BELO HORIZONTE (26/05/11) - A exposição de fotografias “50x60 Polaroid Gigante”, inédita no país, continua no Centro de Arte Contemporânea e Fotografia até o dia 12 de junho com entrada gratuita. A iniciativa conta com a realização do Instituto Cervantes, em Belo Horizonte, órgão oficial do governo da Espanha e referência na difusão da cultura e do idioma espanhol, a Fundação Clóvis Salgado (FCS), o Centro Andaluz de Fotografia e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid), por meio da Embaixada da Espanha no Brasil, e com a co-organização do Ministério da Cultura e da Fundação Municipal de Cultura (FMC)/Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).

A exposição reúne 30 fotografias, obtidas entre 1992 e 1994, a partir de uma das cinco câmeras Polaroid Gigante (50x60cm) existentes no mundo, por 10 renomados artistas espanhóis - Chema Madoz, Juan Manuel Castro, Manuel Vilariño, Mónica Lleó, Roberto Chicharro, Manuel Falces, Ricardo Martín, Toni Catany, Ouka Leele e Josep Vicent Monzó. Cada um impôs seu estilo nas imagens, utilizando como recurso o aparato, capaz de revelar negativos em grandes dimensões.

A mostra “50x60 Polaroid Gigante” integra um calendário de eventos culturais que serão promovidos pelo Instituto Cervantes, FMC/PBH, Fundação Clóvis Salgado e Usiminas Belas Artes ao longo do ano, entre os quais estão o “El Cine 2011 - I Festival de Cinema Espanhol e Latino-Americano de Belo Horizonte”, o Seminário Internacional da Rede Interlocal e a exposição “Los Caprichos de Goya”.

Polaroid gigante 

A exposição “50x60 Polaroid Gigante” traz à tona o fascínio pela invenção de Edwin Land - a fotografia Polaroid -, nascida em meados da década de 1940. Ela revolucionou a maneira de produzir imagens e, portanto, mudou o conceito de fotografia contemporânea, abriu novos campos para a criação e passou a oferecer novas linguagens e inúmeras possibilidades artísticas.

As obras expostas surgem em um contexto de instantaneidade, de momentos repentinos, de captação das imagens com o imediatismo provocado pela câmera Polaroid, sem deixar de lado a meditação sobre o conceito, o objeto e o sujeito representados. Por meio das fotografias, pretende-se dar visibilidade às possibilidades experimentais e de pesquisa da fotografia presentes no panorama atual.

Artistas

Ouka Leele

Pseudônimo artístico de Bárbara Allende Gil de Biedma, Ouka Leele foi uma das principais protagonistas da “Movida Madrileña”, movimento contracultural surgido nos primeiros anos da transição da Espanha pós-franquista. Sua obra mistura as tradições espanholas com um grande colorido, típico da artista. Expôs em Paris, Londres, Tóquio, São Paulo e Nova York. Recebeu, em 2005, o Prêmio Nacional de Fotografia da Espanha. 

Chema Madoz 

Graduado em fotografia pelo Centro de Essência da Imagem da Universidade Complutense de Madri, iniciou sua carreira fotografando a figura humana. A partir de 1990, passou a registrar objetos do cotidiano, motivo em que imprimiu sua marca. Ganhou o Prêmio Kodak Espanha, em 1991, o Overseas Photographer do Higasikawa Photofestival no Japão e o Prêmio Nacional de Fotografia do Ministério de Cultura da Espanha, em 2000. Possui obras expostas em museus da Espanha, França, Estados Unidos e Japão.

Juan Manuel Castro Pietro 

Membro da Agência VU desde 2001, Castro Pietro recebeu o Prêmio de Fotografia da Comunidade de Madrid em 2003 e o Prêmio Bartolomé Ros de PHotoEspaña em 2002. Sua obra se move entre um sentido poético e telúrico.

Manuel Vilariño

Destaque da fotografia contemporânea, a obra de Vilariño é profundamente espiritual e possui forte carga poética. Ganhou, em 2007, o Prêmio Nacional de Fotografia da Espanha. Possui trabalhos expostos em acervos como o Museu de Arte Contemporânea de La Coruña e o Museu Reina Sofia, de Madri. 

Manuel Falces 

Foi professor de Técnica e Estética da Fotografia na Faculdade de Ciências da Informação da Universidade Complutense de Madri e diretor do Centro Andaluz de Fotografia até 2006, instituição que ele mesmo lançou em 1992. Seu trabalho de investigação se centrou na teoria, prática e história da fotografia. Especializou-se em fotografia de arquitetura e no realismo fantástico. 

Toni Catany 

Começou a fotografar em 1967, realizando reportagens de viagens para “La Vanguardia” e “Destino”. Desde 1972, participou de mais de 200 exposições individuais e coletivas pelo mundo. Suas criações fotográficas foram expostas na Espanha, França, Suíça, Reino Unido, Itália, Grécia, países do Magreb, Austrália, Estados Unidos e Japão. Foi considerado um dos 100 melhores fotógrafos do mundo pela revista Life. 

Serviço:

Evento: Exposição de fotografias “50x60 Polaroid Gigante”

Local: Centro de Arte Contemporânea e Fotografia, avenida Afonso Pena, nº 737, Centro, Belo Horizonte

Data: Até 12 de junho de 2011

Horário: terça a sábado das 9h30 às 21h; domingo das 16h às 21h

Entrada franca