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Educação

15h58min - 07 de Outubro de 2011 Atualizado em 09h29min - 30 de Junho de 2013

Escola estadual planta árvores nativas para preservar a natureza e o conhecimento

Na zona rural de Visconde de Rio Branco, uma escola encontrou uma maneira de preservar, ao mesmo tempo, a natureza e o conhecimento. A Escola Estadual Tenente Roberto Soares de Souza Lima aproveitou um terreno que estava sem função para o plantio de espécies nativas. Alunos e funcionários plantaram 50 mudas de vários tipos de árvores.

VISCONDE DE RIO BRANCO (07/10/11) - Quanto mais as cidades se desenvolvem, mais difícil fica conhecer as espécies de árvores nativas de cada região. Na zona rural de Visconde de Rio Branco, uma escola encontrou uma maneira de preservar, ao mesmo tempo, a natureza e o conhecimento. A Escola Estadual Tenente Roberto Soares de Souza Lima, da Superintendência Regional de Ensino de Ubá, aproveitou um terreno que estava sem função para o plantio de espécies nativas. Alunos e funcionários plantaram 50 mudas de anjico, cedro, jequitibá, vinhático, paineira, ipê, jatobá, entre outras.

A iniciativa faz parte do projeto “Conhecer para Preservar”, iniciado pelo diretor da escola, José Geraldo Ferraz, com o intuito de mostrar aos estudantes árvores que já não são mais encontradas facilmente na natureza. “Algumas árvores aqui eu conheço da minha época de criança, não são mais tão comuns. Quando o aluno tem contato com a árvore, conhece de perto, fica mais fácil deixá-lo interessado em preservar essas espécies”, explica. “Somos uma escola rural e se o aluno aprende a preservar dentro da escola, acaba levando essa consciência para a propriedade dos pais”, completa.

No projeto, o diretor e os professores destacam as características de cada árvore, promovendo conhecimento e conscientização. “Os Ipês, por exemplo, podem ser ornamentais ou úteis pela madeira. A madeira de Ipê está presente em muitas construções da região. É boa para fazer assoalhos, estábulos. Já a madeira do Cedro é mais macia, melhor para móveis”, conta José Geraldo.

“Esse projeto me deu a oportunidade de pesquisar sobre essas árvores. Eu cheguei até a conseguir mudas e ajudar a plantar algumas”, diz o estudante Vinícius Silva Begnani, de 14 anos. “O jatobá eu só conheci aqui na escola. É muito melhor aprender assim, porque você consegue perceber se a árvore tem um tronco mais grosso, se é mais frondosa, como são as folhas”, conclui.

Vinícius ressalta ainda que, sob a copa das árvores, aprendeu boas lições de história e de conscientização. “A árvore que mais me chamou atenção foi o pau-brasil, pois é uma árvore de importância histórica e que deu nome ao nosso país. Está por aqui desde que Cabral chegou e desde então quase foi extinta”. 

A primeira árvore do terreno foi plantada antes do projeto existir. Um vinhático de 20 anos, que agora já está com 10 metros de altura, exibe sua copa frondosa e serve de sombra para as brincadeiras dos estudantes. Plantada por um antigo funcionário da escola, já falecido, é conhecida como “a árvore do Seu João”.

Enquanto o vinhático já exibe sua “maioridade”, o mais novo exemplar do terreno começa a crescer. Esta semana foi plantada uma muda de Sapucaia, que é a primeira da espécie no local. “Choveu ontem e eu plantei a sapucaia. A semente dela era muito utilizada como alimento dos índios aqui da região, é uma castanha muito gostosa e vai dar boas lições”, diz o diretor.

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