas Gerais e cerca de 18% de todas as espécies encontradas no Brasil.

A Serra abriga ainda um importante remanescente da Mata Atlântica, bioma declarado, em 1994, Reserva da Biosfera através Programa Homem e Biosfera (MAB, em inglês) da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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