14h05min - 02 de Fevereiro de 2015 Atualizado em 11h23min
Encontros da Secretaria de Estado de Educação revelam um novo procedimento instaurado no governo estadual, com foco na maior participação popular e atuação conjunta na categoria
A Secretaria de Estado de Educação (SEE), dando sequência ao propósito de estabelecer o diálogo permanente no segmento educacional, concluiu outros três encontros nos primeiros 30 dias de gestão. O objetivo é a manutenção de uma agenda contínua, com mais espaço para a categoria e maior a participação popular nos processos que permeiam as políticas públicas da rede estadual de ensino.
O primeiro deles foi o encontro com 15 secretários municipais de Educação, representantes de vice-presidências da União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação (Undime). O ponto central da reunião, segundo a secretária de Estado de Educação, Macaé Evaristo, foi a possibilidade de planejar o atendimento educacional de forma integrada. Para tanto, serão criados grupos de trabalho para abarcar as diversas atuações, além de promover a melhoria da educação pública.
“Considerando que tanto os municípios quanto o Estado estão desenvolvendo seus planos decenais de educação, é muito importante que a gente possa trabalhar em um planejamento conjunto, no sentido de que tanto as redes municipais quanto a rede estadual possam ter uma perspectiva do atendimento à população no curto, médio e em uma visão de longo prazo”, enfatizou a secretária.
Diversidade
Outra agenda abriu caminho para o debate sobre a educação no campo. Estiveram presentes educadores e integrantes de organizações, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg), o Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação em Minas Gerais (Sind-UTE) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT/MG).
“É um momento histórico para todos os movimentos. Entramos aqui sentindo essa Secretaria como dos trabalhadores do campo”, afirmou Maria Isabel Antunes Rocha, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação do Campo (EduCampo), da Faculdade de Educação da UFMG, que participou da reunião.
Fechando os encontros de janeiro, a Secretaria de Estado de Educação também abriu espaço para o diálogo com representantes do Fórum Permanente de Educação e Diversidade Étnico-Racial do Estado de Minas Gerais. A agenda destacou a importância da inclusão no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira, conforme estabelecido pela Lei 10.639 de 2003.
“O movimento negro apresenta uma agenda muito pertinente. Não é só uma reivindicação da garantia do direito que já está estabelecido pela lei. Precisamos construir políticas educacionais que levem em consideração a perspectiva da diversidade e da inclusão”, ressaltou Macaé Evaristo.
Outros encontros
No primeiro mês de atuação, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) já havia promovido encontros também com representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), ouviu demandas dos povos indígenas, além de ter criado um Grupo de Trabalho para discutir a valorização dos servidores da Educação.
As estratégias iniciadas marcam um novo procedimento do Governo do Estado em relação aos profissionais da Educação. A construção coletiva das políticas públicas para o ensino em Minas Gerais, inclusive, tem sido apontada pela secretária Macaé Evaristo como o caminho para a qualidade do ensino.
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