A Copasa e a subsidiária Copanor, foram premiadas em primeiro e terceiro lugar, respectivamente, na categoria Empresa Pública, do Prêmio Ouro Azul, por terem adotados as melhores iniciativas e bons exemplos em 2012, quanto ao uso inteligente da água em Minas Gerais.

Os projetos premiados foram Cogeração de Energia – aproveitamento energético do biogás da Estação de Tratamento de Esgoto – ETE Arrudas e Vida no Vale.

O Prêmio Ouro Azul é uma iniciativa dos Diários Associados, por meio do jornal Estado de Minas, que valoriza ideias de proteção e uso racional dos recursos hídricos.

Em sua décima primeira edição, além dos projetos que promovem a utilização racional dos recursos hídricos, também participaram projetos na área de racionalização de recursos naturais e combate a desperdícios de energia elétrica.

Ao ser chamado para receber o Troféu Ouro Azul o presidente da Copasa, Ricardo Simões, comentou que o prêmio significa, para a empresa, “fechar o ano com chave de Ouro”.

“A Copasa e a sua subsidiária fazem um trabalho inovador e de suma relevância que engrandece a empresa em dois expoentes: de um lado, a ação social com a prestação de serviço e melhoria das condições de vida e de outro lado, a inovação tecnológica”, afirmou Simões.

Para o presidente da Copanor, Frank Deschamp, a premiação valoriza o grande diferencial da subsidiária e reforça a sua proposta. “A subsidiária é uma empresa sem fins lucrativos que utiliza recursos aportados pelo Governo do Estado em infraestrutura, permitindo praticar uma tarifa mais barata, uma vez que são computados somente os custos de operação dos sistemas”, informou.

Cogeração de Energia

A central termoelétrica da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Arrudas é um sistema de cogeração de energia elétrica, evitando que gases poluentes sejam eliminados no meio ambiente, além fornecer 90% da energia consumida pela ETE.

A unidade possui uma capacidade de produção de 2,4 megawatts, o suficiente para abastecer cerca de 3 mil residências. É a única que tem esse tipo de instalação em toda a América Latina, demonstrando, mais uma vez, o pioneirismo da Copasa.

A estrutura da termoelétrica aproveita o gás eliminado em uma das fases do tratamento de esgoto, que é a reação anaeróbica realizada dentro de biodigestores. O esgoto produz metano, gás altamente poluente para a atmosfera. O gás é canalizado para a central termoelétrica, onde é queimado, gerando calor que gira as turbinas que produzem eletricidade.

O processo de tratamento de esgoto gera efluentes líquidos, sólidos e gasosos. Os gases antes lançados na atmosfera, na forma de gás carbônico, ampliavam o efeito estufa. Agora, se transformam em energia elétrica, utilizada no próprio processo de tratamento de esgoto. É um investimento inteligente, que contribui com o meio ambiente, para a qualidade de vida, permitindo que os recursos economizados sejam reaplicados continuamente em benefício da população.

Projeto Vida no Vale

O Vida no Vale é um projeto desenvolvido pela Copanor, subsidiária da Copasa, criada para atender as regiões Norte e Nordeste do estado de Minas Gerais. Na região, a Copanor tem como atribuição planejar, projetar, executar, remodelar e explorar os serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário.

A primeira etapa do projeto abrange as bacias dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri, São Mateus, Buranhém, Itanhém e Jucuruçu, onde 400 mil pessoas de 463 localidades com população entre 200 e 5 mil habitantes de 92 municípios serão beneficiadas com água e esgoto tratados e módulos sanitários construídos nas residências que não possuírem essas instalações pagando tarifa reduzida condizente com a renda familiar da região.

Em sua primeira etapa, está previsto um investimento de R$ 730 milhões. Desses, R$ 364 milhões foram investidos até 2012. O restante será investido até 2015.

Os resultados já se fazem sentir: 238 mil pessoas de 177 localidades estão recebendo água tratada, beneficiando um total de 238 mil pessoas; e 72 mil pessoas de 39 localidades estão sendo beneficiadas com esgotamento sanitário. Para 2013, estão assegurados mais R$ 175 milhões para aplicação nos sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário e implantação de módulos sanitários.