Minas por Região

14h57min - 14 de Dezembro de 2011 Atualizado em 11h23min - 21 de Abril de 2014

Governador Antonio Anastasia anuncia avanços na Educação em Minas, medidos pelo Proalfa

BELO HORIZONTE (14/12/11) - O governador Antonio Anastasia e a secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, anunciaram, nesta quarta-feira (14), os resultados do Programa de Avaliação da Alfabetização (Proalfa) 2011. Nesta edição, 88,9% dos alunos avaliados da rede estadual atingiram o nível adequado de letramento (capacidade de ler e interpretar textos), um aumento de 2,7 pontos percentuais em relação a 2010, quando o índice foi de 86,2%. A avaliação contempla todas as crianças do 3º ano do ensino fundamental das escolas estaduais de Minas Gerais e cobre também as redes municipais.

Ao parabenizar a secretária Ana Lúcia Gazzola e a equipe da Secretaria de Educação, Anastasia classificou os dados positivos como resultado da política educacional implementada em Minas Gerais nos últimos anos. “Esses resultados refletem muito uma decisão tomada ainda em 2003, 2004, quando o Governo de Minas foi o primeiro Estado da Federação a incluir as crianças de seis anos de idade na escola, o que melhorou muito o nível de alfabetização. Na verdade, mais do que da alfabetização, da capacidade de compreensão das crianças, que significa um letramento melhor e um futuro jovem mais apto”, disse o governador.

Os resultados do Proalfa 2011 apontam também evolução no percentual de alunos que já atingiram o padrão recomendado de desempenho. Em 2006, primeiro ano em que a avaliação foi aplicada, este índice era de 49%. Comparativamente àquele ano, em 2011 registrou-se um crescimento de 81,4%, conforme o quadro a seguir:

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Ainda de acordo com o Proalfa 2011, o número de alunos com baixo desempenho caiu de 5,4%, em 2010, para 4,2%, em 2011, e no nível intermediário de 8,5% para 6,9%, no mesmo período.

Segundo a secretária Ana Lúcia Gazzola, os números confirmam a liderança de Minas Gerais no que se refere à qualidade da educação pública nos primeiros cinco anos do ensino fundamental no Brasil. “O mais importante é que os resultados alcançados em todos os indicadores apontam na mesma direção positiva. Todos os modelos de avaliação – Proalfa, Proeb, Prova Brasil – indicam que, de fato, a qualidade da educação na rede pública está evoluindo. E isso nos deixa muito feliz, porque ela é um instrumento de ascensão social e o maior instrumento de inclusão, de transformação da sociedade”, destacou a secretária.

Alto índice de participação

Realizado desde 2006 pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Educação (SEE), o Proalfa faz parte do Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública (Simave) e foi desenvolvido em parceria com o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (Caed), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e o Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O programa identifica os níveis de aprendizagem em relação à leitura e à escrita dos alunos, sendo parte da estratégia da secretaria para alcançar a meta de que em Minas toda criança saiba ler e escrever até os oito anos de idade. Os testes são anuais e aplicados aos alunos das redes estadual e municipais nas escolas urbanas e rurais e identifica o nível de aprendizado de cada aluno. O intervalo entre a aplicação dos testes e o resultado possibilita ações de intervenção na aprendizagem.

Em Minas, os resultados das avaliações são utilizados pelos educadores e gestores na definição de estratégias para melhorar o desempenho dos alunos. Eles são apresentados às superintendências regionais de ensino, que se reúnem com professores, diretores e especialistas para analisá-los e elaborar o Plano de Intervenção Pedagógica (PIP), tendo como referência o desempenho dos alunos. As escolas se apropriam dos resultados e convidam também os pais e responsáveis para conhecer, discutir e participar das ações propostas no plano.

Ana Lúcia Gazzola afirmou que a meta do Governo é eliminar a presença de alunos com baixo desempenho e aumentar significativamente o número de alunos no intervalo de desempenho superior do exame – o recomendado. “Juntamente com as nossas equipes do PIP, as superintendências organizam discussões em cada escola, que convoca o seu colegiado para discutir os resultados e as intervenções que serão necessárias para atacar os problemas que, eventualmente, a escola tenha”, explicou a secretária.

A edição de 2011 do Proalfa avaliou 394.427 crianças na fase de alfabetização da rede estadual e das redes municipais de ensino de todo o Estado, sendo 143.326 da rede estadual e 251.101 das redes municipais. Este ano, o teste, aplicado na última semana de setembro, contou com a participação de 94,2% dos alunos do terceiro ano do ensino fundamental da rede estadual – o mais alto índice registrado desde o início do programa, em 2006. Em comparação com o ano passado, a participação dos alunos aumentou quase quatro pontos percentuais.

Da mesma forma que na rede estadual, o conjunto das redes municipais de ensino também alcançou importantes avanços na distribuição de alunos por padrão de desempenho. Houve uma redução de 16,9% para 11,1% no baixo desempenho e de 16,9% para 13,2% no desempenho intermediário. O desempenho recomendado teve um acréscimo de 9,4%, passando de 66,3%, em 2010, para 75,7%, em 2011.

Proalfa

O Programa de Avaliação da Alfabetização (Proalfa) avalia a qualidade do ensino nas escolas públicas de Minas Gerais, municipais e estaduais, para os alunos do 3º ano do ensino fundamental, de forma universal. São avaliados também alunos do 2º e 4º anos do ensino fundamental, de forma amostral. A partir dos resultados dos exames, gestores e professores sabem exatamente onde há sucesso e onde se localizam as dificuldades dos alunos por rede, por município e por escola.

O teste tem uma escala de 1000 pontos. Os alunos do terceiro ano que alcançam até 450 pontos são classificados no nível baixo de desempenho. Entre 450 e 500 pontos estão os alunos no nível intermediário e acima de 500 pontos estão os alunos no nível recomendável. Neste estágio, os alunos conseguem ler frases e pequenos textos e começam a desenvolver habilidades de identificação do gênero, do assunto e da finalidade de textos.

No caso dos alunos da rede estadual, o Proalfa tem registrado, ano a ano, uma evolução da proficiência média, que atingiu 603,8 pontos no nível recomendado em 2011 (589,8, em 2010, e 494, em 2006). Os resultados também foram muito positivos nas redes municipais, que, de 2010 para 2011, apresentaram um crescimento de 26,6 pontos na proficiência média, atingindo um total 563,20 pontos. O gráfico abaixo ilustra a evolução das redes estadual e municipais:

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São analisados em separado os resultados de todos os alunos que tiveram baixo desempenho no Proalfa anterior. As avaliações também registraram avanços no desempenho dos alunos em todos os níveis e em todos os anos. A avaliação censitária é uma avaliação nominal, que identifica o nível em que se encontra cada aluno e possibilita intervir em sua aprendizagem de forma pontual e individualizada, se necessário.

O diretor da Escola Estadual Paschoal Comanducci, Ermelindo Martins Caetano, vê o Proalfa como um importante instrumento no desenvolvimento da educação. “O Proalfa é uma ferramenta que nos auxilia e nos mostra como estão os trabalhos realizados dentro das unidades escolares. Com esse instrumento, podemos ver e analisar como estão nossos alunos e, a partir daí, atuar mais diretamente melhorando na aprendizagem”, destacou.

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