BELO HORIZONTE (04/09/07) – A Emater-MG reuniu, nesta terça-feira (4), em Belo Horizonte, cerca de 100 educadores e representantes de secretarias estaduais e outras entidades governamentais vinculadas à preservação do meio ambiente, durante o seminário “A importância da formação de educadores ambientais populares”. O objetivo do encontro foi estimular o debate sobre as ações desenvolvidas na área, de modo a adequá-las às reais demandas das comunidades urbanas e rurais.

O diretor técnico da Emater-MG, José Ricardo Ramos Roseno, abriu o seminário com uma exposição de diversos programas e projetos ambientais desenvolvidos pela empresa, vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Ele ressaltou a necessidade de integrar as diversas ações e envolver as comunidades na proteção ao meio ambiente. "Podemos notar, nos diversos eventos promovidos pela Emater, que as pessoas estão realmente dispostas a colaborar e que estamos conseguindo transmitir a mensagem da importância da educação ambiental", afirmou.

Entre as ações citadas pelo diretor da Emater-MG, está a criação da Rede de Centros de Excelência em Meio Ambiente (Rede Cema), que já tem quatro unidades em Minas: em Brasília de Minas, Espinosa e Ponto dos Volantes, no Norte do Estado, e em Bambuí, na região Central. "Estamos em negociação para a criação de outras unidades Cema em diversos municípios", revelou Roseno.

Outro ponto de destaque é a formação de mais de 9 mil educadores ambientais populares, dentro do projeto Construindo Pontes nos Territórios do São Francisco, implementado nas nascentes do Velho Chico, em convênio com o Ministério do Meio Ambiente. O programa pretende aproximar instituições de caráter educacional e ambientalista para a elaboração de projetos político-pedagógicos, de modo a reduzir os impactos negativos da degradação ambiental nos territórios do Alto do Rio São Francisco.

O diretor de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Marcos Sorrentino, foi o principal palestrante do evento e ressaltou a necessidade de integrar os diversos projetos de todas as instituições que tratam da questão ambiental. "É preciso buscar a convergência das ações, com uma atuação prática junto às comunidades, para cumprir com o papel das instituições públicas. As ações devem ser sincronizadas, independentemente de questões político-partidárias", afirmou. "A orientação do Ministério do Meio Ambiente é de responder às demandas que emergem das comunidades e não ficar apenas no discurso teórico", completou.