UBERABA (14/11/08) - A 5º Feira de Agricultura Familiar e Empreendedorismo Rural de Minas Gerais, que começou nesta sexta-feira (14) em Uberaba, além de mostrar o que o Estado tem de melhor na produção do campo, é uma oportunidade para a profissionalização dos produtores e inserção no mercado formal. Em palestras, rodadas de negócios e encontros com fabricantes de máquinas e equipamentos, os agricultores e pecuaristas terão acesso, até domingo (16) ao que há de mais moderno para auxiliar a gestão das propriedades rurais.

A cerimônia de abertura contou com a presença do presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), José Silva. Em seguida, o superintendente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), João Gilberto Bento, fez palestra sobre o Programa de Melhoria Genética do Rebanho Bovino do Estado de Minas Gerais (Pró-genética).

Neste sábado (15), o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Gilman Viana Rodrigues, visitará os estandes. E às 10h, na palestra "Adequação à Legislação Sanitária e Apresentação de Produtos com Foco no Mercado Formal", a coordenadora do Projeto Agrega Minas, Cristina Linhares, da Emater-MG, falará sobre requisitos como o código de barras e etiquetagem de embalagens. Segundo ela, essas exigências da legislação são elementos que garantem a procedência dos produtos da agroindústria artesanal familiar de alimentos, o que ajuda a conquistar a credibilidade do mercado. Em Minas Gerais, atualmente há cerca de 14,2 mil estabelecimentos da agroindústria artesanal familiar em funcionamento.

No domingo, às 10h30, o coordenador estadual de mercado da Emater-MG, Eugênio Paccelli, ministra a palestra "Bases Legais para a Organização dos Agricultores". Ele vai explicar as exigências legais para a constituição e gestão de associações e cooperativas de produtores. Segundo o gerente da assessoria de mercado e comercialização da Emater-MG, Rodrigo Matias, a organização dos produtores é fundamental para ampliar a inserção da produção da agricultura familiar no mercado formal.

Um exemplo de agroindústria que está ocupando uma fatia maior no mercado, com preocupação com a qualidade, é o dos produtores de queijo do município de Medeiros, na Serra da Canastra. Em maio, a Associação dos Produtores de Queijo Canastra de Medeiros (Aprocame), com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), conquistaram espaço no Mercado Central de Belo Horizonte.

Os queijos fornecidos pela Aprocame têm cadastro no Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), que exige adequação às exigências da Lei estadual 14.185, que estabelece uma série de medidas de segurança alimentar.

"Essa busca da qualidade é constante e com isso vamos ampliar ainda mais o mercado do queijo minas artesanal. Com o cadastro no IMA, o produto tem um valor agregado maior, pois a produção é toda controlada e inclui inclusive cuidados com o meio ambiente", afirma o presidente da Aprocame, Luciano Carvalho Machado.