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Agricultura

12h51min - 16 de Julho de 2009 Atualizado em 23h32min - 30 de Junho de 2013

Festival de Cachaça em Salinas tem apoio da Emater-MG

Com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e outros parceiros, a Associação dos Produtores Artesanais de Cachaça de Salinas (Apacs) realiza, desta sexta-feira (17) a domingo (19), o Festival Mundial da Cachaça.

SALINAS (16/07/09) - Com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e outros parceiros, a Associação dos Produtores Artesanais de Cachaça de Salinas (Apacs) realiza, de sexta-feira (17) a domingo (19), o Festival Mundial da Cachaça. O evento que acontece em Salinas (Norte de Minas) e chega à sua 8ª edição, começou por iniciativa da Escola Agrotécnica Federal de Salinas em parceria com a Emater-MG, que também foi a incentivadora da criação da Apacs. Durante a realização do festival, a empresa pública mineira manterá um estande com material informativo.

“A Emater-MG dá todo o suporte para os produtores não só da cachaça, mas também da cana-de-açúcar. Atuamos inclusive como um elo entre os produtores e os consumidores, mas sempre com isenção, auxiliando para atender melhor a ambos”, afirma o gerente da unidade regional da Emater-MG de Salinas, Reginaldo Ângelo de Sousa. Hoje, segundo o extensionista local Jarbas Barbosa Bittencourt, existem no município 20 fábricas de cachaça individuais e quatro coletivas, além de sete engarrafadoras (empresas que compram a bebida de produtores e as rotulam com marcas próprias). No total, ainda de acordo o técnico, o município de Salinas tem 55 marcas de cachaças.

Bittencourt salienta que a empresa tem contribuído ativamente para o fortalecimento da produção da bebida. Entre as ações que a Emater-MG desenvolve em favor da atividade, o extensionista pontua a participação em reuniões que tratam da melhoria da produção; oferta de cursos de boas práticas para a fabricação de cachaça; dias de campo; assistência técnica nas lavouras de cana-de-açúcar (matéria-prima da bebida); introdução de novas variedades de cana, nas unidades demonstrativas, em parceria com a Embrapa; e a elaboração de projetos de crédito rural para ampliação e instalação de fábricas.

Para 2010, está em pauta, também, a implantação de novas ações da Emater-MG em parceria com os produtores da Apacs, o que deve fortalecer ainda mais o setor. Representante da Emater-MG no comitê gestor da Câmara Técnica de Cachaça , Waldyr Pascoal Filho, revela que a empresa está estudando uma forma de reforçar ainda mais a qualidade da bebida produzida no município, considerado a Capital Mundial da Cachaça.

“Estudamos a possibilidade de firmar parceria com a Apacs, para a valorização do produto. Podemos atuar para garantir uma certificação de origem, uma identificação geográfica, instituir normas para padronizar a produção ou outro meio para assegurar melhorias na qualidade e apresentação da cachaça de Salinas, considerada uma referência no Estado e no país”, diz. A Câmara Técnica de Cachaça é um grupo formado por representantes do poder público e da iniciativa privada, criado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) para debater e apresentar sugestões para as questões do setor, explica Waldyr.

Empreendimento lucrativo

Dados dos sites do Festival Mundial da Cachaça e da Apacs asseguram que as diversas qualidades de bebida produzida em Salinas são reconhecidas no país e no exterior. A fabricação da cachaça começou no Século XIX com o uso de mão-de-obra escrava, que tinha experiência no preparo. A partir de 1940 e 1950, as marcas fabricadas no município começaram a ser reconhecidas e divulgadas. Com o tempo, o processo artesanal de produção foi sendo aprimorado.

Originalmente destinada ao consumo popular e por isso discriminada, a cachaça adquiriu status e foi alçada ao patamar de bebida de prestígio.

Para o produtor Antônio Rodrigues, fundador de uma marca de renome, o fazendeiro que quiser investir no negócio não terá dificuldade na comercialização, já que “o nome da cidade funciona como um marketing gratuito”. Sobre o festival, defende que “é uma oportunidade de profissionalização para os produtores, além de ajudar ainda mais na divulgação e comercialização da cachaça”. Segundo ele, há ainda a vantagem de o evento ser um espaço democrático, que permite visibilidade “tanto para o pequeno, quanto para o grande produtor”.

Eilton Santiago, outro produtor de cachaça, sobrinho do falecido Anísio Santiago, detentor da marca, considerada a mais famosa da cidade (reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial de Salinas, pelo Decreto Municipal nº. 3.728, fato inédito no Brasil), reforça que o festival consolida a importância econômica do produto, que se expressa inclusive na criação da Apacs. A entidade conta hoje com 25 produtores, que administram 47 marcas e geram entre 1.500 e 2 mil empregos entre diretos e indiretos, de acordo com o produtor.

“O turismo é também beneficiado, com a participação de muitas cidades e regiões, além do investimento no município. Agora, temos também a criação do Museu da Cachaça, que já está em construção e vale citar o curso, único no país, de Tecnólogo em Cachaça de Alambique, oferecido pela Escola Agrotécnica Federal de Salinas”, enumera Eilton, completando que “a Emater-MG tem sido sempre nossa grande parceira”.

O 8º Festival Mundial de Cachaça será realizado na Passarela da Alegria, mas o ciclo de palestras será na Escola Agrotécnica de Salinas.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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