Minas por Região
Economia / Desenvolvimento

12h04min - 04 de Abril de 2008 Atualizado em 00h39min - 15 de Junho de 2013

Especialista defende parcerias para desenvolver mineração

BELO HORIZONTE (04/04/08) - As oportunidades do Estado de Minas Gerais na mineração; a importância do Pólo de Excelência Mineral e Metalúrgico como articulador e agregador de negócios e de conhecimentos, e a integração entre a indústria mineral e a pesquisa na Austrália e na África do Sul. Esses foram alguns dos temas abordados na palestra do professor da Universidade Murdoch (Austrália), Michael Nicol, na manhã dessa quinta-feira (03), no auditório do Centro Federal de Ensino Tecnológico de Minas Gerais (Cefet/MG).

O professor Michael Nicol é titular da cadeira de Metalurgia Extrativa da Murdoch University de Perth/Austrália e associado ao mundialmente conhecido A J Parker Cooperative Research Centre. Ele tem doutorado na Universidade de Witwatersrand, em Johannesburg, África do Sul. Trabalhou como pesquisador e diretor de pesquisa 25 anos no Mintek, também da África do Sul. É consultor global atendendo a companhias na Austrália, África do Sul, América do Norte e do Sul. Nicol já recebeu prêmios de destaque mundial, é autor e co-autor de 135 publicações e registrou seis patentes.

Para Nicol, Minas tem uma visão administrativa moderna sobre a pesquisa colaborativa entre a indústria mineral e a universidade. Lembrou também que, historicamente, o segmento mineral não era tão expressivo, portanto, havia poucas opções de financiamento.

Outros pontos que merecem reflexão: muitas pequenas indústrias foram engolidas por grandes empresas e existe uma visão de que a indústria mineral chega apenas para poluir. “Essa visão tem de ser modificada”, afirmou Nicol, ao insistir que questões governamentais e logísticas precisam ser observadas e sobre elas os pesquisadores não têm controle, como problemas estratégicos de localização e resistência de populações à extração mineral.

Tecnologias e soluções

Segundo o professor Michael Nicol, os recursos minerais estão cada vez mais limitados em todo o mundo; por isso, as áreas precisam ser tratadas com a utilização de novas tecnologias, o que exige cada vez mais pesquisa. Em sua opinião, na questão ambiental, as empresas estão mais conscientes de que precisam ser aceitas pela comunidade; a emissão de gases vem contribuindo para o aumento do efeito estufa e está levando à reflexão das indústrias de que precisam consumir menos energia. O reduzido número de profissionais para uma indústria em expansão é outro complicador. “É preciso que algo seja feito pelo Brasil, Chile, África do Sul, Canadá e Austrália”, explicou.

O sul-africano falou, ainda, dos modelos existentes de parcerias na África do Sul e na Austrália. Mostrou uma série de números em que a indústria mineral e os governos, através de diferentes organismos, financiam as pesquisas nas universidades apresentando bons resultados para todos os lados. Existem cerca de 70 centros de pesquisas cooperativas na Austrália, sendo seis deles voltados à mineração.

Avanços em Minas

Em nome do governo de Minas, o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), Alberto Duque Portugal, deu boas-vindas ao professor Nicol, agradecendo-lhe pela experiência e competência compartilhadas com o público mineiro. Lembrou os grandes objetivos dos pólos de excelência que visam consolidar a liderança do Estado em áreas de tradição e expertise.

Portugal ressaltou o trabalho desenvolvido pelo gerente executivo do Pólo de Excelência Mineral e Metalúrgico, Renato Ciminelli, e cumprimentou o diretor-geral do Cefet, Flávio Antonio dos Santos pela parceria da instituição como integrante do Comitê Gestor do Pólo. Lembrou que o Cefet, com a sua expansão, caminha para se transformar na escola com o maior número de cursos de engenharia em Minas, o que será de fundamental importância para o avanço da mineração e metalurgia.

Por sua vez, Ciminelli argumentou que o Pólo de Excelência Mineral e Metalúrgico está atento a diversas questões já colocadas na reunião do Comitê Gestor do Pólo, realizada no dia 13 de março com a presença de todas as instituições-âncora. “O Pólo terá o papel de trabalhar para fazer o segmento avançar em todos os pontos onde existem gargalos impedindo o crescimento sustentável das atividades. O professor Nicol tem enorme conhecimento e traz a sua experiência para aplicarmos aqui tudo aquilo que deu certo na Austrália e na África do Sul”, concluiu.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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