Minas por Região
Ciência e Tecnologia

18h00min - 09 de Outubro de 2008 Atualizado em 17h48min - 30 de Junho de 2013

Evento debate novas fontes e tecnologias dos fertilizantes

BELO HORIZONTE (09/10/08) - A crise econômica que atingiu o mundo, nas últimas três semanas, foi um dos pontos abordados durante o workshop “Novas fontes e novas tecnologias para fertilizantes em Minas Gerais”. A iniciativa é uma realização da Secretaria de Ciência Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), por meio do Pólo de Excelência Mineral e Metalúrgico, em parceria com a Embrapa Milho e Sorgo e a Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec).

O gerente geral de serviços e transferência tecnológica da Embrapa e representante do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Mercosul, Ali Saab, conduziu a conferência “Mercado de Fertilizantes no Brasil: diagnósticos e propostas de políticas”. Segundo ele, a demanda pela comida sempre vai existir, independentemente da crise. E nesse contexto, entra o fertilizante, pois a agricultura necessita desse insumo para a produção.

De acordo com os dados apresentados na conferência, mais de 70% dos fertilizantes foram utilizados, em 2006, na produção de soja (33%), milho (17%), cana de açúcar (15%) e café (8%). Saab explicou que o custo de produção de fertilizantes cresceu e há alta concentração nesse setor, apontando a existência de um oligopólio, sendo três empresas responsáveis por esse processo no Brasil.

Ele disse que 17,3% da oferta de fertilizantes são oriundas da importação, 9,7% da produção e 3% é estoque. “É necessário aumentar a capacidade de produção interna desses produtos”. Projeções dão conta de que, em 2015, aproximadamente 85% do fertilizante do Brasil será importado.

O diretor executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), Eduardo Daher, também apontou que a alimentação será o último item a ser cortado, caso haja uma crise mundial, e os fertilizantes são pontos importantes para a produção alimentícia. “Portanto, é preciso tomar uma medida corretiva contra o grande desbalanceamento entre a demanda e a oferta de fertilizantes. Há uma redução de oferta do insumo em alguns países”, enfatizou.

As universidades federais de Lavras (Ufla), de Viçosa (UFV) e de Ouro Preto (Ufop) e outras instituições apresentaram experiências e casos de sucesso de uso de novas fontes e novas tecnologias para fertilizantes. Alternativas para aproveitamento de resíduos sólidos, utilização de resíduos da indústria de couro, estudos em rochas foram alguns pontos apresentados. Eder de Souza Martins, pesquisador da Embrapa Cerrado, ressaltou que a grande saída é “trabalhar de forma integrada com tecnologia para a produção e aplicação dos fertilizantes”.

O secretário em exercício de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Evaldo Ferreira Vilela, destacou, na abertura do evento, a iniciativa do Pólo de Excelência Mineral e Metalúrgico. “Os pólos no Governo de Minas se deve ao fato de termos iniciativas permanentes em áreas estratégicas. O Estado, durante muito tempo, cuidou pouco dessas áreas. O pólo tem que ser entendido não como algo a mais, mas algo que faz parte das empresas, instituições e outros atores ligados. Buscamos potencializar o que está em andamento e buscar a inteligência competitiva”, destacou.

O workshop prossegue nesta sexta-feira (10), último dia do evento, quando serão apresentados casos e experiência da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Produquímica Magnesita, Petrobras e Vale e o painel “A dimensão nacional para novas fontes e novas tecnologias de fertilizantes”. O encontro acontece no auditório Camilo Penna, BDMG, rua Bernardo Guimarães, 1.600, Lourdes, em Belo Horizonte.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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