BELO HORIZONTE (21/08/07) – Com uma animada festa, mais de 250 crianças da Escola Estadual Padre João Botelho participaram, em Belo Horizonte, de uma oficina e apresentação com o grupo de percussão Tambolelê. A iniciativa faz parte do projeto TIM Música nas Escolas, inaugurado nesta terça-feira (21) pela secretária de Estado de Educação, Vanessa Guimarães Pinto; e pelo diretor-regional da empresa, Luiz Gonzaga Leal. O projeto tem como objetivo a formação musical em quatro instituições públicas de ensino de Belo Horizonte - duas da rede estadual e duas da municipal.

Com duração de três anos, o projeto TIM Música nas Escolas, já no primeiro ano da iniciativa, vai capacitar dois mil alunos e 30 professores. Segundo a secretária, iniciativas como essas ajudam a fortalecer a escola pública, que atende a 92% do total dos alunos matriculados em Minas: “as escolas estaduais selecionadas para participar (Padre João Botelho e Engenheiro Francisco Bicalho) pertencem à rede Escola Viva, Comunidade Ativa, e estão preparadas para receber um projeto como esse que agrega riqueza ao ensino ao articular a música ao currículo escolar”, afirmou.

No Estado, 210 escolas integram essa rede, que desenvolve ações de caráter pedagógico, cultural, artístico e esportivo com crianças e jovens de escolas localizadas em área de risco social. Para isso, permanecem abertas inclusive nos finais de semana com atividades para os estudantes, as famílias e a comunidade do entorno.

O diretor-regional da TIM, Luiz Gonzaga Leal, disse que o maior objetivo do Música nas Escolas é a formação de cidadãos por meio da música: “o elo condutor das ações da TIM é a música, cujo estudo humaniza as pessoas e traz a paz.” Para a diretora da Escola Estadual Padre João Botelho, Eliani Geralda de Oliveira, o projeto, que começou em fevereiro deste ano, eleva a auto-estima dos estudantes, ao conciliar a música com a aquisição de conhecimento: “focamos nosso trabalho a partir de metas e, com o Música nas Escolas, houve retorno positivo quanto à sensibilidade, ao comportamento e ao desempenho escolar”, concluiu.

A professora Heloísa Moreira ressaltou que as oficinas quinzenais são aguardadas sempre com muita expectativa pelos alunos das séries iniciais do ensino fundamental. “Eles ficam felizes quando sabem que terão aula de música”, contou. Os estudantes, mesmo os mais velhos, parecem concordar com a professora. Também na solenidade, um grupo da Escola Estadual Engenheiro Francisco Bicalho se mostrou empolgado com a variedade dos mini-cursos: “a cada semana temos aulas com abordagens musicais diferentes, como percussão, dança, instrumentos de corda e sopro”, relatou Isabela Cristina Filipeto, 15 anos, estudante do ensino médio.

De acordo com Santonne Lobato, integrante do Tambolelê e responsável pela oficina de percussão do projeto, a ampliação do universo musical é a tônica dos mini-cursos: “promovemos um aprendizado lúdico, integral, que usa todas as partes do corpo”. Além do Tambolelê, os demais oficineiros do Músicas nas Escolas também são músicos e artistas reconhecidos nacional e internacionalmente, como Titane, Ricardo Corsi e Grupo Trampulim, dentre outros.