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10h50min - 21 de Novembro de 2014 Atualizado em 10h55min

Especialistas do sistema de ensino discutem o protagonismo dos jovens no ambiente escolar

O objetivo da reunião foi compartilhar iniciativas que têm dado certo no socioeducativo, além estabelecer novas formas de trabalho e parcerias entre secretarias

A forma como o jovem e o adolescente em cumprimento de medida socioeducativa enxergam a escola e a sua relação com o ambiente escolar como parte da ressocialização foram os principais assuntos abordados nesta quinta-feira (20/11), durante o V Encontro dos Profissionais da Educação que atuam no Sistema Socioeducativo. O evento reuniu profissionais de diversas áreas da educação e agentes que trabalham no sistema.

O objetivo da reunião foi compartilhar iniciativas que têm dado certo no socioeducativo, além estabelecer novas formas de trabalho e parcerias entre a Subsecretaria de Atendimento às Medidas Socioeducativas (Suase) e a Secretaria de Educação.

“A escola tem que ser a fonte principal das atividades durante a medida socioeducativa e, a partir dela, decorrer as demais rotinas. A primeira coisa que é atribuída ao adolescente, como responsabilidade, é ir à escola todos os dias. Nesse momento, ele adere à escolarização e fica inevitável também que a escola passe a fazer parte de sua rotina diariamente”, destaca o superintendente de Gestão das Medidas de Privação à Liberdade, Bernardino Soares de Oliveira Cunha.

“Através do socioeducativo, nós podemos garantir que esse aluno tenha a trajetória da sua formação e da educação que é de direito. No período que ele estiver cumprindo sua medida, temos que fazer de tudo para ele adquirir as suas habilidades e as suas competências para, quando sair, ser um verdadeiro cidadão, prestando todos os serviços à sociedade com competência e com a qualidade que é seu direito”, ressalta a subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica, Raquel Elizabete de Souza Santos.

Durante o encontro, foi apresentado o trabalho de conclusão de mestrado da diretora do Centro Socioeducativo Santa Helena, Ana Carolina Veloso. O trabalho buscou ressaltar o adolescente como sujeito protagonista dentro da escola. “A escola é muito importante para esses adolescentes, que a veem como uma referência para além do imediato, como o único lugar em que podem aprender e a porta de saída do sistema”, explica a diretora.

“É importante dizer que 90% dos adolescentes não iam à escola no momento em que foram apreendidos. É um resgate, não só em relação à violência, mas em relação também à educação”, acrescenta Bernardino Cunha.

Integração entre agentes e educadores

Também foi apresentado o trabalho de aplicação de Justiça Restaurativa junto ao ensino, realizado no Centro de Internação Provisória São Benedito, destacando a importância da interação entre agentes socioeducativos e professores na construção da consciência e no desenvolvimento do jovem em cumprimento de medida socioeducativa.

“É essencial que o agente realmente se importe com o adolescente, porque cada um tem uma história diferente e precisa de um tratamento diferente. Temos que, muitas vezes, deixar o lado do agente, e sermos pais desses adolescentes, incentivando o crescimento”, comenta o agente socioeducativo Josanio Alves Soares.

Foram discutidos projetos exitosos executados em escolas que atuam no sistema socioeducativo ao longo de 2014. Além disso, foram expostas obras realizadas pelos jovens em cumprimento de medida socioeducativa, como relógios, poesias e fotografias, e também a participação de um jovem do Centro Socioeducativo Santa Helena apresentando uma poesia cantada de sua autoria e também fazendo performance de beatboxing.

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