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Educação

16h51min - 20 de Novembro de 2013 Atualizado em 16h52min

Escolas mineiras promovem atividades para celebrar o Dia da Consciência Negra

Na rede estadual de ensino, data é usada para ressaltar a importância da valorização da cultura e estimular os estudantes a desenvolverem práticas artísticas

No dia 20 de novembro o Brasil comemora o Dia Nacional da Consciência Negra, em homenagem à morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares. Nas escolas da rede estadual de ensino de Minas Gerais, a data é utilizada para ressaltar a importância da valorização da cultura e estimular os estudantes a desenvolverem diferentes atividades artísticas.

Na Escola Estadual Melquíades Batista de Miranda, do município de Carmo do Cajuru, a data foi retratada através da arte. Em uma exposição realizada no térreo do prédio Minas da Cidade Administrativa (Camg), nesta quarta-feira (20), os estudantes tiveram a oportunidade de mostrar para os servidores da Camg, releituras de pintores renomados e apresentações artísticas.

A estudante do 7º ano do ensino fundamental, Geisyane Silva Batista, ressalta que a partir das pinturas artísticas teve a oportunidade de conhecer muito da cultura afro-brasileira. “Estudamos muito para produzir as pinturas. Principalmente sobre as características dos afro-brasileiros. Aprendi, por exemplo, que eles se vestem com roupas coloridas”, contou.

Na escola, as oficinas onde acontecem as aulas de pintura são ministradas dentro do Projeto Educação em Tempo Integral, da Secretaria de Estado de Educação. Entre as oficinas oferecidas pela escola estão as de mandala, pintura em tecido, pintura em tela a óleo e acrílica, esportes, xadrez, prática circense, teatro e outros. Os alunos do projeto também exploram o entorno da escola desenvolvendo diferentes atividades.

Já na Escola Estadual Cônego Figueiró, no município Francisco Badaró, as atividades para celebrar o Dia Nacional da Consciência Negra estão sendo realizadas a partir da interação com a comunidade.  Durante toda semana, os alunos estão estudantes aspectos da cultura afro-brasileira dentro e fora da escola.

“Os alunos fizeram um estudo da biografia de personalidades negras da nossa comunidade. Vamos homenageá-los em um desfile que apresentará as pessoas que contribuíram para a construção da história do nosso município”, conta a professora de Geografia e História, Marly Sousa Silva.

Hábitos e costumes das comunidades remanescentes de quilombolas próximas da escola também serão conhecidos pelos estudantes. “Os alunos estão fazendo entrevistas com pessoas idosas de três comunidades Quilombolas. Essa é uma maneira que encontramos de resgatar a valorizar essa cultura tão rica. Também pretendemos romper certos preconceitos que ainda existem”, conclui Marly.

Outras atividades

Na Escola Estadual Bento Gonçalves, em Matozinhos, as discussões do tema deram origem a uma revista que será utilizada em sala de aula. Segundo a especialista da Educação da escola, Ione Aparecida Neto Rodrigues, a ideia da revista teve início devido à necessidade de se trabalhar temas ligados à diversidade. A revista conta com textos de alunos e professores.

A aluna do 3º ano do ensino médio, Bárbara Maria Mateus, que abordou em seu texto questões ligadas ao preconceito, ressalta a importância de deixar para seus colegas um texto que expresse sua opinião sobre o tema. “Acho muito importante, porque geralmente os alunos não têm tanta oportunidade de expressar para os colegas suas opiniões. Essa revista é um espaço muito bacana que a escola abriu para os alunos”, conclui Bárbara.

Na Escola Estadual Professor Hílton Rocha, em Belo Horizonte, as atividades em comemorações ao Dia Nacional da Consciência Negra estão sendo realizadas ao longo da semana. Com apresentações artísticas e desfiles de roupas e cabelos que retratam a cultura afro, alunos e professores discutem o tema com a comunidade. “Durante toda semana estamos trabalhando textos que enfocam a importância do negro. Nós educadores temos que trabalhar para que os nossos alunos conheçam as diferentes culturas”, conta a supervisora pedagógica da escola, Simone de Lacerda.

Consciência legal

Para incentivar que o tema fosse discutido nas escolas brasileiras foi publicada no dia 9 janeiro de 2003, a lei 10.639, que altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, estabelecendo as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira".

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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