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Agricultura

12h37min - 14 de Janeiro de 2011 Atualizado em 02h33min - 01 de Julho de 2013

Emater-MG estimula criação de tilápias em cativeiro no Estado

BELO HORIZONTE (14/01/11) - A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) vai distribuir, no primeiro semestre de 2011, 37 conjuntos de tanques-rede para criação de tilápias, o que irá beneficiar 175 famílias, com recursos do Programa Minas Sem Fome. Em um ano, a expectativa é de que esses equipamentos resultem na produção de 210 toneladas de peixe. Aproximadamente 60% devem ser consumidos pelas famílias de criadores e o restante será comercializado, o que vai proporcionar renda extra para os produtores.

A instalação dos tanques nas comunidades selecionadas tem acompanhamento técnico da Emater-MG, que faz o treinamento dos produtores para a criação de peixes em cativeiro. Além da doação dos tanques e de parte da ração para as tilápias, a empresa, executora do Minas Sem Fome, oferece toda a tecnologia para a implantação dos equipamentos, povoamento dos tanques com os alevinos (filhotes) e acompanhamento da produção, até a despesca (retirada dos peixes no ponto de consumo), que ocorre a cada seis meses.

Os alevinos e parte da ração necessária para o desenvolvimento dos peixes são obtidos por meio de parcerias com as prefeituras municipais e com recursos dos produtores, reunidos em associações ou cooperativas. A articulação é feita de acordo com a estratégia do Minas Sem Fome, programa estruturador do Governo de Minas Gerais, com o objetivo de garantir a produção de alimentos e geração de renda para os produtores rurais, em projetos sustentáveis de horticultura, fruticultura e criação de animais, além de beneficiamento de produtos em agroindústrias artesanais de alimentos.

O coordenador estadual de Pequenos Animais da Emater-MG, Dirceu Alves Ferreira, ressalta que a atividade exige cuidados constantes por parte dos produtores, por isso é tão importante oferecer capacitação para os piscicultores. “A qualidade da água precisa ser monitorada diariamente, para que esteja sempre em condições ideais para o desenvolvimento das espécies. Além disso, quinzenalmente é feita a análise do crescimento dos peixes e os ajustes na quantidade de ração. A piscicultura em cativeiro é uma atividade aparentemente simples, mas envolve acompanhamento diário”, afirma.

Desde 2007, quando a Emater-MG iniciou as ações de piscicultura do Minas Sem Fome, 1.300 pessoas já foram beneficiadas diretamente com a implantação dos tanques rede, que estão em plena produção. “Os projetos são sustentáveis, ou seja, uma vez que a família é incluída no programa, ela tem condições de garantir seu próprio alimento e ainda gerar renda para dar continuidade à produção. E todos os projetos têm licenciamento ambiental”, ressalta o coordenador da Emater-MG.

Segundo o especialista, a tilápia vem se tornando um dos peixes mais consumidos do Brasil. Dirceu enumera algumas qualidades do peixe apreciadas pelos consumidores. “Por ser retirada dos tanques ainda na fase juvenil, a tilápia criada em cativeiro praticamente não tem gordura e, como não tem acesso ao fundo dos reservatórios, fica sem gosto de terra.”

Para os produtores, conta pontos o fato de ser um peixe adaptado à criação em sistema de confinamento, com índice de aproveitamento de 97% em relação aos alevinos lançados nos tanques, desde que seguidas as recomendações técnicas.

“Nós trabalhamos somente com tilápias revertidas sexualmente. Com essa tecnologia, evitamos que os animais se reproduzam no cativeiro, o que evita superpopulação e garante condições ideais para o crescimento dos animais. Os alevinos são colocados no tanque com 30 gramas e seis meses depois os produtores retiram os peixes com aproximadamente 600 gramas cada”, explica Dirceu Alves.

Além da implantação dos cativeiros, a Emater-MG estimula e orienta grupos de produtores para a instalação de unidades de processamento (frigoríficos), onde os peixes são tratados e conservados com o objetivo de agregar valor à produção e alcançar novos mercados.

No município de Elói Mendes, no Sul de Minas, famílias da Associação Comunitária da Barra, que iniciaram a criação de tilápias em 2007, já dispõem de 35 tanques-rede. O faturamento médio de cada família, a cada despesca (semestral), chega a R$ 1.300,00. Com planejamento na produção, a tilápia é comercializada na feira de produtores do município realizada aos sábados. Outros clientes são os supermercados e açougues da região.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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