Minas por Região
Trabalho e Emprego | Trabalho / Social

16h48min - 06 de Março de 2013 Atualizado em 07h54min - 30 de Junho de 2013

Cresce a população feminina no mercado de trabalho da Região Metropolitana de BH

Taxa de desemprego das mulheres diminuiu de 8,6% para 5,9% em relação aos homens na região entre 2011 e 2012

Entre 2011 e 2012, a taxa de desemprego das mulheres na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) diminuiu mais que a referente aos homens, passando de 8,6% para 5,9%. Entre os homens, a queda foi de 5,5% para 4,5% no período. Mesmo assim, as mulheres continuam representando a maior parte da população desempregada na RMBH (53,3%) e, quando ocupadas, têm rendimentos menores que os dos homens.

A conclusão é parte do Boletim Especial “A inserção das mulheres no mercado de trabalho da Região Metropolitana de Belo Horizonte”, desenvolvido anualmente pela Fundação João Pinheiro, Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego (Sete), Dieese e Fundação Seade, divulgado nesta quarta-feira (6).

De forma geral, o mercado de trabalho da RMBH apresentou desempenho positivo em 2012, registrando pelo terceiro ano consecutivo queda da taxa de desemprego total (5,1% da PEA). Em movimento contrário, o rendimento real médio dos ocupados apresentou retração de 2,5%, mantendo a trajetória de redução observada em 2011.

Segundo o coordenador da Pesquisa de Emprego e Desemprego pela Fundação João Pinheiro, Plínio Campos, o crescimento econômico nacional e a redução da taxa de desemprego colaboraram para uma significativa melhoria das condições de trabalho para as mulheres. “Apesar da diferença dos gêneros, ano a ano os números são melhores. Existem fatores estruturais que impedem a equiparação com o salário masculino. As mulheres, geralmente, se inserem em ocupações em que a remuneração é inferior. Mais de 70% delas estão empregadas no setor de serviços com os salários, em média, 65% menores que o dos homens”, afirma.

O crescimento do nível ocupacional (2,0%) contribuiu favoravelmente para a redução do desemprego da força de trabalho masculina e, especialmente, da feminina. Tanto para homens quanto para mulheres o contingente de pessoas economicamente ativas permaneceu estável.

Setores

Houve incremento ocupacional para as mulheres em 2012, especialmente na indústria de transformação (5,3%) e, em menor medida, no setor de serviços (3,4%). O nível de ocupação feminina permaneceu estável no setor de comércio e reparação de veículos, na construção e nos serviços domésticos.

O aumento no nível ocupacional entre as mulheres ocorreu, sobretudo, no assalariamento do setor privado com carteira assinada (7,4%). Entre aquelas que não possuíam registro em carteira, houve redução de 3,4%. Foi também registrada redução ocupacional de 1,5% no volume de mulheres autônomas e de 3,8% entre as mulheres empregadoras.

Rendimentos

Em 2012 o rendimento médio mensal real diminuiu 2,5%, passando de R$ 1.497 (2011), para R$ 1.460. O valor auferido pela população feminina passou de R$ 1.251 para R$ 1.209, registrando redução de 3,4%, enquanto, entre os homens, a queda foi de 1,3%, passando de R$ 1.710 para R$ 1.687. Considerar as diferenças de jornadas entre homens e mulheres atenua a desigualdade nos rendimentos, mas não a elimina. Em 2011, o rendimento médio real por hora das mulheres correspondia a 80,9% do rendimento masculino. Já em 2012, essa proporção diminuiu para 79,2%.

Em termos setoriais, destaca-se que o rendimento médio mensal real das mulheres é o de menor valor entre os setores de atividade, exceto na construção, onde as mulheres auferiram em 2012, em média, 118,0% do valor do rendimento masculino. “Na construção civil, as mulheres assumem funções técnicas específicas e, por isso, a média salarial é superior ao dos homens”, observa Campos.

Setorialmente, a desigualdade mais relevante é observada nos serviços, em que o rendimento médio real mensal das mulheres correspondia, em 2012, a 65,7% do rendimento dos homens. A posição de empregados domésticos, tipicamente feminina, apresentou o menor valor de rendimento médio real entre as formas de inserção no mercado de trabalho em 2012: as diaristas obtiveram apenas 44,8% do rendimento médio recebido pelo total de ocupados da RMBH.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

Desenvolvido por marcosloureiro.com

Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves

Rodovia Prefeito Américo Gianetti, 4001
Edifício Gerais, 1º andar
Bairro Serra Verde - BH / MG
CEP: 31630-901
Tel.: +55 31 3915-0262

Telefones de Contato