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20h44min - 22 de Setembro de 2011 Atualizado em 18h41min - 28 de Junho de 2013

Feiras dão alento aos pequenos negócios

MONTES CLAROS (22/09/11) - A iniciativa do Governo do Estado em realizar várias edições da Feira Regional da Economia Popular Solidária está abrindo novas perspectivas para o incremento de pequenos empreendimentos familiares e comunitários. Além de colocar em evidência pequenos negócios, as feiras organizadas pela Secretaria de Estado do Trabalho e Emprego (Sete) valorizam vários segmentos produtivos, a diversidade cultural e até mesmo a culinária mineira.

A exemplo do sucesso obtido em outras regiões do Estado, a I Feira da Economia Regional Popular Solidária realizada no período de 15 a 17 de setembro em Montes Claros, Norte de Minas, possibilitou a dezenas de empreendedores uma oportunidade para divulgação não apenas de seus produtos, mas também, de diversas iniciativas implementadas por associações e empresas privadas, voltadas para a geração de emprego e renda. 

Foi o caso do Projeto Novoartes que há seis anos vem sendo implementado pela multinacional dinamarquesa, Novo Nordisk, uma das maiores produtoras de insulina no mundo, sediada em Montes Claros. A empresa já envolveu cerca de 90 pessoas na execução do seu programa de responsabilidade social. Uma iniciativa para promover a integração de familiares dos seus mais de 800 funcionários à empresa, através do emprego de técnicas de reutilização de diversos tipos de materiais na produção de produtos artesanais.

“Ter sido selecionada para participar do Novoartes tem sido muito importante para mim. Através do projeto passei a vislumbrar novas perspectivas profissionais e, aliado à iniciativa do Governo do Estado em criar as feiras regionais da economia popular, passo a ter oportunidade para divulgar meu trabalho de forma mais ampla” – comemora Lucimar Fonseca.

Há pouco tempo dedicada apenas às artes plásticas e produção de peças de tricô, a artesã revela que está aprendendo novas técnicas, além de contribuir com a preservação do meio ambiente. Já que toda a matéria-prima utilizada na fabricação de produtos artesanais, é proveniente de descarte da empresa.

Ex-aluna do projeto Novoartes e atualmente professora de uma turma de 30 alunos, Elizabeth Pimentel Nunes também festeja a participação no Novoartes. “Todo dia obtemos novas conquistas e a prova de que o trabalho está tendo êxito é o fato de que existem mais de 80 pessoas numa lista de espera para freqüentar o curso” – revela a professora. Segundo ela, o projeto já contou com a participação de pessoas com idade variável de 16 a 69 anos.

Na avaliação de Elizabeth Nunes a realização da I Feira da Economia Popular Solidária em Montes Claros se constituiu numa ótima oportunidade para divulgar o trabalho dos novos artesãos. “Foi a primeira Feira da qual participamos e a oportunidade nos possibilitou o  recebimento de convites para participarmos de outras feiras. Mais do que nunca, trata-se do reconhecimento da qualidade do nosso trabalho” – destacou.

Estreantes

Em Montes Claros, a Feira da Economia Popular Solidária também abriu oportunidades de divulgação para empreendedores que nunca participaram de uma mostra. Foi o caso, por exemplo, do bocaiuvense Domingos Samuel Gomes que, entre outras atividades, se dedica à produção de tapetes de crochê, bolsas, chinelos e panos de prato.

Integrante do Projeto Kapri, mantido pela Igreja Católica por meio da Pastoral da Criança, o artesão que é conhecido pelo apelido de “Asa Branca”, entende que a iniciativa do Governo de Minas em realizar a Feira da Economia Popular Solidária se constitui num importante meio para gerar emprego e renda. “Não tenho emprego fixo e, por isso, receber apoio para divulgar os produtos que faço é importante, pois isso me possibilita sustentar a família” – conclui o artesão.

Outro que também aprovou a realização da Feira Regional da Economia Popular Solidária foi o artesão Sílvio de Almeida Lisboa. Há várias décadas ele se dedica à produção de peças artesanais de madeira com o pai, José Pereira Lisboa, de 71 anos de idade.

Pai e filho fazem parte da Associação Amigos da Cultura da Região de Januária, entidade que conta com 80 artesãos que recebem apoio da Emater e da Cáritas Diocesana. “A iniciativa do Governo é muito boa no sentido de valorizar e incentivar o trabalho dos pequenos negócios. As feiras nos possibilitam divulgação das nossas atividades e a conquista de novos clientes” – assinala Sílvio.

O Projeto Bordando Brasil, criado há quatro anos por um grupo de 18 mulheres residentes no município de Chapada Gaúcha, Norte de Minas, também marcou presença na I Feira da Economia Popular Solidária, em Montes Claros. Dedicadas à produção de bolsas, almofadas e lembrancinhas, as amigas Adailza dos Reis e Adofina Ramos Monteiro revelam que “depois da implantação do projeto a nossa vida mudou. Antes não tínhamos trabalho e, agora, vislumbramos novas oportunidades” – ressalta Adailza Reis. 

Na opinião da artesã, “as feiras da economia popular solidária são importantes, sobretudo no que se refere à divulgação e, consequentemente, estabelecimento de oportunidades de negócios”.

Frutos do Cerrado: atração à parte

Mesmo já tendo participado de feiras em diversas regiões do país, os dirigentes da Cooperativa dos Produtores Rurais e Catadores de Pequi de Japonvar também aproveitaram a realização da Feira da Economia Popular Solidária, em Montes Claros, para ampliar a divulgação de diversos produtos.

Dedicados ao beneficiamento de frutos típicos do cerrado, entre eles cajá, coquinho, buriti e pequi, os 182 associados da Cooperativa já conquistaram importantes mercados consumidores do país, com a produção de licores, doces, polpas e geléias. Parte da produção é fornecida para merenda em escolas de diversos municípios do Norte de Minas, além dos produtos serem comercializados em feiras e supermercados de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.

O pequi é o destaque da produção dos cooperados. Entre os produtos de destaque os que chamam mais atenção são o óleo, paçoca, licor, castanha desidratada e farinha de pequi. Por ano, a cooperativa comercializa cerca de dez mil quilos de polpa e sub-produtos da fruta símbolo do cerrado. 

“Mesmo já tendo conquistado consumidores em várias regiões do país, participar da Feira da Economia Popular ajuda na divulgação dos nossos produtos que muita gente ainda não conhece” – comemoram Maria dos Anjos Ferreira e Marilene Aquino Jesus, integrantes da Cooperativa dos Produtores Rurais e Catadores de Pequi de Japonvar.

Novas feiras

As próximas feiras da economia popular solidária que o Governo do Estado realizará neste ano serão nos seguintes municípios: Juiz de Fora e Paracatu, entre os dias 14 e 16 de outubro; Alfenas, no período de 20 a 22 de outubro; Janaúba, entre 3 e 5 de novembro; Governador Valadares, 10 a 12 de novembro; Almenara, nos dias 17, 18 e 19 de novembro; e em Belo Horizonte no período de 7 a 10 de dezembro.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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