Minas por Região
Meio Ambiente

13h45min - 24 de Abril de 2008 Atualizado em 12h57min - 01 de Julho de 2013

Frutos do cerrado geram renda e preservam meio ambiente

BELO HORIZONTE (24/04/08) - Farofa de pequi, rica em nutrientes, e carvão de babaçu, único produzido sem corte de árvores, são as atrações do estande da Associação Comunitária Unidos do Distrito de Pandeiros, montado na Feira de Produtos e Serviços, Cores e Sabores da Biodiversidade, evento paralelo ao 2º Congresso Mineiro de Biodiversidade (Combio).

A farofa de pequi, produzida pela técnica em agroindústria, Vicentina Bispo Corte, conseguiu realizar a desidratação do fruto, objetivo perseguido por várias pesquisas científicas. A descoberta foi por acaso. “A farofa com polpa de pequi surgiu a partir de uma travessura”. Vicentina produzia a farofa a partir da polpa de pequi para a família, sem saber que tinha em mãos uma grande fonte de nutrientes.

O pequi sempre serviu como alimento para pessoas e animais, mas a sua desidratação ainda não havia sido alcançada. Ele é fonte de cálcio, ferro e vitaminas A, B1 e B2 e é eficaz na prevenção de doenças cardiovasculares e anemia. Vicentina aproveitou para produzir, além da farofa, condimentos granulados e paçoquinha com pequi. “Tenho também a intenção de produzir suplementos”, afirma a expositora.

A fruta típica do Cerrado brasileiro é também fonte de renda para a técnica em agroindústria e expositora do distrito de Pandeiros, próximo ao município de Januária, na Região Norte do Estado.

A participação de Vicentina na Feira de Produtos e Serviços, Cores e Sabores da Biodiversidade é uma oportunidade para que não se perca a produção durante a entressafra, já que o período de colheita do pequi acontece entre novembro e março. “Espero fazer da minha invenção um empreendimento para outras pessoas de Pandeiros”, relata a técnica em agroindústria.

Os interessados em adquirir a farofa com polpa de pequi e outros produtos feitos a partir da fruta devem procurar o estande da Associação Comunitária Unidos do Distrito de Pandeiros.

Carvão de babaçu

O Eco-carvão de babaçu é produzido a partir do aproveitamento de resíduos e do coco velho de babaçu e é o único produzido sem a necessidade do corte de árvores. Além de garantir a preservação da natureza, este tipo de carvão pode ser uma opção economicamente mais viável aos consumidores. O Eco-Carvão possui densidade e poder calorífico superior aos carvões de madeira e pode queimar por mais de três horas, o que significa uma utilização até cinco vezes menor do combustível.

A presidente da associação, Maria Geralda Silva Lopes, reforça a importância da utilização do carvão ecológico: “Além de um ganho mais satisfatório em termos calóricos e de consumo, sua produção é de fundamental importância para a preservação ambiental. O Eco-carvão utiliza em sua matéria prima até mesmo os talos das folhas de babaçu, garantindo seu aproveitamento integral”. A meta anual da associação de produzir 720 toneladas de carvão representará a preservação de cerca de 40 mil árvores.

Babaçu

O babaçu é uma das maiores riquezas extrativistas do Brasil e uma importante fonte de renda nas regiões Norte e Nordeste. Na região Sudeste, Minas Gerais é o único estado com expressiva área coberta por babaçuais, estimada em um milhão de hectares.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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