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17h42min - 15 de Maio de 2013 Atualizado em 09h46min - 01 de Julho de 2013

Em Nova York, Anastasia mostra a investidores as potencialidades de Minas Gerais

Em evento da Bloomberg, governador apresentou oportunidades de negócios na área de infraestrutura. Projetos no setor exigirão US$ 5 bilhões

Cerca de 100 investidores pertencentes a um seleto grupo de consultores financeiros, especialistas e líderes de empresas globais conheceram, nesta quarta-feira (15), em Nova York (EUA), a trajetória de desenvolvimento de Minas Gerais, a terceira maior economia dentre os 27 estados brasileiros, destaque em exportação, crescimento industrial e, principalmente, em infraestrutura adequada.

Os programas que estão transformando o Estado no melhor lugar para se investir e as oportunidades na área de infraestrutura que podem ser oferecidas ao setor privado foram apresentados pelo governador Antonio Anastasia, durante evento promovido pela Bloomberg, um dos principais provedores mundiais de informações para o mercado financeiro, em parceria com a consultoria internacional McKinsey & Company. Intitulada "Minas Gerais: seu melhor investimento", a palestra do governador foi o destaque da Conferência sobre Infraestrutura no Brasil (em inglês, “Brazil Infrastructure Conference In New York”).

Na abertura do evento, o editor-chefe dos jornais Bloomberg, Matthew Winkler, e o diretor regional para as Américas daMcKinsey & Company, Vik Malhotra, destacaram que o Brasil oferece grandes chances para investimentos privados. "Este é o momento do Brasil, país que está se desenvolvendo de forma acelerada. O Brasil está no top dos assuntos tratados pelas consultoras e investidores. Oferece o que os grandes querem: oportunidades", disse Vik Malhotra.

Ao falar sobre o cenário de desenvolvimento da infraestrutura global, o diretor de infraestrutura para as Américas da McKinsey & Company, Rob Palter, ressaltou que os grandes investimentos progridem em locais cuja infraestrutura é adequada e capaz de promover o crescimento sustentado. Para ele, melhorar os resultados de infraestrutura exige um sistema de boa governança, segurança econômica e outros facilitadores no local em que se pretende investir.

Especialistas estimam que se mantido o ritmo projetado de crescimento do PIB global, serão necessários US$ 57 trilhões de investimentos em infraestrutura até 2030. Estradas, portos, ferrovias, transporte público, aeroportos e distribuição de água e energia são as principais áreas de interesse dos grandes investidores.

Minas preparada

Após apresentar as dimensões socioeconômicas do Estado, cujo PIB anual gira em torno de US$ 200 bilhões – 9,3% das riquezas de todo o país, o Antonio Anastasia destacou o modelo de gestão, que fez Minas Gerais crescer acima da média nacional. Em oito anos, foi o Estado que mais aumentou sua participação no PIB brasileiro. Hoje, esse modelo é recomendado internacionalmente pelo Banco Mundial (Bird).

“Implementamos um programa de Governo capaz de potencializar o crescimento de Minas Gerais, melhorar sua infraestrutura e, especialmente, preparar o capital humano para enfrentar os desafios do desenvolvimento. Investimentos em educação colocaram nossos alunos entre os melhores, no ranking nacional. Temos 17 das 30 universidades federais do Sudeste, sendo quatro delas entre as 10 melhores”, disse Anastasia.

Com essa política, em 2012, o estado alcançou dois rankings internacionais de boa governança e em Grau de Investimento, um da Agência Moody’s e outro da Agência Standard & Poor’s. Minas detém o título de Melhor Programa de Parcerias Público-Privadas do mundo, concedido, ano passado, pela Revista World Finance.

“Minas Gerais está crescendo de forma significativa e diversificando sua economia. A participação da indústria na economia mineira aumentou significativamente, e diversificamos nossa pauta de exportação, que, em quase dez anos, aumentou 13,5%. De 2003 a 2012, o número de parceiros comerciais do Estado cresceu 14,6%", mencionou Antonio Anastasia.

Segundo o governador, o Estado ganha cada vez mais destaque nas exportações de itens de alto valor agregado. "Vale citar o aumento de 34%, em dez anos, da participação de Minas nas exportações brasileiras de produtos intensivos em tecnologia. No ano passado, exportamos U$ 2,7 bilhões nessa área”, explicou Antonio Anastasia aos investidores, ressaltando, ainda, que Minas obteve, em 2012, o maior saldo comercial do país. "Se Minas Gerais desaparecesse, o Brasil teria um déficit em sua evolução. Somos o Estado que mais cresceu", complementou.

Uma das ferramentas de suporte à estratégia de diversificação da economia do Estado, em desenvolvimento pelo Governo de Minas, é o Product Space, fruto da parceria com o MIT Media Lab e um mapa mais preciso sobre as possibilidades dessa diversificação. “O Product Space, que vai estar disponível para todos os tomadores de decisão do lado do Governo e os investidores do lado do setor privado, apontará justamente quais são as conexões possíveis entre produtos que já fazemos com produtos próximos ou produtos que poderiam ser também produzidos a partir do que a gente já tem”, afirmou o diretor-presidente do Escritório de Prioridades Estratégicas do Governo de Minas, André Barrence, que também participa dos painéis de debates da Conferência promovida pela Bloomberg.

Oportunidades

Minas Gerais tem um ambiente favorável para novos investimentos. De acordo com a classificação do Bird, Minas é o melhor Estado para se iniciar um negócio no Brasil e é também o primeiro em custos para iniciar um negócio em termos de renda per capita. Para a “The Economist”, está em 3º lugar no ranking da competitividade dos estados. O tempo para abrir um negócio em Minas é de apenas seis dias.

A estimativa é de que, nos próximos três anos, projetos de infraestrutura previstos para o Estado exigirão pelo menos US$ 5 bilhões de investimentos por meio de Parcerias Público-Privadas. Os destaques são o sistema ferroviário regional de passageiros, com 530 km de extensão (investimentos de US$ 700 milhões), a geração de energia a partir do lixo (US$ 200 milhões), a gestão de áreas ambientalmente protegidas, o metrô e o centro de convenções de Belo Horizonte.

Nos últimos anos, Minas Gerais recebeu significativos investimentos privados nos setores de mineração, agroindústria, biotecnologia, transporte aéreo, automotivo, siderurgia e eletroeletrônico. “Nos últimos anos, empresas como a Ambev, Biomm, Helibras, Fiat, Holcim, CNH e Six se instalaram em nosso Estado. Minas é o único estado brasileiro a fabricar helicópteros, por meio da Helibrás. Temos ótimas estimativas para receber mais investimentos privados”, ressaltou Antonio Anastasia.

Para o governador, as perspectivas de desenvolvimento levam o estado a aumentar os investimentos na qualificação da infraestrutura. Ele citou a expansão, reforma e inovação de ativos da Cemig, investimento de US$ 3,5 bilhões, a execução de um amplo programa de saneamento básico, de US$ 1,4 bilhão, e a ampliação e manutenção da infraestrutura rodoviária, com recursos de US$ 2,9 bilhões. "Nossos investimentos para estarmos preparados para receber a Copa do Mundo, em 2014, são de US$ 430 milhões. Ainda contamos com prospecção de gás na Bacia do São Francisco e, em breve, estaremos atendendo 100% da demanda por gás natural”, lembrou.

Minas Gerais conta com uma infraestrutura logística e localização privilegiada. Possui a segunda maior malha ferroviária do país, com mais de 5 mil quilômetros, a maior malha rodoviária pavimentada do país, com 30 mil quilômetros, acesso fácil aos principais portos brasileiros (Rio de Janeiro, Vitória, Santos e Paranaguá), além da segunda maior conectividade aérea do país, com ligação direta para 40 destinos nacionais e voos internacionais para Europa, Estados Unidos, Panamá e Argentina.

O Vetor Norte de Belo Horizonte é apontado como polo emergente de investimentos em segmentos de alta tecnologia. Está em andamento a concessão do Aeroporto Internacional Tancredo Neves à iniciativa privada, que recebe mais de 10 milhões de passageiros/ano, com expectativa de receber 14 milhões, em 2014. Está em implantação do Centro de Tecnologia e Capacitação Aeroespacial (CTCA) em parceria com a Embraer, com investimento previsto de US$ 1,4 bilhão. O Rodoanel Norte de Belo Horizonte, com 68 km de extensão, receberá recursos de cerca de US$ 600 milhões por meio de parceria público-privada (PPP).

“Em andamento, o projeto da 1ª Plataforma Logística Multimodal da Região Metropolitana de Belo Horizonte, com 2,7 mil m², e investimento estimado em US$ 250 milhões”, disse o governador, que destacou, ainda, as estruturas disponíveis no Estado para apoiar os investidores, como o Banco de Desenvolvimento do Estado (BDMG)Instituto de Desenvolvimento Integrado (Indi)Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

Além da palestra do governador Anastasia, a conferência contou com painéis de debates e mesas-redondas com discussões centradas na perspectiva de crescimento e amadurecimento do mercado de infraestrutura no Brasil. Foram abordados temas, como parcerias de investidores internacionais com patrocinadores de projetos locais, diversificação de investidores internacionais na infraestrutura brasileira e processos nas esferas privada e pública para desenvolver projetos de infraestrutura em diversos setores.

"Como o investimento em infraestrutura é o grande pressuposto para a construção desse novo Estado que pretendemos cada vez mais moderno e ousado, fico muito satisfeito diante de uma plateia tão seleta em poder apresentar as potencialidades de nosso Estado. Convido os que não conhecem a irem a Minas Gerais para verem as alternativas de investimentos, nossos programas e toda estrutura governamental. Temos investido para que tenhamos parcerias cada vez mais consolidadas. Nosso propósito é oferecer o melhor ambiente de negócios", finalizou o governador Anastasia.

Também proferiram palestra durante a conferência o governador da Bahia, Jaques Wagner; o secretário de Planejamento da Bahia, Sérgio Gabrielli; e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, que falou sobre o “Papel do BNDES na promoção da infraestrutura no Brasil”. O presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, falou sobre os programas de infraestrutura e concessões existentes no Brasil.

Pelo Governo de Minas, o secretário-geral da Governadoria, Gustavo Magalhães, e o gerente executivo da Unidade Central de Parceria Público-Privada da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Marcos Siqueira, também participaram da Conferência em Nova York.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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