Minas por Região
Gestão

15h45min - 28 de Outubro de 2010 Atualizado em 03h17min - 23 de Junho de 2013

FJP divulga dados da primeira Pesquisa de Amostra de Domicílios

BELO HORIZONTE (28/10/10) - O percentual de domicílios em Minas Gerais atendidos com serviços de água canalizada chega a 96,9%, sendo que nas regiões urbanas esse índice atinge 99,1%. Os dados constam da primeira Pesquisa por Amostra de Domicílios (PAD-MG) divulgada, nesta quinta-feira (28), pela Fundação João Pinheiro (FJP). O objetivo da pesquisa, que será realizada a cada dois anos, é conhecer em profundidade a população, suas características, ações, posição no sistema de estratificação social e no mercado. O acompanhamento e avaliação de políticas públicas é fundamental para a elaboração, a fim de que o processo de alocação de recursos públicos seja aperfeiçoado cada vez mais.

A PAD é um projeto desenvolvido em parceria com Banco Mundial (Bird) e, nessa primeira edição, teve uma amostra composta por 18 mil domicílios, em 308 municípios de Minas Gerais, dos quais 16,7% localizados em áreas rurais. Ela é representativa para os extratos Urbano/rural; Região Metropolitana de Belo Horizonte/Não metropolitana; Regiões de planejamento (Noroeste, Norte, Rio Doce, Mata, Sul, Triângulo, Alto Paranaíba, Centro-Oeste, Jequitinhonha/Mucuri e Central); Belo Horizonte/Demais municípios de Minas Gerais; e Mesorregiões de Minas Gerais.

Para a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, a divulgação da pesquisa é mais uma etapa de um trabalho iniciado há algum tempo, se tornando uma importante ferramenta para definição de políticas, acompanhamento de projetos e mensuração de resultados. No entender dela, com essa base de dados, o planejamento poderá atender as especificidades de cada região.

O coordenador executivo do Programa Estado para Resultados, Tadeu Barreto, disse que a pesquisa é mais um passo no conjunto de atributos e componentes da administração de Minas Gerais. Ele lembrou o processo de evolução do planejamento do Estado, iniciado com o Choque de Gestão, Estado para Resultados e, agora, a Gestão para Resultados, destacando ser este um investimento para uma gestão pública eficiente.

Em mensagem, o coordenador de Operações Setorais do Departamento de Redução de Pobreza e Gerenciamento Econômico do Bird, Pablo Fajnzylber, destacou que o Governo de Minas “vem desenvolvendo, desde 2003, uma agenda de reforma do setor público extremamente ampla e ambiciosa”. Ele destacou que a PAD inclui uma série de inovações que serão de grande valia para a contínua melhoria das pesquisas domiciliares no Brasil, entre elas a possibilidade de desagregação de dados regionalmente e a inclusão de novos assuntos em outras edições.

Pesquisa

Os dados foram coletados entre junho e novembro de 2009. Os recenseadores utilizaram um computador portátil e o questionário foi programado em CSPro (Census and Survey Porcessing System), que é um pacote estatístico de domínio público desenvolvido pelo Bureau de Censo norte-americano. Esse instrumento possibilitou, entre outras coisas, mais agilidade na captação e processamento de dados e maior confiabilidade das informações coletadas.

O banco de dados da PAD-MG 2009, composto por oito arquivos, é uma ferramenta à disposição de pesquisadores e formuladores de políticas publicas, possibilitando recortes diversos. A metodologia desenvolvida pela Fundação João Pinheiro permite a desagregação de dados regionalmente e a inclusão de novos assuntos em outras edições das pesquisas, de acordo com as necessidades.

As informações foram distribuídas nas seções: domicílio; características dos moradores; educação; saúde; trabalho; rendimentos; gastos individuais; e juventude. Os dados estão disponíveis no site da Fundação João Pinheiro. Pesquisadores e estudiosos podem também sanar suas dúvidas pelo endereço eletrônico: pad.mg@fjp.mg.gov.br.

Domicílio

Somente 3,1% dos domicílios não possuem água canalizada em Minas Gerais, segundo a PAD-MG. Na região Noroeste 6,1% dos domicílios não tinham água canalizada e 4,7% no Grande Norte. Em Minas Gerais, 10% dos domicílios não tinham rede coletora de esgoto ou pluvial. Por Região de Planejamento, observou-se uma maior proporção de rede coletora de esgoto no Triângulo, RMBH, Centro-Oeste de Minas e uma menor proporção no Grande Norte, Noroeste e na região Central

Escolaridade Média

A escolaridade média ou média de anos de estudo é considerada um importante indicador educacional, uma medida síntese das taxas de rendimento escolar e do nível de atendimento do sistema de ensino. Em Minas Gerais, em 2009, a escolarização média é de 6,5 anos de estudo, sendo que nas áreas urbanas, a média para a população com 10 anos ou mais foi estimada em 6,8 anos, e nas as áreas rurais, de 4,8 anos de estudo.

A média de anos de estudo para a maioria das Regiões de Planejamento do Estado de Minas Gerais está acima de 6,2 anos de estudo. A menor média é da região de Jequitinhonha/Mucuri, que está próxima dos 5,2 anos médios de estudo. A maior escolarização média foi constada nas regiões Centro-Oeste, Noroeste, Triangulo Mineiro e Zona da Mata, com 6,5 anos de escolarização média. Ressalta-se que na Região Metropolitana de Belo Horizonte o indicador é o mais alto observado no Estado, com a escolarização média calculada em 7,1 anos médios de estudo.

Estado de Saúde

Em Minas Gerais, 29,7% das pessoas indicaram que seu estado de saúde era muito bom, 48,2% bom, 18,6%, regular e somente 3,5% achavam que seu estado de saúde era ruim ou muito ruim. Não há muitas diferenças de avaliação do estado de saúde segundo regiões de planejamento.  Na RMBH, 37% das pessoas consideram seu estado de saúde muito bom, 30% da região Central, 30,7% na região Centro-oeste de Minas contra 25,4% no Grande Norte.

Juventude

Ver televisão é a prática cultural mais frequente para os jovens de 14 a 24 anos. A menos frequente é a dança. Ressalta-se que 60% dos jovens declararam não ler livro. Dentre as práticas culturais de sociabilidade, percebe-se a prevalência das visitas a amigos, passeio ao ar livre e missa. Quase 70% dos jovens declararam não ir a cinema e 60,9% não vão a shopping.

A opinião dos jovens de 14 a 24 anos é que a escola é muito importante, tanto para seu futuro profissional, quanto para conseguir trabalho, resolver problemas do cotidiano, obter conhecimento ou fazer amigos.

Quadro 1 FJP PADQuadro 2 FJP PADQuadro 3 FJP PAD

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