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Gestão

17h44min - 30 de Maio de 2008 Atualizado em 03h54min - 01 de Julho de 2013

Fórum discute papel do Empreendedor Público do Estado

NOVA LIMA (30/05/08) - O papel do Empreendedor Público do Estado de Minas Gerais foi debatido nesta sexta-feira (30), no 1º Fórum de Empreendedores Públicos, realizado na Fundação Dom Cabral, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O Estado tem hoje 73 Empreendedores Públicos que exercem suas atividades no apoio à coordenação das Áreas de Resultados, na gestão de projetos estruturadores ou associados e na gestão de Áreas Estratégicas.

Na abertura do evento, a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, fez uma exposição sobre a evolução da Administração Pública do Estado entre a implementação do Choque de Gestão, em 2003, e o Programa Estado para Resultados, colocado em prática no segundo mandato do governador Aécio Neves. “Foi uma verdadeira transformação. Hoje o Programa Estado para Resultados tem três pilares: a qualidade fiscal, a inovação na gestão pública e a busca por resultados, nossa obsessão no Governo”, disse.

O coordenador-executivo do Programa Estado para Resultados, Tadeu Barreto, apresentou os focos de atuação do programa: realizar o gerenciamento de restrições relevantes por meio do acompanhamento seletivo dos grandes marcos e metas dos projetos estruturadores; apurar e avaliar os indicadores de desempenho com objetivo de monitorar a qualidade do gasto público; apurar e avaliar os indicadores finalísticos com objetivo de monitorar e captar as mudanças para a sociedade; realizar análise estratégica da carteira de projetos estruturadores; e apoiar a implementação dos projetos estruturadores através de alocação de Empreendedores Públicos, uma rede de profissionais éticos que entregarão os resultados pactuados até o final do mandato do governador Aécio Neves.

A criação do cargo de Empreendedor Público em Minas reflete um esforço de incorporar o empreendedorismo no âmbito da Administração Pública, com a finalidade de contribuir para o alcance dos resultados preconizados na estratégia de Governo. A idéia foi concebida em 2007 durante a reforma administrativa do Estado, que teve como principais focos a reestruturação dos órgãos e do quadro de cargos de provimento em comissão da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Poder Executivo, por meio de um conjunto de Leis Delegadas e Decretos.

Minas inova

“Vocês estão inovando, abrindo caminhos”, disse Francisco Longo, professor e diretor do Instituto de Direção e Gestão Pública (IDGP) da Escola Superior de Administração e Direção de Empresas (Esade) de Barcelona, Espanha, durante sua palestra no fórum. Longo fez uma exposição sobre os dirigentes, empreendedores e líderes em governos que perseguem resultados.

De acordo com o professor, a instituição de uma função diretiva, como o cargo de Empreendedor Público, permite ao governante controlar com maior eficácia a máquina pública, introduzir valores da racionalidade econômica nas organizações públicas, orientar as organizações e seus servidores para a produção de resultados e liberar os governantes para a direção estratégica e as atividades políticas.

A formação de líderes, como os Empreendedores Públicos, insere nas organizações públicas orientação, motivação e capacidade para enfrentar mudanças. Entretanto, a liderança requer diversas competências, como conhecimentos e habilidades técnicas, capacidades cognitivas (tipos de inteligência, memória e modos de raciocínio) e, ainda, competências emocionais.

“A liderança não é um atributo individual, é das das organizações, das comunidades, dos grupos humanos, da sociedade. Caminhamos para a liderança compartilhada, distribuída. O êxito do líder está em transferir liderança a outros”, afirmou Francisco Longo. Para o professor, o potencial de transformação de liderança se constrói com recursos internos e externos ao líder. Os internos são a auto-confiança e a capacidade de delegar. Os requisitos externos são a cultura pós-burocrática, o amadurecimento e a pró-atividade. “Mas existem dois aglutinantes fundamentais: o talendo do líder e a confiança de todos os liderados. As organizações do futuro serão permeadas por redes internas de capital social, alimentadas pela confiança”, completou.

Francisco Longo é um dos mais respeitados especialistas em gestão de recursos humanos e desenho organizacional de instituições públicas. Além de professor da Esade, Longo é consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), onde coordenou um amplo trabalho sobre a gestão dos recursos humanos na América Latina.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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